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CI LANÇA ÍNDICE GLOBAL DE SAÚDE DO OCEANO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Agosto de 2012

Conservação Internacional, National Geographic Society e New England Aquarium lançam plataforma que avalia a saúde global do oceano, por meio do monitoramento de dez tipos de serviços e benefícios que ele traz aos seres humanos

Rio de Janeiro, 15 de agosto de 2012 — A Conservação Internacional, a National Geographic Society e o New England Aquarium lançaram hoje o Índice de Saúde do Oceano (OHI, na sigla em inglês), a primeira medida abrangente indicadora da saúde dos ambientes marinhos, baseada no estudo de 171 regiões costeiras no mundo todo.

O novo índice é uma medida quantitativa da saúde dos oceanos em termos dos benefícios que eles trazem e, portanto, é a primeira medida que considera os seres humanos como parte desse ecossistema. O índice é organizado em torno de 10 fatores definidos para medir o uso que as pessoas fazem dos recursos e serviços oferecidos pelo oceano e ambientes costeiros, sendo eles: provisão de alimentos; oportunidades de pesca artesanal; produtos naturais; armazenamento de carbono; proteção costeira; subsistência e economia; turismo e recreação; identidade local; águas limpas e biodiversidade.

As descobertas do OHI, publicadas hoje na revista Nature, revelaram uma pontuação global de 60, num total de 100 pontos. Quanto menor a pontuação, pior a situação, mostrando que, ou não estamos aproveitando os benefícios fornecidos pelos oceanos, ou não estamos utilizando esses benefícios de modo sustentável.

Foram atribuídas pontuações para os dez fatores avaliados de forma global, e também em termos regionais.
O Índice é uma importante ferramenta para políticos tomarem decisões sobre o futuro dos oceanos. As decisões de gerenciamento de recursos podem ser examinadas por grupo de metas, permitindo que os políticos avaliem a efetividade de seus compromissos.
O Índice pode ser usado desde a escala global até localmente – desde que existam dados de qualidade.

“O Índice é uma ferramenta para ser utilizada ativamente por tomadores de decisões políticas e de negócios. O website do OHI é único, pois é um portal para o Índice, ou seja, uma rota direta para sua metodologia, pontuações globais e componentes dentro destas pontuações para cada país que tenha zona costeira (ou seja, Zonas Econômicas Exclusivas ou ZEEs). Os usuários podem garimpar os dados brutos por trás de cada componente. Por esta razão, a combinação da pesquisa e do website é um avanço na transformação da ciência em ações”, disse Steve Katona, diretor do OHI.
O Índice de Saúde do Oceano também revela:

- Fornecimento de Alimentos pontuado em 24 em um total de 100, reforçando a necessidade de melhorar o gerenciamento da pesca.

- A maricultura, um subconjunto da Provisão de Alimentos, também recebeu uma das mais baixas pontuações (10 em um total de 100), revelando oportunidades para os países criarem espécies marinhas de modo sustentável para ajudar a atender à demanda do crescimento da população e fornecer benefícios econômicos.

- Os locais com mais alta pontuação incluíram tanto nações densamente populosas e altamente desenvolvidas, como a Alemanha, como ilhas inabitadas, como a Ilha Jarvis, no Pacífico.
- Os países do Oeste da África tiveram a mais baixa pontuação no Índice de Saúde do Oceano. Estes países também tiveram baixa classificação no Índice de Desenvolvimento Humano, sugerindo uma relação entre um bom governo, economias fortes e litoral saudável.

Os cientistas do National Center for Ecological Analysis and Synthesis, da University of British Columbia’s Sea Around US, da Conservation International, da National Geographic Society e do New England Aquarium colaboraram com especialistas em oceanos de universidades, organizações sem fins lucrativos (ONGs) e agências governamentais para desenvolver este ponto de referência inicial e esta plataforma digital. Ela foi concebida para aumentar a consciência sobre os problemas dos oceanos, direcionar prioridades políticas e facilitar uma abordagem mais pró-ativa e inclusiva no gerenciamento dos oceanos.

Ao fazer uma nova previsão da saúde dos oceanos como um grupo de benefícios, o OHI destaca os vários e diferentes meios nos quais uma área costeira pode ser saudável. Assim como uma carteira de ações diversificadas pode se desenvolver bem em uma variedade de condições de mercado, muitas combinações diferentes de objetivos podem levar a uma alta pontuação no Índice. Consistente com esta idéia, o OHI destaca as várias opções que existem para que ações estratégicas melhorem a saúde dos oceanos.
Mais de 40% da população mundial vive ao longo da costa e à medida que a população mundial cresce de 7 para 9 bilhões, as pessoas estão tornando-se cada vez mais dependentes dos oceanos para a sua alimentação, subsistência, recreação e sustento. No entanto, aproximadamente 84% das reservas marinhas monitoradas estão completamente exploradas, sobre exploradas ou até mesmo esgotadas. A capacidade das frotas pesqueiras do mundo é estimada em 2,5 vezes acima dos níveis de pesca sustentáveis.

