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NOVA LISTA DE ÁREAS CONTAMINADAS NO ESTADO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2012

17/04/2012 - Como já era esperado, a nova Relação de Áreas Contaminadas e Reabilitadas no Estado de São Paulo - Dezembro de 2011, atualizada anualmente pela CETESB, traz um número maior de áreas registradas, 4.131, com um aumento de 12% em relação às 3.675 da última relação – de dezembro de 2010. Mas, o destaque, positivo, ficou por conta das áreas reabilitadas, cuja quantidade elevou-se das 163 áreas do levantamento de 2010 para 264 áreas (aumento de 62%). Somadas às áreas em processo de monitoramento para reabilitação, que totalizam 787, chegam-se a 1.051, ou 25% do total de áreas registradas, consideradas aptas para o uso declarado.

Salienta-se também que foram registradas 342 áreas onde ocorreu, ou está planejada, a reutilização, ou seja, onde ocorreu ou ocorrerá a mudança de uso, por exemplo, antigas áreas contaminadas industriais que, após a adoção de medidas de remediação, de controle institucional e de controle de engenharia, se transformam em áreas residenciais, comerciais e de lazer reabilitadas.

Mais uma vez, os postos de combustíveis destacam-se na lista, com 3.217 registros (78% do total), seguidos das atividades industriais, com 577 (14%), das atividades comerciais, com 179 (4%), das instalações para destinação de resíduos, com 121 (3%) e dos casos de acidentes, agricultura e fonte de contaminação de origem desconhecida, com 37 (1%).

A contribuição de 78% atribuída aos postos de combustíveis é resultado do desenvolvimento do programa de licenciamento que se iniciou em 2001, com a publicação da Resolução CONAMA 273. No atendimento à Resolução e contando com o apoio e sugestões da Câmara Ambiental do Comércio de Derivados de Petróleo – fórum que congrega técnicos da CETESB e representantes do setor produtivo -, a CETESB exige a realização de investigação confirmatória, com o objetivo de verificar a situação ambiental do empreendimento a ser licenciado, bem como a realização da troca dos equipamentos com mais de 15 anos de operação.

De modo geral, o aumento constante do número de áreas contaminadas é visto como consequência da ação rotineira de fiscalização e licenciamento dos postos de combustíveis, das fontes industriais, comerciais, de tratamento e disposição de resíduos e do atendimento a acidentes envolvendo produtos químicos e perigosos.

Conforme lembra o diretor de Controle e Licenciamento Ambiental da CETESB, Geraldo do Amaral Filho, “o aumento de 12% no número de áreas cadastradas observado nesta última atualização demonstra o esforço na identificação de novas áreas”. Em maio de 2002, a CETESB divulgou pela primeira vez a relação de áreas contaminadas, registrando a existência de 255 áreas contaminadas no Estado de São Paulo, o mais desenvolvido e industrializado do país.

Considerando-se a divisão estadual por UGRHIs (Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos), a do Alto Tietê (onde está inserida a Região Metropolitana de São Paulo), é a que, na atual relação, registra o maior número de áreas contaminadas, 2.022, seguida da do Piracicaba/Capivari/Jundiaí, com 629, da do Paraíba do Sul, com 229, e da UGRHI da Baixada Santista, que apresenta 212 áreas. Por outro lado, as UGRHIs que apresentam números menores são as da Mantiqueira (08), do Aguapeí (19) e de São José dos Dourados (22).

Destaca-se, também, que em 1.835, ou 45% do total de áreas registradas no Estado, medidas de intervenção (medidas de remediação, de controle institucional ou de controle de engenharia) estão implantadas ou em implantação.

O documento expressa, ainda, que, “considerando a continuidade das ações de fiscalização e licenciamento da CETESB, além da colaboração de outros setores da sociedade, fica evidente que o número de áreas registradas na relação deverá crescer nas próximas atualizações”. Neste sentido, não deixa de observar que “a CETESB está promovendo a capacitação de seus técnicos, criando e disponibilizando infraestrutura e procedimentos para enfrentar os problemas gerados pela existência das áreas contaminadas”.

Com relação a esses procedimentos, cita algumas publicações, disponibilizadas na página da agência ambiental paulista, como o “Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas”, o “Guia para Avaliação do Potencial de Contaminação em Imóveis”, o “Procedimento para Gerenciamento de Áreas Contaminadas (Decisão de Diretoria 103/2007/C/E)” e o “Procedimento para Identificação de Passivos Ambientais em Postos de Combustíveis”.

Quanto à iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, que sancionou a Lei 13.577/09, que dispõe sobre as diretrizes e procedimentos para o gerenciamento de áreas contaminadas no Estado de São Paulo, a proposta de regulamento dessa lei foi submetida a consulta pública ao longo de 2011 e as sugestões indicadas pela comunidade e entidades interessadas estão, no momento, sendo analisadas pela CETESB, quanto à sua relevância para elaboração do texto final a ser aprovado.

Conforme o gerente do Departamento de Áreas Contaminadas da CETESB, Elton Gloeden, “o equacionamento da questão relativa às áreas contaminadas se dará como resultado da mobilização de diversos setores da sociedade, cabendo à agência ambiental, com a participação efetiva dos órgãos de saúde, recursos hídricos e planejamento urbano, nos níveis estadual e municipal, o gerenciamento do processo”. E conclui: “Em decorrência dessa mobilização e do gerenciamento adequado, os problemas atualmente existentes poderão ser solucionados ou mesmo transformados em ações de incentivo ao desenvolvimento econômico e à geração de empregos”.
Texto: Mário Senaga

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CETESB auxilia na recuperação da base brasileira na Antártica

20/04/2012 - A Agência Ambiental Paulista - CETESB, auxiliará o governo brasileiro na recuperação da Estação Antártica Comandante Ferraz, após o incêndio ocorrido em 25 de fevereiro. Nos dias 23 e 24 próximos, seus técnicos do Setor de Emergências Químicas participam de uma reunião em Brasília, convocada pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, para assessorar na elaboração de um plano de remoção de resíduos decorrente do acidente.

A CETESB possui larga experiência neste setor, com uma média anual de 400 atendimentos em acidentes envolvendo produtos químicos perigosos. Em 1992, a Organização Mundial da Saúde – OMS e a Organização Panamericana da Saúde – OPAS reconheceram a CETESB como Centro Colaborador em Prevenção, Preparativos e Resposta às Situações de Emergência Química para toda a América Latina.

 


 

Fonte: Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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