Brasília (14/03/2013)
- Com o apoio de mais de 120 países,
foi aprovada a proposta brasileira de maior
controle do comércio de três
espécies de tubarão-martelo
(Sphyrna mokarran, Sphyrna lewini, Sphyrna
zygaena), todos ameaçados pelo comércio
internacional de nadadeiras, usadas nas famosas
"sopas de barbatanas", iguaria da
culinária Oriental. Os animais foram
incluídos no Anexo 2 da 16ª Conferência
da Convenção sobre Comércio
Internacional das Espécies da Flora
e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção
(Cites), que terminou hoje (14) em Bangcoc,
na Tailândia.
O Brasil também foi
coautor da proposta de inclusão, no
Anexo 2, dos tubarrões galha-branca
(Carcharhinus longimanus) e sardo (Lamna nasus)
e de duas espécies de raias, a jamanta
(Manta birostris) e a manta de recife (Manta
alfredi).
Uma boa articulação
de governo levou o Brasil à conquista
de um dos acordos ambientais mais importantes
da Convenção. Outros países
haviam proposto anteriormente, na COP 15,
o controle do comércio para essas mesmas
espécies e não alcançaram
êxito. A construção conjunta
Ibama e ICMBio da proposta técnica
e do informe, que foram os documentos apresentados
e defendidos na COP-16, a articulação
política do Ministério do Meio
Ambiente e a atuação do Ministério
das Relações Exteriores resultaram
na conquista de mais de dois terços
dos votos necessários para emplacar
a proposta.
Esta é a primeira
medida em escala global importante para estas
espécies. Com a decisão, o comércio
internacional começará a ter
algum controle, o que permitirá a obtenção
de dados e a adequação desse
comércio à capacidade de suporte
dessas espécies, cujo papel biológico
é fundamental.
A diretora de Uso Sustentável
da Biodiversidade e Florestas, Hanry Coelho,
acredita que "o esforço conjunto,
somado a uma boa articulação
(interna e externa) e a uma boa proposta técnica,
levou o Brasil a aprovar a importante medida."
O Ibama foi representado pelas analistas ambientais
Claúdia Melo e Wanda Carvalho - na
foto, com os demais membros da delegação
brasileira.
Ascom/Ibama
+ Mais
Agência de Cooperação
Japonesa seleciona projeto de monitoramento
do Ibama entre os mais bem-sucedidos do mundo
Brasília (18/03/2013) – O Ibama recebeu
homenagem da Jica – Agência Internacional
de Cooperação Japonesa – pelo
trabalho conjunto para o desenvolvimento de
uma metodologia de detecção
de desmatamento por radar através das
nuvens. O projeto, que teve duração
de três anos e foi encerrado em julho
de 2012, foi conduzido pelo Ibama e pela Polícia
Federal em cooperação com a
Jica. A Agência premiou apenas quatro
projetos entre as centenas existentes pelo
mundo com os quais ela coopera.
No Ibama, as ações são
coordenadas pelo Centro de Sensoriamento Remoto
(CSR), responsável pelo monitoramento
do desmatamento na Amazônia. A importância
desse trabalho pode ser medida pelo índices
de desmatamento em queda contínua.
O Ibama tem procurado se modernizar e vem
trabalhando no desenvolvimento de tecnologias,
estratégias e metodologias cada vez
mais sofisticadas e inovadoras no combate
ao crime ambiental.
“O que se pretende é
criar uma solução alternativa
para monitorar o desmatamento sob a cobertura
de nuvens", observa Luciano Evaristo,
diretor de Proteção Ambiental.
O presidente do Ibama, Volney
Zanardi Júnior, recebeu a homenagem
acompanhado da equipe da Diretoria de Proteção
Ambiental (à qual o CRS é vinculado)
em jantar oferecido pela Jica na quinta-feira
(14). “O projeto de monitoramento apoiou as
ações do instituto no combate
ao desmatamento, facilitando a pronta resposta
das equipes de fiscalização”,
afirmou.
Ascom Ibama
Fotos: Patrícia Takeda - Jica