Florianópolis
(05/04/2012) - Uma grande operação
está sendo desenvolvida para a retirada
de vários animais do zoológico
Cattoni Tur Park, interditado pelo Ibama,
em Salete, norte catarinense. Entre os animais
que estão sendo removidos estão
dois tigres, um leão, três onças
pintadas, uma jaguatirica, dois pumas, duas
elefantas, 15 araras, seis papagaios, 20 macacos,
entre eles três bugios, seis avestruzes
e quatro emas. A equipe do Ibama conta com
o apoio do criadouro conservacionista Rancho
dos Gnomos, mantenedor da vida silvestre,
de São Paulo.
Entre as irregularidades
constatadas havia maus tratos, recintos inadequados,
condições precárias de
higiene, fuga de animais, falta de segurança
para os visitantes e para os próprios
animais e tanques de água vazios, além
de alimentação inadequada. "Não
havia registros dos animais que fugiram ou
morreram, a documentação do
plantel apresentava muitas falhas, em alguns
casos havia mais animais do que o registrado
em outros, menos animais do que o registrado.
Sem autorização do órgão
ambiental federal, os recintos do hipopótamo
e das elefantas foram diminuídos, o
que deixava os animais em níveis altos
de estresse", disse a coordenadora da
equipe do Ibama que está no local,
Gabriela Breda.
Em vistoria realizada pelo
Ibama, o zoológico foi notificado a
se adequar à Instrução
Normativa - IN Ibama 169/08, que instrui e
normatiza as categorias de uso e manejo da
fauna silvestre em território brasileiro.
Em vistoria posterior, foi constatado que
o estabelecimento nada havia feito em relação
às exigências e, com isso, o
Ibama autuou o proprietário e interditou
o empreendimento, deixando o empreendedor
como fiel depositário dos animais.
De acordo com o chefe da
Divisão de Controle e Fiscalização
do órgão ambiental em Santa
Catarina, Alessandro Queiroz, o Ibama entrou
em contato com algumas instituições
no intuito de viabilizar a destinação
dos animais, sua alimentação
e retirada. "Na terça-feira, (03/04)
eles chegaram e já estão fazendo
todo o levantamento clínico do plantel,
alimentando-o e tentando intermediar uma forma
de retirá-lo de maneira segura",
informa Queiroz.
A operação
contou com a imprescindível colaboração
das Centrais Elétricas de Santa Catarina
- Celesc, sem a qual não haveria condições
de trabalho pela falta de energia elétrica
no local.
Badaró Ferrari
Ascom - Ibama/SC
Foto: Alessandro Queiroz/Ibama