Panorama
 
 
 
 

FLORESTA ESTACIONAL SEMPRE-VERDE É RECONHECIDA
COMO NOVO TIPO DE VEGETAÇÃO BRASILEIRA

Panorama Ambiental
Dezembro de 2012

18/12/2012 - 11h36
Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A partir de agora, um novo tipo de vegetação passará a constar oficialmente em mapeamentos florestais do país. A Floresta Estacional Sempre-Verde, que existe apenas no estado de Mato Grosso, já havia sido identificada há alguns anos, mas só agora passou a constar oficialmente no Sistema de Classificação da Vegetação Brasileira. A descrição do novo tipo de vegetação aparece na segunda edição do Manual Técnico da Vegetação Brasileira, lançada hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O livro, elaborado por engenheiros florestais, agrônomos, biólogos, geógrafos e geólogos, traz metodologias para a realização de estudos, mapeamentos e pesquisas da vegetação no país. Também chamada de Floresta Estacional Perenifólia, a vegetação se caracteriza pela manutenção de uma coloração muito verde, mesmo em períodos de estiagens.

A floresta se estende por toda a região da Bacia Sedimentar dos Parecis e parte das depressões do Guaporé, Paraguai, Araguaia e Planalto do Tapirapuã. Segundo o IBGE, a vegetação ocorre em áreas de clima tropical que tem duas estações bem distintas: uma chuvosa e uma seca (que varia entre quatro e seis meses).

Três subtipos da vegetação foram identificados: as variações aluvial, de terras baixas e de submontanha. Na floresta aluvial, que pode ser encontrada nas calhas dos rios Culuene, Teles Pires, Verde, Arinos, Sangue, Juruena, Juína, Jauru e Guaporé, as árvores têm, em média 25 metros de altura.

A floresta das terras baixas pode ser encontrada nos terrenos sedimentares das depressões dos rios Paraguai, Guaporé e Araguaia, em altitudes em torno de 200 metros. Nesse subtipo de floresta, as árvores têm, em média, de 35 a 40 metros de altura.

Já a floresta de submontanha, que tem árvores medindo acima de 30 metros, ocorre nos terrenos sedimentares do Planalto dos Parecis, especialmente na região do Alto Xingu, em altitudes que variam de 300 a 450 metros.

A Floresta Estacional Sempre-Verde se junta a outros tipos de vegetação que ocorrem no Brasil, como as florestas ombrófilas (típicas da Amazônia e da Mata Atlântica), as savanas e a Caatinga.

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Rússia e Polônia lideram impasse sobre emissões excedentes de gases de efeito estufa na COP18

29/11/2012 - 13h34
Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Além das emissões de gases de efeito estufa previstas em função de atividades industriais e econômicas, por exemplo, o mundo pode ter que absorver um excedente de mais de 13 bilhões de toneladas de gás carbônico. O volume de emissões extras vem de uma espécie de sobra dos países desenvolvidos e de economias em transição econômica, como as antigas repúblicas soviéticas e os países do Leste Europeu.

Essas economias cumpriram as metas do primeiro período de compromisso do Protocolo de Quioto, emitindo menos do que o limite permitido. A margem que conquistaram por ter emitido menos, nos últimos anos, foi resultado da recessão enfrentada por essas economias que reduziu o ritmo das fábricas, mantendo os níveis de poluição atmosférica abaixo do estipulado.

A decisão sobre o uso desse excedente a partir de agora tem sido uma das principais preocupações dos observadores brasileiros que acompanham as negociações da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática. A COP18, como é conhecido o evento, reúne, desde o último dia 26, especialistas de mais de 190 países em Doha, no Catar, na busca por soluções para manter a elevação da temperatura do planeta abaixo dos 2 graus celsius (ºC) – valor definido como ideal para reduzir os impactos do aquecimento global, como as enchentes e secas extremas.

Há quatro dias, negociadores da Rússia, Ucrânia e Polônia têm pressionado as delegações de outros países para garantir que o uso do excedente dessas emissões seja autorizado para o segundo período do Protocolo de Quioto. O novo tratado deve começar a partir de janeiro do próximo ano, quando expira o prazo das atuais metas que têm sido cumpridas pelos países para reduzir emissões de gases nocivos ao planeta.

“Estão jogando duro para poder ‘carregar’ seu excedente para o segundo período”, disse o coordenador do programa de mudanças climáticas e energia do WWF Brasil, Carlos Rittl, que acompanha as negociações no Catar. Ele destacou que esse movimento tem contribuído para que as metas de redução de emissões de outros países sejam mais “tímidas”.

A intenção dos três países é usar o excedente para atingir suas metas ou vender esse excedente para outros países. Do outro lado da mesa, negociadores de países em desenvolvimento e alguns países europeus estão tentando evitar que essa autorização seja um resultado da COP18. “Com a urgência do problema das mudanças climáticas, isso tornaria praticamente impossível evitar que o aquecimento global passe dos 2°C, o que traria consequências catastróficas para todos os países”, explicou Carlos Rittl.

O embate em torno dessas emissões mostra como as negociações ainda estão distantes de uma conclusão. Nessa fase da conferência, os especialistas tentam chegar a um texto mais consensual, que será analisado a partir do próximo dia 4 de dezembro por ministros dos quase 200 países representados na COP18.

Aliado às polêmicas, o novo tratado não terá o compromisso dos Estados Unidos, do Canadá, da Russia, do Japão e da Nova Zelândia. E a União Européia, que chegou a sinalizar que aumentaria sua meta de redução das emissões em 30%, recuou em função da crise econômica e tem sinalizado a intenção de manter o atual patamar de redução de 20% também para os próximos anos.

“O risco maior na negociação é de termos um segundo período muito pouco efetivo em termos de redução de emissões”, avaliou Rittl. “Há muitos riscos nessa negociação, nada de aumento de ambição em metas e em financiamento climático, muitos assuntos sem soluções fáceis. Mas negociação só termina no último minuto”, acrescentou, otimista, lembrando que as negociações ainda prosseguem por mais oito dias no Catar.


Fonte: Agência Brasil

 
 
 
 

 

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