29/04/2012 - Alana Gandra
- Repórter da
Agência Brasil - Rio de Janeiro - O
crescimento significativo do lixo eletrônico
(e-lixo) no Brasil vem preocupando os técnicos
da Secretaria Estadual do Ambiente do Rio
de Janeiro (SEA). O resíduo desse tipo
de material contém substâncias
perigosas, que podem impactar o meio ambiente
e ameaçar a saúde da população.
A estimativa é que cada brasileiro
descarta cerca de 0,5 quilo de resíduos
de equipamentos eletroeletrônicos por
ano.
O superintendente de Resíduos
Sólidos da secretaria, Jorge Pinheiro,
disse à Agência Brasil que em
razão das substâncias perigosas
contidas nesse tipo de aparelhos, é
necessário organizar uma logística
reversa no estado que acompanhe as discussões
dos acordos setoriais, previstos na Lei 12.305/10,
que instituiu a Política Nacional de
Resíduos Sólidos. Caberá
ao grupo de trabalho técnico, constituído
em Brasília, definir o acordo setorial,
que dará as diretrizes para implementação
da logística reversa dos eletroeletrônicos,
disse.
Pinheiro avaliou que às
vésperas da Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável,
a Rio+20, programada para junho próximo,
no Rio de Janeiro, a adequação
dos empreendimentos à nova lei de resíduos
sólidos será de vital importância.
Segundo ele, para que isso possa ocorrer de
forma equilibrada e em conformidade legal,
as novas práticas entre fornecedores
e clientes precisarão ser adequadas,
visando ao compartilhamento de responsabilidades.
“Atualmente, existem ações
pontuais de fabricantes que coletam os resíduos
de seus equipamentos, por exemplo, e empresas
ou organizações não governamentais
(ONGs) que coletam ou recebem equipamentos
eletroeletrônicos, dando a destinação
final”, declarou.
É o caso, de acordo
com Pinheiro, da Fábrica Verde, projeto
da SEA, que recebe doações de
computadores e periféricos para reutilização,
capacitando jovens do Complexo do Alemão,
na Penha, bairro da zona norte da cidade,
para a atividade de manutenção
e montagem de computadores.
Os novos aparelhos montados
são destinados a entidades sem fins
lucrativos e órgãos públicos
instalados nas comunidades, declarou o superintendente.
Ele ressaltou que novas empresas de remanufatura
de resíduos eletroeletrônicos
estão entre os negócios promissores
para o cumprimento da Política Nacional
de Resíduos Sólidos.
O superintendente observou,
por outro lado, que os equipamentos descartados
têm valor econômico, pois contém
materiais valiosos e raros. O seu descarte
correto é importante porque muitos
elementos apresentam elevado teor de toxicidade,
e também pelo fato de que, de acordo
com o Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente (Pnuma), o mundo produz
entre 20 a 50 milhões de toneladas
métricas de lixo tecnológico
todos os anos.
Na fabricação
de computadores e celulares, por exemplo,
são usados vários metais, entre
os quais ouro, prata, gálio, índio,
chumbo, cádmio e mercúrio. Alguns,
como o cádmio, são agentes cancerígenos.
Outros, como o chumbo, prejudicam o cérebro
e o sistema nervoso, lembrou Pinheiro.
Nas duas campanhas de esclarecimento
e conscientização dos consumidores
para o descarte correto do lixo eletrônico,
promovidas pela secretaria, foram coletadas
quase 12 toneladas de resíduos eletroeletrônicos,
“sem contar os computadores que são
reaproveitados na Fábrica Verde,no
Complexo do Alemão”.
Pinheiro ressaltou que a
cadeia de reciclagem ainda não se acha
estruturada para o fluxo desses resíduos
e reforçou a necessidade de participação
do setor produtivo para a viabilidade da logística
reversa.
Segundo o superintendente
da SEA, mesmo antes das definições
dos acordos setoriais previstos no decreto
de regulamentação da Política
Nacional de Resíduos Sólidos,
a secretaria já vem trabalhando a questão
de valorização dos resíduos
dentro do Plano Estadual de Gestão
Integrada de Resíduos Sólidos
Urbanos (RSU), que está em elaboração.