“A pontuação global de 60 é uma forte mensagem de que nós não estamos gerenciando o nosso uso dos oceanos de maneira adequada,” disse Bud Ris, presidente e CEO do New England Aquarium e coautor da matéria na Nature. “Há muita oportunidade para melhorias e nós esperamos que o Índice torne este ponto bastante claro”.

“Pela primeira vez, nós temos uma medida abrangente do que está acontecendo nos nossos oceanos e uma plataforma global a partir da qual podemos avaliar as implicações das ações ou omissões humanas,” disse Dr. Greg Stone, Vice Presidente Sênior e Cientista Chefe para os Oceanos da Conservation International e coautor da matéria na Nature. “O Índice fornece um meio prático para que as decisões de gerenciamento por líderes governamentais e de negócios sejam abastecidas de informações por meio de um quadro quantitativo e robusto que usa o melhor dado disponível para qualquer lugar através de condições ecológicas, sociais, econômicas e políticas.”

“O OHI é como um termômetro da saúde do oceano, que nos permitirá determinar como o paciente está indo”, disse o Explorer-in-Residence da National Geographic, Dr. Enric Sala. “O Índice medirá se as nossas políticas estão funcionando ou se precisamos de novas soluções”.

“Nós acreditamos que o gerenciamento efetivo dos nossos oceanos é uma necessidade crítica para ajudar a sustentar as pessoas e as economias dependentes deles”, disse James Morris, presidente da Pacific Life Foundation. “Estamos felizes em ajudar o Índice de Saúde do Oceano para auxiliar na criação de uma nova direção para a política global nos oceanos”. A Pacific Life Foundation se comprometeu com US$ 5 milhões para o desenvolvimento e implementação do OHI.

Os principais parceiros científicos do Índice de Saúde do Oceano são a University of Santa Barbara’s National Center for Ecological Synthesis and Analysis em colaboração com a University of British Columbia’s Sea Around Us. Os parceiros fundadores são a Conservation International, o New England Aquarium e a National Geographic Society. O patrocinador fundador apresentado é a Pacific Life. O Darden Restaurants Foundation foi um doador fundador e a doação inicial foi feita por Beau e Heather Wrigley.

Os autores reconhecem os desafios metodológicos para o cálculo do Índice, mas enfatizam que ele representa um passo crítico à frente. “Nós reconhecemos que o Índice é um pouco audacioso. Com tomadores de decisões políticas e gerentes precisando de ferramentas para medir de verdade a saúde dos oceanos - e sem tempo a perder - sentimos que era audacioso, mas necessário,” disse Dr. Ben Halpern, autor-líder e cientista do Índice de Saúde do Oceano.

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Seminário discute alternativa de conservação em Recife

Encontro promove debate sobre Pagamento por Serviços Ambientais e apresenta os resultados do primeiro projeto realizado no Nordeste

Belo Horizonte, 31 de agosto de 2012 — O Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan) promove, no dia 3 de setembro, o II Seminário Pernambucano sobre Pagamento de Serviços Ambientais (PSA). O evento, realizado no Auditório da Livraria Cultura, no Recife, a partir das 14h, é a primeira iniciativa do Núcleo de Formação em Ciência & Tecnologia Ambiental do Nordeste, do Cepan.

A proposta do Pagamento de Serviços Ambientais é conceder benefícios às pessoas que preservam as áreas naturais ou conservam os espaços já manejados pelo homem. Dessa forma, os serviços (e bens) ambientais que os ecossistemas oferecem para o homem, como água, ar puro, alimentos e equilíbrio climático, por exemplo, estariam sendo incentivados e gerando renda. A formatação de contratos de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) entre os diferentes setores da sociedade se mostra como uma alternativa de viabilizar economicamente a conservação desses serviços essenciais para a população humana e para os diversos setores da economia.

Sendo assim, os organizadores do evento pretendem retomar as discussões sobre PSA em Pernambuco, iniciada em 2010, mas ter este ano o foco sobre as perspectivas nacionais e apresentar experiências da iniciativa privada realizadas no Brasil. Além disso, o evento também pretende socializar os resultados do Projeto Água do Parque, iniciativa pioneira no Nordeste realizada no Parque Dois Irmãos, que é uma Unidade de Conservação.

O evento é dirigido a líderes empresariais, acadêmicos, pesquisadores e organizações da sociedade civil organizada, cujas políticas e programas possam se beneficiar desse mecanismo econômico para financiamento de atividades de adequação ambiental, conservação dos recursos hídricos e biodiversidade. Os interessados em participar podem solicitar o formulário por meio do e-mail comunicacao@cepan.org.br

Água do Parque – O projeto é uma realização do Cepan, financiada pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) com recursos do Atlantic Forest Conservation Fund (AFCOF). É realizado em parceria com a Conservação Internacional, Empresa Monsanto, Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado de Pernambuco (SEMAS), Parque Estadual Dois Irmãos, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) e a Associação para a Mata Atlântica do Nordeste (AMANE).


 

Fonte: Conservação Internacional Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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