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APROVADO SEGUNDO PERÍODO DO PROTOCOLO DE KYOTO

Panorama Ambiental
Dezembro de 2012

Sábado, 08 Dezembro 2012
Ministra Izabella Teixeira comemora resultado histórico e reafirma compromisso brasileiro com a Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas

DA REDAÇÃO

A 18ª Conferência das Partes (COP 18) da Organização das Nações Unidas terminou na noite deste sábado (8/12), em Doha, no Qatar, com o a renovação do compromisso do Protocolo de Kyoto. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, destacou, em seu discurso de encerramento, que esse foi um resultado histórico. "O Protocolo de Kyoto é mais do que um documento, ele expressa a convicção de que a mudança climática exige uma ação multilateral, a abordagem baseada em regras. O Protocolo de Kyoto é o padrão de integridade ambiental", afirmou a ministra. O Brasil exerceu importante papel para esse resultado e foi elogiado por vários países por seu desempenho nas negociações.

A ministra destacou, também, que o Brasil está trabalhando duro e com sucesso na luta contra as mudanças climáticas. "Estamos orgulhosos dos nossos esforços na redução do desmatamento na Amazônia, que falam por si. Estamos cumprindo tudo o que nos comprometemos, de acordo com esta Convenção", enfatizou. Izabella Teixeira também reafirmou o compromisso do país em continuar sua participação ativa na Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, "plenamente consciente de que o multilateralismo é a melhor ferramenta para enfrentar o aquecimento global."

No entanto, Izabella Teixeira afirmou que o Brasil não está totalmente satisfeito com o resultado obtido. "Queríamos mais. Acreditamos que é necessário mais. Mas também acreditamos que uma Conferência que garantiu o segundo período do Protocolo de Kyoto é, por definição, um sucesso", disse. A ministra lamentou que Partes do Anexo I estejam gradualmente se afastando das obrigações estabelecidas na Convenção: "esses países não estão tomando a liderança e não estão apoiando os países em desenvolvimento suficientemente em seus esforços para combater as alterações climáticas". Postura que a ministra classificou como "inaceitável".

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Chamas que destroem e poluem

Cientistas e pesquisadores de várias partes do planeta estão reunidos em Brasília para debater o manejo e controle dos incêndios
LUCIENE DE ASSIS
A meta estabelecida na Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e no Plano de ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado) é reduzir em 40%, até 2020, as emissões de gases relacionadas ao uso da terra no Cerrado. Como estas reduções estão diretamente ligadas aos incêndios, o assunto está em debate por cientistas e pesquisadores brasileiros, sul-africanos, australianos, americanos, alemães e canadenses na Oficina sobre severidade de queimadas e respostas ecossistêmicas: implicações para a conservação e manejo da biodiversidade em ecossistemas de savanas. O evento termina nesta quinta-feira (13/12), no Nobile Lakeside Hotel, em Brasília.

O Cerrado é a savana mais diversa do mundo e responsável, segundo dados de 2012 do Inventário Nacional de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), por 24% das emissões de gás carbono (CO2) relacionadas ao uso da terra entre 2003 e 2005, principalmente por causa do desmatamento e das queimadas. O workshop reúne especialistas brasileiros e estrangeiros em fogo e sensoriamento remoto para discutir o impacto das queimadas em ecossistemas savânicos, além de compartilhar metodologias de cálculo do impacto do fogo no campo ou em aplicações de sensoriamento remoto, explica o diretor do Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento na Amazônia, Francisco Oliveira.

MANEJO DO FOGO

A troca de experiências e de conhecimentos científicos, segundo Oliveira, permitirá a compreensão de outros aspectos importantes sobre o fogo, trazendo para a prática as melhores formas de manejo e controle dos incêndios. Ocorre que a interação entre os processos de desmatamento e degradação e uso das queimadas e emissões de gases associadas ainda não é totalmente conhecida dos pesquisadores.

Os estudiosos do assunto ainda não sabem se as emissões de gases resultantes das queimadas no Cerrado são emissões líquidas, já que grande parte das ocorrências é registrada em ecossistemas de savanas, onde as emissões podem ser compensadas pela rebrotas das plantas consumidas pelo fogo. De acordo com a pesquisadora do Parque Nacional Kruger, na África do Sul, Navashni Govender, seu país aprendeu muito, nos últimos 100 anos, com as diferentes formas de manejar o fogo nas savanas dos parques sul-africanos.

“Na África do Sul, a gestão de incêndios vem de muito tempo e sabemos que o homem é a fonte natural das queimadas”, admite Navashni Govender. Hoje, conta ela, “adotamos uma política integrada de administração do fogo com os cuidados ecológicos necessários”. No Parque Kroger, explica Govender, o fogo é usado de forma controlada e aplicado em blocos, a cada três anos, de forma sustentável e sem prejudicar o equilíbrio do ecossistema local.


Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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