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PRODUÇÃO DE CASTANHA DO BRASIL GERA RENDA E
QUALIDADE DE VIDA PARA O POVO WAI-WAI, EM RORAIMA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2012

09 de agosto de 2012 - A expectativa de gerar renda, valorizar o produto nativo e melhorar a qualidade de vida nas comunidades das terras indígenas Wai-wai e Trombetas-Mapuera tem sido alcançada com o resultado positivo do trabalho de extrativismo da Castanha do Brasil, produzida de forma sustentável pelo povo indígena Wai-Wai, localizado na região sul do estado de Roraima.

Por meio de um contrato firmado em 2011 entre a empresa de beneficiamento de óleos vegetais, Palmaplan, a Associação do Povo Indígena Wai-Wai (APIW) e a Associação do Povo Indígena Wai-Wai Xaary (APIWX) foi possível comercializar duas mil sacas de castanhas, das quais 700 já foram entregues. A iniciativa conta com parceira da Fundação Nacional do Índio (Coordenação Regional de Boa Vista/RR), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab/RR) e Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RR).

Mesmo com dificuldades de acesso, tanto terrestre, quanto fluvial, os indígenas da região de Jatapuzinho realizaram a entrega de 700 sacas de castanha em tempo hábil. As outras 1.300 sacas, que finalizam o acordo de duas mil, deverão ser entregues pelas comunidades da região Anauá e Xaary. Além da produção incluída no contrato, a Palmaplan comprou da região de Jatapú outras 1.050 sacas. A entrega da produção restante está prevista para o final do semestre deste ano.

O gerente operacional da Palmaplan, Alexandre Borba, que acompanha diretamente a entrega às margens dos rios, destacou que o contrato tem sido cumprido de forma satisfatória, atendendo as expectativas da empresa. A empresa, instalada na Vila do Equador, sul do estado de Roraima, é a única empresa local a investir nas comunidades e, diante dos bons resultados, pretende expandir a comercialização de seus produtos para o exterior.

Produção sustentável

A atividade sustentável de extrativismo da castanha é considerada pelos Wai-Wai uma grande conquista. Eles destacam que a venda tem sido satisfatória e que, com a atividade, o produto foi valorizado e a mão-de-obra indígena qualificada para trabalhar na coleta. A renda adquirida beneficia as comunidades ao possibilitar a compra de materiais e ferramentas como barcos e motores, que são utilizadas para o sustento e melhoria da qualidade de vida das famílias, assim como para incrementar o próprio trabalho de extrativismo da castanha.

Com a implementação do projeto, foi reduzida a venda da castanha para atravessadores, que constantemente estavam às margens dos rios Jatapú e Anauá à espera da produção. Os atravessadores, na maioria das vezes, compravam o produto por valores abaixo do mercado, reduzindo o ganho dos indígenas.

Geraldo Wai-Wai relata que antes a castanha era vendida com o valor tão baixo que, muitas vezes, não era suficiente para pagar sequer o conserto dos motores dos barcos utilizados na coleta. Comentou que a venda está mais justa e o beneficio favorece não somente a ele, mas todas as comunidades indígenas envolvidas.

Parcerias

A Coordenação Regional de Boa Vista/RR, por meio do Núcleo de Atividade Produtiva (Nuap), apresentou a proposta do Projeto de Extrativismo da Castanha do Brasil e, para sua execução, entendeu que seria necessário contar com a participação de outros órgãos federais e instituições que pudessem contribuir com a execução das atividades. Nesse sentido, Juvino Luiz Alba, do Nuap, destacou que o potencial da atividade extrativista nas terras indígenas deveria receber acompanhamento para um melhor manejo dos castanhais e para a comercialização de produtos com qualidade.

Por meio do Programa de Formação de Estoque da Conab foi realizado um financiamento de R$ 197 mil para que as duas associações indígenas pudessem adquirir os equipamentos necessários aos trabalhos de extração da castanha. Parte do investimento tem sido ressarcida com a venda da castanha, pelo contrato com a Palmaplan. Segundo a Superintendente da Conab, Iriseli Buarque, “a intenção é, cada vez mais, disponibilizar o investimento para que os indígenas tenham condições de realizar o trabalho de extração da castanha”.

O Sebrae procedeu com a contratação de consultores para capacitações e atualmente dispõe de consultoria técnica para trabalhar com os indígenas na gestão dos recursos, gastos realizados durante a colheita e consolidação de dados da produção. Há ainda a perspectiva de iniciar uma discussão com os indígenas sobre cooperativismo.

No final de junho, uma equipe com representante da Funai/RR e dos demais órgãos envolvidos no projeto realizou uma visita nas bases de coleta da castanha. Foram às comunidades indígenas Trombeta Mapuera e Wai-Wai para verificar a aplicação das boas práticas no manejo dos os castanhais e na colheita, a construção dos secadores e sua forma de manuseio.

O projeto se constitui como boa experiência de sustentabilidade em comunidades indígenas promovendo uma mudança de vida paras as populações que habitam as terras indígenas Wai-Wai e Trombetas Mapuera. É uma atividade realizada de forma coletiva que, para os Wai-Wai, os leva a superar dificuldades e alcançar o objetivo de usufruir e fazer a gestão de seus territórios, gerando produção e renda sem agredir o meio ambiente.
Fonte: CR de Boa Vista/RR


 

Fonte: Funai – Fundação Nacional do Índio
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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