Panorama
 
 
 
 

NOVO PADRÃO DE CERTIFICAÇÃO FLORESTAL
BENEFICIA PEQUENOS PRODUTORES

Panorama Ambiental
Julho de 2013

18 Julho 2013
Por Geralda Magela*
Pequenos e médios produtores florestais podem ter o acesso à certificação florestal facilitado. Acaba de ser aprovado o padrão SLIMF (Small and Low Intensity Managed Forests), sigla em inglês para manejo florestal em pequena escala ou de baixa intensidade. A ação faz parte de um esforço conjunto do FSC® Brasil, WWF-Brasil e Universidade Federal de Viçosa, com as empresas dos setores de celulose, papel e embalagens.

A iniciativa busca inserir a certificação florestal FSC de pequenos produtores no Brasil com objetivo de ampliar a conservação e restauração da Mata Atlântica, bioma onde se encontra grande parte dos pequenos produtores florestais brasileiros. No entanto, é aplicável a todas as propriedades no Brasil, tanto para florestas nativas, quanto para plantações florestais, de acordo com as especificações de área e intensidade.

Para o WWF-Brasil, a estratégia de conservação deste projeto está diretamente ligada à transformação de mercado. “O aumento da área certificada pelo FSC implicará na ampliação da área de florestas naturais em processos de regeneração e de restauração”, destaca o superintendente de Conservação do WWF-Brasil, Michael Becker. De acordo com ele, o resultado de conservação é o aumento da área de florestas plantadas certificadas pelo sistema FSC, com foco em pequena escala e na transformação de mercado consumidor de papel e celulose.

São classificados como SLIMF, pelo FSC, comunidades, pequenos produtores e empresas que manejam ou exploram áreas pequenas ou de baixa intensidade, bem como produtos florestais não- madeireiros (óleos, castanha e outros).

O principal objetivo da criação do SLIMF foi construir um padrão mais adequado, simplificar os processos, baixar os custos, facilitar o acesso à certificação FSC e, consequentemente, estimular a abertura de novos mercados.

Segundo Fabíola Zerbini, Secretária Executiva do FSC Brasil, “a presença e quantidade de pequenos produtores e comunidades é enorme, e trazer esse público para dentro do sistema é tanto bom para o FSC, que irá aumentar as áreas certificadas no país e a oferta da boa madeira certificada, quanto para o público do pequeno produtor, que poderá comercializar sua madeira com valor social e ambiental agregado e melhorar suas práticas”.

Para ser classificado como SLIMF, é necessário se enquadrar em pelo menos um dos critérios estabelecidos pelo FSC. São eles o tamanho total da Unidade de Manejo Florestal (UMF) e a intensidade do manejo.

Certificação florestal - A certificação florestal deve garantir que a madeira utilizada em determinado produto é oriunda de um processo produtivo manejado de forma ambientalmente adequada, socialmente justa e economicamente viável, e no cumprimento de todas as leis vigentes. A sigla FSC vem do inglês Forest Stewardship Council®, ou Conselho de Manejo Florestal, em português. O objetivo desse conselho é difundir o uso racional da floresta, garantindo sua existência no longo prazo.
* Com informações de Flávia Ribeiro Ferros, da FSC Brasil, e Daniel Venturi, do WWF-Brasil

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Entidades civis não querem reabertura da Estrada do Colono

17 Julho 2013
Entidades brasileiras somando quase mil organizações não governamentais enviaram um alerta (download ao lado) à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e à União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) sobre a nova tentativa de abertura da “Estrada do Colono”, em tramitação no Congresso Nacional.

A estrada de quase 18 quilômetros cortava ao meio o Parque Nacional do Iguaçu, no oeste do Paraná, reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco desde 1986 e como uma das Novas Sete Maravilhas Naturais do Mundo. Foi fechada em 2001 por ordem da Justiça Federal, pois ameaçava a integridade do parque e a segurança nacional pela proximidade da tríplice fronteira, entre Brasil, Argentina e Paraguai. Hoje, está praticamente tomada pela vegetação nativa (foto ao lado).

A nova proposta de abertura é capitaneada pelo deputado federal Assis do Couto (PT-PR), cuja aprovação, associada a outros projetos em tramitação no Congresso Nacional, abriria um perigoso precedente para enfraquecimento do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei 9.985/2000) e da proteção da biodiversidade e dos serviços ambientais no país.

Entre 1999 e 2001, o Parque Nacional do Iguaçu esteve na lista dos Patrimônios Mundiais em Perigo, justamente por outra tentativa de abertura da Estrada do Colono. O Projeto de Lei 7.123/2010 tramita no Congresso apoiado em manobras políticas, na tentativa de assegurar sua aprovação no menor prazo.

“O autor do projeto e seus defensores apontam que a estrada promoverá preservação, educação ambiental e o desenvolvimento sustentável regional, enquanto estão amplamente registrados e compreendidos os impactos de estradas sobre áreas protegidas. Ao analisar os dados históricos, não se encontram quaisquer efeitos positivos da Estrada do Colono sobre a economia local e regional, e muito menos em escala estadual ou nacional”, lembra a carta.

O documento foi assinado por SOS Mata Atlântica, Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), Rede Verde, Associação de Desenvolvimento de Esportes Radicais e Ecologia (Adere), Rede de ONGs da Mata Atlântica, Mater Natura, Parque das Aves, Instituto Socioambiental (ISA), Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Fundação Esquel Brasil, Greenpeace, Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS) e WWF-Brasil.

 

Fonte: WWF-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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