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EM DEFESA DO NOVO CÓDIGO, PRESIDENTE DA SNA DIZ QUE REFLORESTAR “SERIA DESPERDÍCIO FANTÁSTICO”

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2012

28/04/2012 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - São falsos os argumentos das organizações ambientalistas contrárias ao Código Florestal aprovado no último dia 25 pela Câmara dos Deputados, segundo garantiu à Agência Brasil o presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Antonio Alvarenga. Ele disse que não faria mais sentido transformar novamente em floresta uma área totalmente plantada com soja ou cana, por exemplo. “Seria um desperdício econômico fantástico."

O dirigente disse que a proposta aprovada, do ponto de vista dos agricultores, é positiva. “[A lei aprovada] está conciliando o interesse da produção com a preservação. Acho que ela, realmente, vai trazer mais segurança e tranquilidade ao produtor."

Entre outros argumentos que usou para defender o novo Código Florestal, Alvarenga disse também que “não existe essa coisa de anistia”, rebatendo uma das principais críticas ao texto aprovado pela Câmara dos Deputados, a de que promove a impunidade dos produtores que devastaram áreas de preservação.

Para Alvarenga, ao contrário do que afirmam os ambientalistas, a obrigação dos produtores de reflorestar áreas devastadas vai continuar existindo. “É óbvio que vai ter regras mais aceitáveis para esse reflorestamento. Em vez de reflorestar na própria fazenda, vai ser permitido a ele [produtor] reflorestar no bioma do qual faz parte, o que é muito razoável”.

Segundo Alvarenga, as entidades ambientalistas querem, na verdade, a manutenção do Código Florestal ainda em vigor, o que considera inviável. “Não há como conseguir voltar o tempo para trás." Para ele, o texto novo vem solucionar todos os problemas da preservação.

O dirigente disse que o cadastro ambiental das propriedades e a adoção de tecnologias avançadas de monitoramento via satélite, dará ao governo condições de fiscalizar com segurança o que houver de desmatamento no país e garantir a recomposição florestal que cada produtor deve apresentar.

Como o atual ministro do Esporte, Aldo Rebelo, foi o primeiro relator do projeto do novo Código Florestal, em 2011, ele acredita que esse fato pesará quando a presidenta Dilma Rousseff for apreciar a matéria. “Basta a presidenta Dilma chamar o ministro Aldo Rebelo. Ela vai entender todos os problemas dos produtores rurais e, possivelmente, não irá vetar praticamente nada."

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Texto do Código Florestal aprovado na Câmara é alvo de críticas de senadores

27/04/2012 - Marcos Chagas - Repórter da Agência Brasil - Brasília – O texto do novo Código Florestal Brasileiro aprovado pelos deputados na noite de quarta-feira (25) foi criticado pelos senadores na sessão plenária de hoje (27). O projeto da Câmara encaminhado para sanção presidencial altera o texto elaborado pelos senadores. Relator da matéria no Senado, Luiz Henrique (PMDB-SC) iniciou as sucessivas declarações condenando a atitude dos parlamentares. Segundo ele, toda a tramitação do projeto no Senado contou com a participação dos deputados, principalmente da bancada ruralista, ambientalistas, pesquisadores e do Executivo, o que viabilizou um amplo acordo.

Luiz Henrique frisou que os deputados não cumpriram a palavra dada durante o processo de construção do acordo no Senado. "A palavra empenhada sobre um assunto, sobre uma matéria, deve ter a força da Bíblia ou de uma enciclopédia, deve ter o peso de uma verdade histórica."

O parlamentar que relatou a matéria em conjunto com o senador Jorge Viana (PT-AC) destacou que "não houve uma vírgula" do texto debatido no Senado que deixasse de contar com o aval dos técnicos da Frente Parlamentar de Agricultura da Câmara. Segundo ele, sua frustração aumentou quando viu os mesmos técnicos formularem alguns dos dispositivos alterados pelos deputados.

O senador Humberto Costa (PT-PE) disse que a Casa "ficou profundamente estupefata" com a decisão tomada pela Câmara dos Deputados. Para o petista, o que os parlamentares fizeram na Câmara foi "mutilar" uma proposta construída tanto dentro do Legislativo quanto ouvindo representantes do Executivo e representantes do setor.

Pedro Simon (PMDB-RS) não acredita que a presidenta Dilma Rousseff mantenha o texto aprovado pela Câmara. "Ela vai mostrar a posição do Brasil, e não a da Câmara dos Deputados, perante a Conferência da Rio+20. Ela vai aparecer na Conferência da Rio+20, mostrando o pensamento da sociedade brasileira". Ele dá como certo o veto presidencial e a retomada das propostas construídas durante as negociações no Senado.

Na votação da noite de quarta-feira, os deputados retiram do texto, por exemplo, a possibilidade de o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vetar a emissão de documento de controle de origem da madeira explorada em estados que não integram o sistema nacional de dados sobre a extração. Outro ponto rejeitado foi interrupção temporária de atividades agrícola ou pecuária em no máximo cinco anos até 25% da área produtiva.

A exigência de planos diretores dos municípios, ou leis de uso do solo, observarem os limites gerais de áreas de preservação permanente (APPs) em torno de rios, lagos e outras formações para proteção em áreas urbanas e regiões metropolitanas, acordadas pelos senadores, foi outro ponto excluído da proposta pelos deputados.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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