Em relação
aos cuidados que a população
deve ter em relação a esses
materiais, o superintendente recomendou que
devem procurar empresas de reciclagem que
comprem resíduos eletroeletrônicos
e tenham como garantir a destinação
correta desses materiais. Outra alternativa,
disse, “é guardar em casa até
a montagem de uma logística reversa
ou entrar em contato com o fabricante do produto
e saber se ele tem uma solução”.
+ Mais
Descarte correto do lixo
eletrônico requer engajamento das empresas
brasileiras
29/04/2012 - Alana Gandra
- Repórter da Agência Brasil
- Rio de Janeiro – O serviço de logística
reversa em relação ao lixo eletrônico
ainda não foi absorvido pela maioria
das empresas brasileiras. “Temos empresas
que já oferecem o serviço de
logística reversa de eletrônicos
e temos empresas que ainda não fazem”,
disse à Agência Brasil o diretor
do Compromisso Empresarial para a Reciclagem
(Cempre), André Vilhena.
Por isso, segundo ele, a
recomendação do Cempre aos consumidores
é que no ato da compra, além
de qualidade e preço, “ele inclua no
critério de compra uma opção
que a empresa dê para o fim da vida
útil do aparelho”. Vilhena explicou
que esses programas variam hoje de acordo
com a característica do equipamento
eletroeletrônico. “Aí estão
incluídos, por exemplo, computadores,
pilhas, celulares”.
Se o fabricante já
oferece o serviço, o consumidor terá,
ao final da vida útil do aparelho,
a opção de devolvê-lo
a uma rede autorizada ou encaminhá-lo
por correio, com porte pago. É preciso
ver no Serviço de Atendimento ao Consumidor
(SAC) da empresa ou no manual de instruções
qual é a alternativa, indicou o diretor.
Em relação
a celulares, Vilhena disse que todas as operadoras
atualmente recebem aparelhos e carregadores
nos próprios pontos de venda. Os produtos
são encaminhados depois para reciclagem
no Brasil ou no exterior, dependendo de sua
característica. “Mas nem todos os fabricantes
fazem isso. Então, o que nós
recomendamos é que o consumidor faça
a diferenciação na compra também
considerando esses aspectos”.
Não há ainda
números que tracem um retrato da produção
e do descarte de lixo eletroeletrônico
no Brasil. André Vilhena analisou que
os dados disponíveis até o momento,
que foram divulgados em 2010 pela Organização
das Nações Unidas (ONU), não
podem ser extrapolados para o Brasil porque
tiveram como foco apenas a cidade de Belo
Horizonte.
Ele ressaltou que ainda
não é um hábito do consumidor
brasileiro devolver o equipamento fora de
uso ao fabricante. “Depende do livre arbítrio
dele”, declarou. Por isso, disse ser difícil
ter uma estatística sobre devolução,
porque o hábito é pouco comum
no país. Para André Vilhena,
é importante que sejam feitas campanhas
para orientar o consumidor de que existe a
possibilidade de devolver o equipamento à
empresa produtora.
O diretor do Cempre destacou,
também, a importância de saber
manusear o produto ao fim de sua vida útil.
Para isso, existem cursos oferecidos pela
Universidade de São Paulo (USP) e pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
que orientam e habilitam quem trabalha no
ramo de comércio de sucata para que
aprenda a manusear equipamentos eletroeletrônicos
de forma adequada.
Na visão de Adriana Charoux, pesquisadora
do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
(Idec), “a atual forma de gestão dos
resíduos repete uma lógica de
exclusão, de favorecimento de grupos
empresariais poderosos e não a população
de uma forma geral”. Por isso, ela considera
fundamental que os governos invistam em uma
política de fortalecimento das cooperativas
de catadores de material reciclável,
de modo a assegurar trabalho decente para
essas pessoas, além de incentivar o
consumo responsável.
No caso de pilhas e baterias,
que contêm metais pesados, o Idec alerta
que elas não podem ser descartadas
junto com o lixo doméstico, porque
contaminam o meio ambiente. O ideal, recomenda,
é procurar um posto de coleta apropriado.
