Quarta, 10 Julho
2013 17:58
SOPHIA GEBRIM
O manejo florestal integrado de uso múltiplo,
que é a gestão florestal conjunta
de variadas atividades agrícolas sustentáveis
na mesma terra, é uma das prioridades
do Ministério do Meio Ambiente (MMA)
nos espaços semiáridos e combate
à desertificação. Para
discutir o tema e subsidiar o Banco do Nordeste
do Brasil (BNB) e Fundo Clima nas ações
de crédito da atividade, o MMA promove,
nesta quinta-feira (11/07), na sede do BNB,
em Fortaleza, oficina de capacitação
sobre manejo florestal de uso múltiplo.
O evento reúne profissionais da área
florestal, técnicos do governo e representantes
da sociedade ligados à agenda.
“Dentre os compromissos
do MMA para o combate à desertificação,
o fortalecimento do manejo florestal integrado
de uso múltiplo é uma das prioridades
nos espaços semiáridos, fazendo
frente ao desmatamento, sendo alternativa
para a questão energética, o
suporte forrageiro e os produtos não
madeireiros”, analisa o diretor do Departamento
de Combate à Desertificação
da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento
Rural Sustentável do MMA, Francisco
Campello, que também é secretário-executivo
da Comissão Nacional de Combate à
Desertificação.
IMPLANTAÇÃO
As atividades de incentivo
ao uso do manejo florestal integrado de uso
múltiplo são implantadas pelo
Serviço Florestal Brasileiro (SFB)
com apoio do Departamento de Combate à
Desertificação do MMA e o Núcleo
Caatinga, que vêm colaborando para a
qualificação dos instrumentos
de fomento – normativos e financeiros para
o manejo florestal. “O MMA por meio do Fundo
Clima, do Fundo Nacional de Meio Ambiente
em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento
Florestal o Fundo Socioambiental da Caixa
Econômica Federal, vêm trabalhando
numa agenda para dar visibilidade a esse importante
instrumento que promove a segurança
alimentar, hídrica, energética
e da biodiversidade”, explica Campello.
Ele destaca o esforço
do Fundo Clima para aprimorar as ações
com o BNB visando linha de crédito
que possa difundir as práticas de manejo
florestal associada ou não a melhoria
tecnológica dos segmentos cerâmicos
e gesseiro. Para ele, a abordagem técnica
do tema requer o questionamento de alguns
pontos, como o financiamento do manejo silvipastoril,
cujo objeto é a segurança alimentar
dos rebanhos, formação de pastagem
apícola e o subproduto é lenha
que pode ser incorporada no mercado de biomassa
florestal e como criar capital de giro para
as atividades de custeio.