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ELES PRECISAM FAZER MAIS

Panorama Ambiental
Novembro de 2012

Notícia - 19 - nov – 2012 - Fabricantes globais de eletrônicos precisam fazer mais para acabar com o uso da energia suja responsável por mudanças climáticas em suas cadeias de produção e suprimento, de acordo com um estudo divulgado hoje pelo Greenpeace Internacional.

Apesar de essas empresas terem progredido na remoção de substâncias químicas tóxicas de telefones celulares, computadores e tablets que produzem, suas estruturas de fabricação e abastecimento ainda são muito dependentes de fontes de energia sujas que contribuem para mudanças no clima.

A 18ª versão do Guia de Eletrônicos Verdes montou um ranking de 16 empresas de eletrônicos baseado em seu comprometimento e progresso em três questões sobre o meio ambiente: Clima e Energia, Produtos Mais Verdes e Operações Sustentáveis.

“O próximo desafio ambiental para companhias de bens eletrônicos de consumo é reduzir sua poluição de carbono”, disse o analista de TI do Greenpeace Internacional Casey Harrell. “Consumidores já afirmaram que querem eletrônicos mais ecológicos, o que significa aparelhos com bom funcionamento fabricadas e abastecidos por energias renováveis.”

A maior parte da pegada de carbono associada a muitos dispositivos eletrônicos está ligada à sua cadeia de produção, onde eles são montados. Mais carbono é emitido na fabricação de alguns aparelhos, como tablets e smart phones, do que na eletricidade que eles consomem durante seu tempo de uso.

“As empresas deveriam trabalhar com seus fornecedores para implementar processos de produção mais eficientes e para usar energias renováveis ao invés de combustíveis fósseis em sua cadeia de suprimentos, como eles acabaram de fazer para reduzir os materiais tóxicos em eletrônicos”, disse Harrell.

À medida em que o uso de eletrônicos cresce no mundo, somente uma liderança ambiental corporativa pode prevenir o crescente desperdício de materiais e garantir que a indústria comece a usar energia limpa para fabricar seus produtos. Empresas de eletrônicos também ganharam poder político em muitos países, o que significa que sua defesa pela energia limpa pode impactar as políticas de diversos governos.

A empresa de tecnologia indiana Wipro liderou o ranking em sua primeira aparição na versão internacional do Guia de Eletrônicos Verdes. A Wipro marcou mais pontos graças a seus esforços para abraçar energias renováveis e defender políticas de energia mais verdes na Índia. A empresa também conseguiu pontos pela coleta de lixo eletrônico pós-consumo, pela reciclagem e pela retirada gradual de substâncias perigosas de seus produtos.

“A Wipro estabeleceu uma nova referência para a sustentabilidade, não apenas na Índia, mas em todo o globo, que terá um impacto de longo prazo na formação do debate da energia verde dentro da indústria de eletrônicos”, afirma o campaigner sênior do Greenpeace Índia Abhishek Pratap. “O restante do setor de eletrônicos deveria seguir os passos da liderança da Wipro na área de clima”.

A HP caiu do 1º lugar na edição do ano passado do guia para a 2ª colocação. A Nokia subiu do 4º para o 3º. A fabricante taiwanesa de computadores Acer foi a empresa de maior evolução no guia, subindo 9 colocações e passando a ocupar o 4º lugar por se engajar com seus abastecedores para diminuir a emissão de gases do efeito estufa, o uso de substâncias perigosas, minerais em áreas de conflito e o rastreamento da cadeia produtiva. A Dell caiu do nº 3 para o nº 5. A Apple teve uma ligeira queda da 5ª colocação no ano passado para a 6ª. A RIM, fabricante do Blackberry, não conseguiu melhorar seu 16º lugar no ranking, continuando como última do grupo.

O Guia de Eletrônicos Verdes do Greenpeace, lançado em 2006, incentivou melhorias dentro da indústria de eletrônicos, incluindo a diminuição gradual de substâncias perigosas dos produtos. O guia é parte de uma campanha maior do Greenpeace para influenciar a indústria de TI a desenvolver as soluções necessárias para uma revolução global de energia limpa.

