26 de abril de 2013 - O
decreto de homologação da Terra
Indígena Kayabi foi publicado na última
quinta-feira, 24, no Diário Oficial
da União. Localizada entre os municípios
de Apiacás, no estado de Mato Grosso,
e Jacareacanga, no estado do Pará,
a TI foi homologada pela presidenta Dilma,
para a posse permanente dos povos Kayabi,
Munduruku e Apiaká, com superfície
1.053.257 hectares.
As notícias que se
tem dos Kayabi, desde o século XIX,
caracterizam este grupo como habitantes tradicionais
do interflúvio Juruena/Teles Pires.
Em 1884, os Kayabi foram mencionados pela
primeira vez na literatura com um nome parecido
com o atual. A primeira frente de expansão
nacional a penetrar o território Kayabi,
com exceção dos bandeirantes
à procura de minérios, foi formada
por seringueiros, no final do século
XIX.
Em 1915, o então
Cel. Cândido Rondon, à época
Chefe da Comissão de Linhas Telegráficas
Estratégicas de Mato Grosso ao Amazonas,
instruiu o Ten. Pyrineus de Souza que teve
diversos contatos com os Kayabi. Essas informações
determinaram o início das ações
de atração e pacificação
do Serviço de Proteção
aos Índios - SPI com os Kayabi, com
a fundação do Posto Pedro Dantas
em 1922. Em 1936, os Kayabi já eram
vistos na foz do Teles Pires e até
na Missão Católica do rio Cururu,
onde foram localizados por Curt Nimuendaju.
O processo recente de demarcação
da terra indígena teve início
em 1993, com os estudos de identificação
e delimitação da área
de uso tradicional, e foi declarada pelo Ministro
da Justiça como de ocupação
permanente indígena, por meio da Portaria
Declaratória nº 1149/MJ/2002.