Algumas instituições já
desenvolvem programas nesse sentido, no país.
Um deles é o Papa-Pilhas,
criado em 2006 pelo Banco Real, hoje Santander,
que já recolheu e reciclou até
o ano passado mais de 589 toneladas de materiais,
como pilhas, baterias portáteis, celulares,
laptops, câmeras digitais e outros aparelhos
eletrônicos. A reciclagem é feita
por uma empresa especializada e licenciada.
Os custos de coleta, transporte e reciclagem
são arcados pelo Santander. Atualmente,
o programa contabiliza cerca de 2,8 mil postos
de coleta instalados em agências da
instituição, em todo o país.
+ Mais
Assespro-RJ defende estruturação
de política para o lixo eletrônico
29/04/2012 - Alana Gandra
- Repórter da Agência Brasil
- Rio de Janeiro - A preocupação
com o aumento de resíduos eletroeletrônicos
descartados irregularmente tem motivado a
Associação das Empresas Brasileiras
de Tecnologia da Informação,
Software e Internet – Seção
Rio de Janeiro (Assespro-RJ) a desenvolver
campanhas de conscientização
da população, em parceria com
organizações não governamentais
que reciclam esse tipo de material.
Isso é necessário,
“enquanto não há um processo
definido para que esse lixo eletrônico
circule de uma forma estruturada”, declarou
à Agência Brasil o vice-presidente
executivo da entidade, Álvaro Cysneiros.
Os resíduos são
gerados, principalmente, por equipamentos
de informática, como computadores.
Eles são despejados em lixões
e provocam derramamento de metais pesados,
resultando em lixo tóxico, que prejudica
a saúde humana e animal e contamina
o meio ambiente.
Embora defenda as campanhas
de alerta para a população,
Cysneiros reconhece que elas não são
suficientes para encontrar uma saída
para o problema. “Suficiente é a gente
estruturar a política”, ressaltou.
Ele acredita, porém, que a questão
está próxima de ter um encaminhamento,
com a indústria e o comércio
participando de maneira ativa.
Cysneiros defendeu a criação
de postos de coleta de material eletrônico
sem uso nas redes de comércio. Esses
materiais passariam por um centro de separação
antes de terem a destinação
correta.
O lixo eletrônico
é uma das pautas que o setor de tecnologia
da informação e comunicação
(TIC) pretende levar à discussão
na Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável,
a Rio+20, que ocorrerá em junho, na
capital fluminense.
+ Mais
Descarte correto de lixo
eletrônico ainda é problema para
o Brasil
29/04/2012 - Alana Gandra
- Repórter da Agência Brasil
- Rio de Janeiro - Às vésperas
da Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável,
a Rio+20, programada para junho próximo,
no Rio de Janeiro, o Brasil ainda enfrenta
um grave problema: o descarte irregular de
lixo eletrônico.
De acordo com relatório
do Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente (Pnuma), divulgado em
2010, o país ocupa a liderança
entre as nações emergentes na
geração de lixo eletrônico
per capita, isto é, por habitante,
a cada ano. O relatório aponta que
o lixo eletrônico descartado por pessoa,
no Brasil, equivale a 0,5 quilo por ano. Em
contrapartida, na China, que tem uma população
muito maior, a taxa de lixo eletrônico
por pessoa é 0,23 quilo e, na Índia,
ainda mais baixa (0,1 quilo).
Os números são
questionados pelo Ministério do Meio
Ambiente (MMA). A gerente de Resíduos
Perigosos do ministério, Zilda Veloso,
considera os dados inconsistentes, porque
a Organização das Nações
Unidas (ONU) utilizou uma metodologia europeia
baseada na comercialização.
“Se a gente não tem dados do mercado
de comercialização, como é
que eles chegaram àqueles números?
Não tem sentido”. O MMA manifestou
formalmente seu posicionamento contrário
ao relatório da ONU, por meio do Itamaraty,
disse.
