Panorama
 
 
 
 

DISCUSSÃO SOBRE ABROLHOS TERMINA COM AMEAÇAS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Maio de 2012

Por medidas de segurança, consultas públicas do Espírito Santo foram adiadas
Caravelas, 18 de maio de 2012 — A consulta pública realizada na noite de 17 de maio, na cidade de Caravelas, extremo sul da Bahia, para discutir a proposta de ampliação da rede de áreas marinhas na região dos Abrolhos, com a criação de quatro novas unidades de conservação, foi marcada por tumulto, ameaças e agressão. Isso porque representantes da Federação das Colônias de Pescadores do Espírito Santo – um grupo de aproximadamente dez pessoas - entraram no local, instigando os pescadores com informações falsas. A apresentação da proposta que havia sido iniciada teve que ser cancelada, por causa dos gritos de forma agressiva e intimidação de alguns pescadores aos funcionários do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O tumulto e as ameaças enfáticas desses pescadores levaram o ICMBIO a optar pelo adiamento das consultas públicas agendadas para os dias 18 e 19 de maio, por motivos de segurança. Novas datas deverão ser marcadas, ainda sem definição.

A presidente do Instituto Baleia Jubarte, Márcia Engel, lamenta: “os pescadores de Caravelas, que estavam organizados para dialogar e entender a proposta para então se posicionarem não tiveram como aproveitar a oportunidade para discutir sobre uma realidade que diz respeito a eles”.

Para Guilherme Dutra, Diretor do Programa Marinho da CI-Brasil, motivações políticas fizeram com que algumas pessoas insuflassem os pescadores, criando um clima que impossibilitou a realização da consulta pública. “As pessoas não tiveram a oportunidade de ouvir nem de registrar suas posições e seus pleitos de forma democrática”, destaca Dutra.

No dia 16 de maio, aconteceu a primeira consulta pública para discutir a proposta em Porto Seguro. Ao contrário do ocorrido em Caravelas, a audiência ocorreu de forma tranquila e democrática.

A Proposta

Prevista para ser decretada pelo governo durante a Rio+20, como uma de suas principais bandeiras, essa é mais uma proposta que não deverá sair do papel por enquanto, pela postura do próprio governo que vem demonstrando um retrocesso nunca visto na área ambiental.

A proposta do ICMBio prevê um aumento do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos – que passaria dos atuais 87.943 hectares para 891.872 mil hectares, a criação do Refúgio de Vida Silvestre para baleias jubarte, da Reserva de Desenvolvimento Sustentável da Foz do Rio Doce, no litoral norte do Espírito Santo e de uma Área de Proteção Ambiental (APA) no entorno do Parque Nacional. A APA é uma alternativa para proteger o entorno do Parque Nacional, depois que a criação de uma Zona de Amortecimento via portaria do Ibama foi barrada na Justiça, em 2007.

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Observatório do Clima discute Serviços Ambientais no Brasil

Segundo coordenador de serviços ambientais da CI-Brasil, “o evento será enriquecedor”
São Paulo, 16 de maio de 2012 — O Observatório do Clima junto ao Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP), promove amanhã, dia 17 de maio, o seminário “Tendências das Políticas Públicas de Pagamento por Serviços Ambientais e REDD+ no Brasil”. A CI-Brasil é uma das entidades participantes do Observatório do Clima. O evento trará uma discussão qualificada e objetiva sobre a situação real e atual, bem como as possíveis tendências da criação de um sistema de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+) no Brasil.

Como base para essa discussão, será apresentado o estudo “Marco Regulatório sobre PSA no Brasil”, realizado em parceria entre Imazon e o GVces. Ele consiste no mapeamento de iniciativas de PSA e REDD+, tendo como foco principal os serviços ambientais florestais, não apenas da floresta amazônica, mas dos outros biomas do território brasileiro. O estudo, que será apresentado por Brenda Brito, pesquisadora do Imazon, analisa 26 leis e decretos identificados em níveis estadual e federal, assim como projetos de lei federais ainda em discussão relacionados à PSA e REDD+. O levantamento também aponta alguns dos componentes essenciais que tais normas devem abranger para estabelecer um regime eficiente de PSA. O estudo será publicado em junho, após incorporar comentários a serem feitos no evento.

