Panorama
 
 
 
 

MMA DISCUTE PRIORIDADES DOS POVOS TRADICIONAIS

Panorama Ambiental
Dezembro de 2012

Brasília (17/12/20120 – O Ministério do Meio Ambiente (MMA) classificou como positivos o desenvolvimento da política nacional e o engajamento da Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) participa da comissão.

A avaliação foi feita na semana passada, quando integrantes de órgãos federais, da sociedade civil e de universidades se reuniram, em Brasília, para discutir as prioridades e os desdobramentos das ações de governo destinadas aos povos e comunidades tradionais. Parte desse grupo social mora ou faz uso de unidades de conservação (UCs) federais, geridas pelo ICMBio.

O trabalho conjunto das diferentes esferas do governo está entre os avanços da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT), que engloba ações voltadas para grupos de várias partes do país. “A integração efetiva de todos os envolvidos é uma das maiores realizações da iniciativa”, definiu o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Paulo Guilherme Cabral. “Dessa forma, temos conseguido mobilizar diversos atores e chamar parceiros”.

Visibilidade

A intenção é que, no próximo ano, a comissão volte a se reunir em seminários regionais e em encontro nacional para a realização de consultas e debates sobre as necessidades de mudanças nas ações de governo federal voltadas para os povos tradicionais. “É necessário fazer um trabalho de sensibilização para incluí-los”, defendeu a diretora do Departamento de Extrativismo do MMA, Cláudia Calório. “A visibilidade é uma forma de afirmação política”.

Os representantes da sociedade civil acreditam que o estabelecimento da comissão e da Política Nacional tem garantido maior inclusão dos povos tradicionais. “A discussão da diversidade social no Estado ganhou outra forma”, resumiu Cláudia de Pinho, da Rede de Comunidades Tradicionais Pantaneiras. “Ainda ocorre uma rejeição em relação aos ciganos. Mas estamos caminhando para conseguir um direito real à cidadania”, afirmou Maura Ney Piemonte, integrante da comunidade cigana.

Instituída em 2007, a PNPCT é uma ação articulada que envolve diferentes órgãos e tem o MMA como secretário-executivo. O objetivo é reconhecer esses grupos e garantir os direitos territoriais, sociais, ambientais, econômicos e culturais. Envolve os povos faxinalenses, os de cultura cigana, os indígenas, os quilombolas, as catadoras de mangaba, as quebradeiras de coco-de-babaçu, os povos de terreiro, as comunidades tradicionais pantaneiras, os pescadores, os caiçaras, os extrativistas, os pomeranos, os retireiros do Araguaia e as comunidades de fundo de pasto.

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RAN salva 63 milhões de filhotes de tartarugas-da-amazônia em 33 anos

Brasília (19/12/2012) – O Programa de Conservação de Quelônios da Amazônia, desenvolvido pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), garantiu, nos seus 33 anos de existência, o nascimento em unidades de conservação (UCs) e outras áreas protegidas de 63 milhões de filhotes de tartarugas e monitorou 80 mil matrizes (fêmeas). Os números, divulgados agora, confirmam que o PQA é, sem dúvida, uma das estratégias de conservação da fauna brasileira mais bem sucedidas na história ambiental do país.

No momento, o RAN está consolidando as informações do programa em bases de dados no Sistema de Gestão da Informação dos Quelônios Amazônicos (SisQuelônios). A ferramenta subsidiará análises biológicas, ambientais e populacionais das espécies monitoradas, favorecendo futuras avaliações do estado de conservação desses animais e da efetividade das unidades de conservação na manutenção dos seus estoques populacionais viáveis.

Quelônios e o PQA

Quelônios são animais com casco, como tartarugas, tracajás e içás. O programa tem como objetivo principal a conservação das tartarugas-da-amazônia, por meio de projetos específicos direcionadas às unidades de conservação (UC) do bioma amazônico, conforme planejamento estratégico que estabeleceu as diretrizes institucionais de pesquisa, monitoramento e manejo dessas espécies, por meio de protocolos sistematizados.

No Brasil, a exploração das espécies de quelônios que ocorrem na Amazônia data do período colonial, tendo sido relatada por naturalistas e pesquisadores como Walace, Bates, José Veríssimo, Emílio Goeldi e Alfinito, que descreveram densidades extraordinárias de ninhos e a maciça utilização de ovos na produção comercial de óleo, bem como o intenso consumo da carne desses animais.

Na década de 1970, as espécies Podocnemis expansa (tartaruga-da-amazônia) e Podocnemis unifilis (tracajá) estavam na iminência de entrar para a lista de animais brasileiros em ameaçados de extinção, o que motivou a criação do Projeto Quelônios da Amazônia, em 1979. Com o projeto, as ações conservacionistas foram fortalecidas, ampliadas e, com os conhecimentos técnicos acumulados ao longo dos anos, foi estabelecida uma metodologia básica para a proteção e manejo in situ (na natureza) desses animais, adaptada e implementada por diversas instituições e organizações não governamentais até os dias atuais.

"O programa têm proporcionado a conservação e a recuperação das populações naturais de quelônios amazônicos e, consequentemente, contribuído para a conservação da biodiversidade a eles associada. Graças aos esforços dos gestores do projeto, em suas diversas interfaces e eixos temáticos, nenhuma das espécies foi listada em alguma categoria de ameaça no território brasileiro, mesmo muitas delas sofrendo intensa sobrexploração pelo consumo e comércio ilegal", afirmou Vera Lúcia Ferreira Luz, coordenadora do RAN.


Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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