O governo brasileiro não
tem números sobre aquisição
de produtos eletrônicos. Zilda Veloso
informou que no âmbito da Política
Nacional de Resíduos Sólidos,
vai ser elaborado um estudo de viabilidade
técnica e econômica, que deve
apresentar informações sobre
a geração de resíduos
desse tipo. A previsão é que
o estudo seja divulgado em quatro meses. O
projeto é do Grupo Técnico Temático
de Eletroeletrônicos, do Comitê
Orientador para Implementação
de Sistemas de Logística Reversa.
Esses sistemas se referem
à responsabilidade compartilhada para
eletroeletrônicos. “O estudo vai referendar
se é possível fazer o recolhimento
e destinação desse tipo de resíduo
agora ou não”, disse. Na logística
reversa, os fabricantes vão assumir
a responsabilidade para a destinação
do equipamento pós-uso. Zilda não
descarta que parte dessa responsabilidade
recairá sobre o consumidor. Ela destacou
a importância da conscientização
do cidadão nesse processo. “Nada vai
funcionar se o consumidor não fizer
o descarte adequado”.
A gerente esclareceu que
o estudo é abrangente, porque vai captar
as possibilidades de reciclagem de eletroeletrônicos.
“O objetivo do estudo não é
só fazer o retrato do setor, mas saber
se o setor tem hoje condições
de fazer a logística reversa”. O estudo
vai dizer o comportamento do consumidor, o
tipo de consumo que existe no Brasil e quais
são os bens consumidos. Com base nesses
dados, o governo terá condições
de avaliar se é possível fazer
a logística agora ou não. “Uma
das coisas que ele vai levantar é uma
estimativa de geração de resíduos
atual”.
O comitê orientador
é coordenado pelo Ministério
do Meio Ambiente e tem a participação
dos ministérios da Saúde; do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior; da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento; e da Fazenda. No ano passado,
o comitê decidiu que a regulamentação
das cinco primeiras logísticas será
feita por meio de acordo setorial. São
as logísticas de eletroeletrônicos;
embalagens plásticas de óleos;
lâmpadas; embalagens em geral; e medicamentos.
A logística que se
acha mais adiantada é a de embalagens
plásticas de óleos lubrificantes.
A regulamentação está
indo para consulta pública da proposta
de acordo setorial em, no máximo, 30
dias. A regulamentação de eletroeletrônicos
tem início previsto para 2013. “Porque
é uma cadeia bem complexa. Pega desde
celular até um aparelho hospitalar,
como tomógrafo”, disse a gerente do
MMA.
Ela ressaltou também
a figura do catador na logística reversa.
Adiantou, entretanto, que caso ele venha a
ser incluído no processo, terá
de ser treinado para poder separar os produtos
eletroeletrônicos.
O professor de engenharia
ambiental da Escola Politécnica da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
Haroldo Mattos de Lemos, não vê
motivos para ter melhorado a posição
brasileira no ranking de lixo eletrônico
gerado entre os países emergentes.
Lemos preside o Instituto Brasil Pnuma, que
é o Comitê Brasileiro do Programa
das Nações Unidas para o Meio
Ambiente (Pnuma).
Ele avaliou que não
foram “plantados” no país grandes programas
para reduzir o volume de lixo eletrônico.
“Existem algumas iniciativas de reciclagem,
mas eu acredito que elas estão sendo
suplantadas pelo crescimento do volume de
aparelhos que é descartado”. Sua impressão
é que o lixo eletrônico está
aumentando no Brasil.
Desmatamento dispara em
Roraima e Mato Grosso, aponta estudo
05/04/2012 - Da Agência
Brasil - Brasília – O desmatamento
em Roraima e Mato Grosso disparou entre agosto
de 2011 e março deste ano em comparação
com o período compreendido entre agosto
de 2010 e março do ano passado, com
aumentos de 363% e 96%, respectivamente. Os
números, divulgados hoje (5) pelo Ministério
do Meio Ambiente (MMA), compõem estudo
sobre o monitoramento da Amazônia Legal.
