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SOJA: EMBARGO CONTINUA

Panorama Ambiental
Outubro de 2012

LUCAS TOLENTINO - O governo federal e representantes das indústrias e exportadores de cereais renovaram a moratória da soja. Estabelecida nesta sexta-feira (26/10), em Brasília, a medida prevê a extensão do pacto de recusar a compra do grão que tenha sido produzido em áreas amazônicas degradadas de maneira ilegal depois de julho de 2006, data em que o compromisso foi instituído pela primeira vez. O evento contou também com a apresentação dos resultados do quinto ano de monitoramento da moratória.

Com a renovação do acordo, o embargo à soja produzida em áreas de desmatamento se estenderá até 31 de janeiro de 2014. O protocolo foi assinado pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Carlo Lovatelli, e pelo diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário. O pacto inclui, ainda, a participação da sociedade civil.

EQUILÍBRIO

A nova lei florestal e o desmatamento verificado em estados produtores de soja como o Mato Grosso e o Pará aparecem entre os motivos para a renovação da moratória. De acordo com a ministra, a medida atende às necessidades trazidas com a nova legislação ambiental. “É preciso haver um equilíbrio entre a produtividade ambiental e a econômica”, destacou. “Podemos proteger as florestas e o meio ambiente e, ao mesmo tempo, produzir alimentos de forma sustentável.”

No entanto, o controle do desmatamento na Amazônia está entre as prioridades de governo. “Há uma nova dinâmica associada às diversas modalidades de crime ambiental e todos eles serão combatidos pelo aumento da fiscalização, que ocorrerá durante todos os meses do ano”, declarou Izabella. A ministra afirmou que o trabalho ocorrerá para coibir todos os tipos de desmatamento.

O presidente da Abiove acredita que desde o primeiro ano do pacto, iniciado em 2006, o perfil da produção de soja vem mudando. “A moratória está trazendo uma conscientização cada vez mais crescente entre os produtores”, afirmou Lovatelli. “Isso mostra que o Brasil pode e está mudando o comportamento diante da necessidade de conservação da sua biodiversidade.”

LEVANTAMENTO

O relatório do quinto ano de monitoramento da moratório da soja, segundo a Abiove, mostra que, em 2006, foi registrada a presença de soja em 18.410 hectares desmatados na Amazônia. O levantamento revela ainda que, entre 2006 e 2011, os 58 municípios monitorados em três estados - Mato Grosso, Pará e Rondônia - foram responsáveis por 98% da área plantada com soja na Amazônia Legal.

Dos 25 milhões de hectares de plantações do grão em todo o território brasileiro, 2,1 milhões ficam na Floresta Amazônica. A área de soja localizada por meio do levantamento, porém, corresponde a 0,41% de todo o desmatamento do país e a 0,53% dos desmatamentos verificados em Mato Grosso, Pará e Rondônia.

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Cidades sustentáveis

RAFAELA RIBEIRO - Estudo inédito no Brasil busca soluções técnicas para melhorar a qualidade ambiental nos grandes centros urbanos está sendo realizado por um grupo de trabalho do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). A equipe conta com a participação de técnicos do Ministério do Meio Ambiente, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio),além de representantes da indústria, do setor imobiliário e da sociedade civil. O grupo estuda indicadores adequados e faz a avaliação da capacidade de suporte do ambiente urbano, inicialmente para ambientes metropolitanos, considerando as diferentes realidades presentes nas cidades e biomas brasileiros.

O tema tem se mostrado de extrema relevância pelos graves problemas ambientais inerentes a grandes cidades e regiões metropolitanas brasileiras. A situação ambiental apresenta problemas críticos relacionados com a concentração populacional, a redução de áreas verdes, e o aumento de demanda por serviços públicos, como abastecimento, saneamento básico, transportes, educação, segurança e habitação.

Como consequência, o quadro provoca poluição, degradação ambiental e a perda de qualidade de vida de seus habitantes. Parte dessas carências é atribuída à rapidez e falta de planejamento do processo de urbanização, aliada à enorme desigualdade social que caracterizou o padrão de desenvolvimento adotado no país.

GESTÃO AMBIENTAL

“Definir uma lista de critérios ou de recomendações para se administrar melhor a questão de restringir determinados crescimentos e assegurar a qualidade ambiental e de vida, é o propósito maior. Isso pode ser feito em qualquer cidade", explicou João Batista Câmara, representante do Ibama e relator do grupo de trabalho. “Temos no Brasil pequenas cidades com problemas urbanos de regiões metropolitanas. O objetivo é colaborar para a melhoria da gestão ambiental dos ambientes urbanos. O nosso foco inicial são as regiões metropolitanas, porque é onde fica grande parte da população”.

A avaliação da capacidade de suporte em ambientes urbanos ainda é pouco desenvolvida, sendo mais comum em áreas naturais, especialmente unidades de conservação. Esse tipo de avaliação é requisito básico na elaboração de planos de manejo. O conceito de capacidade de suporte do meio é o nível de utilização dos recursos naturais ou construídos que um ambiente pode absorver, garantindo-se a sustentabilidade e a conservação de tais recursos e o respeito aos padrões de qualidade ambiental. “Para você ter os recursos naturais e o patrimônio construído utilizados sem perder suas características originais, você tem que ter uma limitação no número de pessoas e ao mesmo tempo mudança de atitudes”, afirmou o relator.

O estudo de capacidade de suporte requer a adoção de um conjunto de indicadores ambientais, sociais e econômicos que dê suporte à avaliação da situação real das cidades, da qualidade de vida e do meio ambiente. Implica também na adoção de instrumentos econômicos, tais como a como redução de impostos, incentivos fiscais à empresas recicladoras e incentivos na redução da geração de resíduos que incentivem a recuperação ambiental, o aumento das áreas verdes por habitante. Propõe também a redução da poluição atmosférica, a provisão de energia e alimentos em bases sustentáveis, proteção de mananciais, saneamento ambiental, o planejamento integrado da infraestrutura e serviços públicos, a redução dos fluxos migratórios e o zoneamento ambiental, além das mudanças de atitude do cidadão para padrões de comportamento e de vida mais sustentáveis.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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