O Greenpeace é uma organização global política e financeiramente independente que faz campanhas para mudar atitudes e comportamentos, proteger e conservar o meio ambiente e promover a paz. O Greenpeace apoia o reuso e reparo de produtos eletrônicos. Nós encorajamos as pessoas a estender a vida ativa de seus dispositivos, a comprar produtos usados quando possível e novos só quando for realmente necessário.

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Os fios tóxicos

Nesta página Notícia - 20 - nov – 2012 - Algumas das maiores marcas de roupas estão vendendo roupas contaminadas com produtos químicos perigosos que ao entrar em contato com água se fracionam e formam substâncias que alteram a forma como os hormônios naturais atuam no corpo humano. Também foram encontrados vestígios de substâncias químicas cancerígenas, de acordo com o relatório publicado hoje pelo Greenpeace Internacional.

Investigações do Greenpeace encontraram produtos químicos perigosos em roupas de 20 principais marcas de moda. A Zara está sozinha no estudo por ter peças de roupas que podem originar substâncias químicas que desregulam os hormônios e que podem causar câncer.

O relatório investigativo do Greenpeace Internacional, “Os fios tóxicos - o grande remendo da indústria da moda” em Inglês, abrange testes de 141 itens de vestuário e expõe as ligações entre instalações fabris têxteis que utilizam produtos químicos perigosos e a presença de produtos químicos nos produtos finais.

“As principais marcas de moda estão transformando todos em vítimas da moda, nos vendendo roupas que contêm produtos químicos perigosos que contribuem para a poluição tóxica da água em todo o mundo”, disse Yifang Li, Campaigner Sênior de Tóxicos, do Greenpeace Asia.

Uma das principais conclusões é que todas as marcas analisadas tiveram diversos itens contendo nonilfenóis (NPs), químicos que se quebram em outras substâncias e que alteram a forma como os hormônios atuam no corpo humano. As maiores concentrações - acima de 1000 partes por milhão - foram encontradas em itens de vestuário da Zara, Metersbonwe, Levi’s, C&A, Mango, Calvin Klein, Jack&Jones e Marks&Spencer.

Outros químicos identificados incluíam elevados níveis de ftalatos tóxicos em quatro dos produtos e os traços de uma amina cancerígena proveniente da utilização de alguns corantes azóicos, em dois produtos de Zara. A presença de outros tipos de produtos químicos industriais potencialmente perigosos foram encontrados em muitos dos itens testados.

“Em alguns dos itens testados da Zara, foram encontradas substâncias cancerígenas e que podem desregular os hormônios naturais, o que é inaceitável para os consumidores e para as pessoas que vivem perto da fábrica onde essas roupas são feitas. Como a Zara pode ter certeza de que mais roupas da sua linha de produção não estão contaminadas com estes produtos químicos perigosos?”, disse Martin Hojsik, Coordenador da Campanha de Detox, do Greenpeace Internacional.

“Como a maior varejista de roupas do mundo, a Zara precisa assumir a liderança e tomar medidas urgentes, ambiciosas e transparentes para limpar e desintoxicar suas roupas e sua cadeia de fornecedores”, completou Hojsik.

Os itens testados foram fabricados principalmente no hemisfério sul, e incluíam calças jeans, calças, camisetas, vestidos e roupas íntimas. As peças foram projetadas para homens, mulheres e crianças e feitas a partir de fibras artificiais e naturais. Os produtos químicos perigosos estão incorporados nestes materiais ou são deixados como resíduos indesejados que restaram do processo de fabricação.

“A indústria têxtil continua a tratar os cursos-d’água públicos como seus esgotos particulares. Mas a nossa moda não tem que custar o preço do planeta, nossas roupas não têm que ser fabricadas com produtos químicos perigosos”, disse Yifang Li, Campaigner Sênior de Tóxicos do Greenpeace Ásia.

O Greenpeace exige que as marcas de moda se comprometam a parar de poluir com produtos químicos até 2020. Algumas delas, como a H&M e a Marks&Spencer, já o fizeram e exigem que seus fornecedores divulguem todas as substâncias químicas que suas instalações fabris lançam no ambiente.


 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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