Apesar de Roraima liderar
o ranking proporcionalmente, a área
atingida em Mato Grosso é dez vezes
maior, chegando a 637 quilômetros quadrados
(km²). Também foi em Mato Grosso
que houve o maior embargo de área para
produção entre janeiro e março
de 2012 (4,3 mil km²) e a maior quantidade
de multas aplicadas na Amazônia Legal,
R$ 31,5 milhões, duas vezes mais que
o Pará, segundo colocado.
O desempenho negativo desses
estados não afetou significativamente
o quadro geral do desmatamento da Amazônia
Legal, que passou de 1.371 km² no ano
passado para 1.398 km² neste ano. Isso
pode ser atribuído ao bom desempenho
de estados como o Pará e o Amazonas
na redução de áreas atingidas.
O estudo também mostra
que houve um pico de desmatamento em fevereiro
deste ano (307 km²) em comparação
com os números colhidos em dezembro
(75 km² ) e janeiro (22 km²). Segundo
a ministra Izabella Teixeira, isso ocorreu
porque a região ficou encoberta por
nuvens no verão, o que dificultou a
medição adequada dos satélites
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe).
A ministra Izabella Teixeira
acredita que os números de Roraima
foram inflados com a migração
de madeireiros do Pará. Ela também
acredita que o desmatamento crescente em Mato
Grosso tenha sido influenciado pelas discussões
sobre a votação do Código
Florestal. “Ainda não temos explicações,
mas sabemos que tem gente lá dizendo
que pode desmatar porque o sujeito vai ser
anistiado.”
Segundo a ministra, outro
motivo que pode ter colaborado para o incentivo
ao desmatamento é a edição
de lei federal que deu aos estados competência
para fiscalizar áreas em que pode ser
liberada a retirada de vegetação,
o que permitiria a contestação
de multas aplicadas pelo Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis
(Ibama). “Não existe nada na lei que
impeça a atuação de órgãos
federais”, rebateu a ministra.
+ Mais
Desmatamento na Amazônia
Legal no mês de março foi 15%
maior, registra Imazon
19/04/2012 - Priscilla Mazenotti
- Repórter da Agência Brasil
- Brasília – O desmatamento da Amazônia
Legal em março atingiu 53 quilômetros
quadrados, área 15% maior que a de
março de 2011, quando foram desmatados
46 quilômetros quadrados. Os dados são
do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da
Amazônia (Imazon).
Cerca de 60% do desmatamento
ocorreu em Mato Grosso. O Pará está
em segundo lugar, com 25% e Rondônia
em terceiro, com 9%.
Entretanto, houve redução
de 22% do desmatamento acumulado entre agosto
de 2011 a março de 2012, totalizando
1000 quilômetros quadrados a menos de
floresta. No período anterior (de agosto
de 2010 a março de 2011), foram desmatados
969 quilômetros quadrados.
Na análise dos dados
de florestas degradadas na Amazônia
Legal, o Imazon registra um índice
de 40 quilômetros quadrados. O número
é 87% menor do que em março
do ano passado, quando a degradação
florestal somou 298 quilômetros quadrados.
Florestas degradadas são áreas
não desmatadas, mas que apresentam
problemas como incêndio florestal ou
exploração madeireira de alta
intensidade, prejudicando o solo.
Nesse caso, Mato Grosso
também lidera o índice, com
67%, seguido pelo Amazonas, com 15%, Rondônia,
com 10% e Pará, com 7%.
Também houve redução
de 62% na degradação florestal
acumulada. No período de agosto de
2011 a março de 2012, foram 1.568 quilômetros
quadrados. Enquanto que, no mesmo período
anterior, o número registrado foi 4.111
quilômetros quadrados.
O desmatamento na Amazônia
Legal foi responsável pela emissão
de 3,6 milhões de toneladas de gás
carbônico equivalente.
O Imazon faz um monitoramento
paralelo ao do governo do desmatamento da
região. O monitoramento oficial na
Amazônia é feito pelo Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo
o Inpe, em março deste ano, foram desmatados
59 quilômetros quadrados na Amazônia.
Mato Grosso foi o estado campeão, com
33 quilômetros quadrados desmatados.