28/02/2013 - 18h02
Meio Ambiente
Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A ministra do Meio Ambiente,
Izabella Teixeira, firmou hoje (28) um compromisso
com representantes da Organização
das Nações Unidas para a Agricultura
e Alimentação (FAO) e da Federação
das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp) de trabalhar em conjunto com
a agricultura brasileira para encontrar os
caminhos para conciliar o acesso aos ecogenéticos
(que resulta na predisposição
genética em responder de diferentes
maneiras a fatores ambientais) em produção
de alimentos e inovação tecnológica.
O objetivo da reunião foi discutir
metas de biodiversidade e o Protocolo de Nagoia,
segundo maior pacto ambiental desde o Protocolo
de Quioto.
“Isso vem conciliando tanto
o que está na parte de alimentos da
FAO e na Convenção da Diversidade
Biológica. Foi uma excelente reunião
e temos muito trabalho pela frente. Estamos
falando da biodiversidade que nós temos
e de como poderemos produzir a partir do aprimoramento
tecnológico e do conhecimento genético
com mais sustentabilidade”, disse a ministra.
De acordo com o secretário
executivo de Conservação da
Diversidade Biológica da ONU, Bráulio
Dias, é preciso reforçar o debate
sobre a legislação ambiental
nacional, já que o Brasil é
um dos poucos países que têm
leis ambientais. “Há pelo menos 15
países com essa legislação,
mas em todos, e o Brasil não é
uma exceção, essa lei foi muito
voltada para proibir a biopirataria e não
para estimular o acesso aos ecogenéticos
e à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico.
Se não houver isso, não teremos
novos produtos e benefícios que possam
ser repartidos”.
Para Dias, é preciso
incentivar esse desenvolvimento e a comercialização
de produtos para gerar riquezas. “A riqueza
deve ser melhor compartilhada para que os
países de onde são originários
esses recursos também se beneficiem
e possam melhorar seu esforço de conservação
desse material para o futuro”, disse.