Artur Paiva, coordenador de serviços ambientais da Conservação Internacional (CI-Brasil) afirma que a expectativa para a reunião é que haja um debate qualificado sobre os desafios e oportunidades para conseguir os marcos legais necessários para o bom desenvolvimento de REED+ e PSA. “O evento será enriquecedor. As expectativas são as melhores”, conclui.

A CI-Brasil em parceria com o Instituto Terra, órgãos locais de Meio Ambiente e o The Nature Conservancy (TNC) realiza o projeto “Produtores de Água e Floresta” no município de Rio Claro, Rio de Janeiro. A iniciativa é uma aplicação do sistema PSA e está dando muito certo. Já com REED+, a CI-Brasil trabalha no projeto “REED+ Calha Norte” em uma parceria com o Imazon e a Secretaria de Meio ambiente do Pará. “A gente mexe desde a questão da elaboração de políticas de REED+ a realização de iniciativas práticas, passando pela capacitação de comunidades de base envolvidas”, diz Artur Paiva.

Sistemas de PSA permitem que um provedor de serviços ambientais obtenha uma remuneração daqueles que demandam esses serviços, resultando em práticas de conservação, restauração e uso sustentável dos recursos naturais. Já REDD+ é um mecanismo criado para compensar financeiramente atividades em países em desenvolvimento que evitam o desmatamento e a degradação de florestas e que, portanto, reduzem as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. REDD+ inclui também benefícios a atividades de conservação e manejo florestal, bem como aumento dos estoques de carbono florestal através do plantio de árvores e da recuperação de áreas degradadas.

Para o seminário, foi convocada uma mesa redonda, que será composta por Helena Carrascosa (SEMA-SP), que participou ativamente da construção de iniciativas pioneiras de PSA no Brasil; Marcos Sossai (Governo do Estado do Espírito Santo), que integrou o processo de elaboração do marco legal de PSA em seu estado; Anita Diederischsen, membro da The Nature Conservancy; André Ferretti, membro da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza; e Rodrigo Fernandes das Neves, procurador geral do Estado do Acre. A mediação é de Guarany Osório, coordenador do Programa Política e Economia Ambiental do GVces.

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CI defende veto integral ao projeto do Novo Código Florestal

Brasília, 25 de maio de 2012 — Esta semana se encerra o prazo constitucional para a presidente Dilma Rousseff decidir o futuro do Código Florestal brasileiro.
Diante das graves ameaças contra a integridade ecológica de todos os biomas brasileiros, reforçamos o apoio da CI-Brasil para que a presidente Dilma vete integralmente o projeto, cumprindo seus compromissos de campanha de não aceitar anistia a desmatamento, o que vai ocasionar novos desmatamentos, aumento das emissões de gases do efeito estufa no Brasil e o comprometimento da produtividade agrícola.

O Novo Código Florestal, da forma como foi aprovado pela Câmara dos Deputados em abril, favorece unilateralmente os grandes produtores rurais, apoiando um modelo de desenvolvimento econômico de curto prazo e prejudicial aos interesses de pequenos produtores rurais e das populações tradicionais. Esses segmentos, assim como a agricultura, dependem diretamente da manutenção das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais para o provimento de serviços ecossistêmicos básicos de que toda a sociedade precisa, como o fornecimento de água e a qualidade do solo.

Por isso, a Conservação Internacional (CI-Brasil) é a favor de uma legislação que proporcione ganhos para todos os setores da sociedade, em uma política de ganha-ganha, que tenha tido por base um diálogo amplo com todos os setores e dados científicos sólidos, o que não aconteceu com a legislação atual a ser submetida pela presidente.

É importante também que o veto da presidente seja acompanhado de uma alternativa que garanta a segurança jurídica no curto prazo, ao mesmo tempo em que possibilite a constituição de um ambiente de negociação que viabilize uma solução de longo prazo.


 

Fonte: Conservação Internacional Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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