22 Outubro 2013 | O brasileiro
já ouviu falar do Pantanal, aponta
soluções para
sua preservação, mas o confunde
com a Amazônia. É o que aponta
a pesquisa Ibope/WWF-Brasil, em parceria com
o HSBC, que ouviu 2.002 pessoas em junho em
26 estados. Além disso, os entrevistados
não souberam identificar em qual região
do país está localizado o bioma,
um dos mais ricos do Brasil.
Por outro lado, na opinião
de 82% dos entrevistados, a união de
esforços entre governos, empresas e
sociedade é a forma mais adequada de
conservar o Pantanal. Os dados da pesquisa
irão subsidiar as ações
de um projeto que está sendo construído
pelo WWF-Brasil, HSBC e parceiros na região
das cabeceiras do Pantanal, no Mato Grosso.
A pesquisa apresenta alto
índice de conhecimento sobre a existência
do Pantanal: 93% dos entrevistados já
ouviram falar da paisagem natural brasileira.
Contudo, 92% dos entrevistados admitem nunca
terem visitado o bioma e dois em cada três
(66%) não sabem apontar em qual região
do Brasil está localizado. Apenas metade
da população sabe descrever
a paisagem pantaneira, considerada pela UNESCO
como Patrimônio Natural Mundial e Reserva
da Biosfera.
O brasileiro também
confunde a vegetação pantaneira
com a amazônica, 37% dos entrevistados
descrevem o Pantanal como floresta fechada.
Os dados apontam para o desconhecimento sobre
a região, pois o bioma é composto
por uma planície alagável, formada
por rios, matas e lagoas e pelo planalto,
na sua maioria por áreas de Cerrado.
A pesquisa faz parte do
Programa HSBC pela Água, uma parceira
global do WWF-Brasil com o banco voltado para
a conservação de nascentes do
Pantanal, que visa estruturar pacto inédito
envolvendo governos municipais, estaduais
e federais, setor privado e instituições
da sociedade civil. “Quando considerada a
disposição de apoiar ações
de conservação do Pantanal,
mais de 80% da população é
simpática à causa. Para os brasileiros,
está claro que o esforço conjunto
é a melhor alternativa para preservação
do Pantanal”, afirma Glauco Kimura de Freitas,
coordenador do Programa Água para a
Vida do WWF-Brasil.
Para desenvolver ações
de recuperação e proteção
nascentes da cabeceira do Pantanal, serão
avaliadas no mínimo 30 nascentes, envolvendo
25 municípios da região e com
engajamento de 270 mil pessoas em campanhas
de conscientização, afirma Paulo
Renato Steiner, Diretor Executivo de Sustentabilidade
do HSBC.
De acordo com Kimura, os
dados demonstram que o Pantanal continua sendo
um destino turístico com potencial
inexplorado e acaba sendo mais procurado por
estrangeiros do que por brasileiros. Por outro
lado, foi o segundo bioma mais lembrado, depois
da Amazônia, na pergunta sobre paisagens
naturais do Brasil. “Isso demonstra que o
Pantanal está na cabeça do brasileiro,
mas ainda não em seu coração”,
afirma.
+ Mais
Duas empresas do Brasil
integram Relatório sobre Papel e Celulose
31 Outubro 2013 | A Rede
WWF lançou nesta semana o Relatório
Performance Ambiental das Empresas do setor
de Papel e Celulose (EPCI) de 2013 que mediu
a transparência de 25 das mais importantes
companhias do mundo. Pela primeira vez, duas
empresas brasileiras fazem parte da lista:
Fibria e Klabin. Voluntariamente, todas as
participantes avaliaram a Pegada Ecológica
de 40 categorias de produtos.
O índice abrange
os principais impactos da indústria
de papel no meio ambiente para a produção
de jornal, papel gráfico, embalagens,
tecidos e celulose. Três aspectos foram
observados: impactos sobre os ecossistemas
florestais devido à extração
de fibra, as emissões dos processos
de fabricação (tais como a poluição
da água, as emissões de gases
de efeito estufa e elaboração
de relatórios) e Sistema de Gestão
Ambiental.
Durante a elaboração
da terceira edição do relatório,
70 empresas a nível global foram convidadas.
As 25 empresas que participaram, juntas, representam
14% da produção mundial de papel
e papelão, 28% do papel gráfico
mundial, 29% do papel de jornal do mundo,
14% dos lenços de papel e 6% das caixas
de papel. Elas também são responsáveis
por 14% da produção mundial
de celulose.
Esse levantamento tem grande
relevância ambiental e econômica,
pois representa uma primeira análise
dos impactos dessas empresas sobre o meio
ambiente. Dá transparência ao
processo e a seção Rated Papers
ajuda o consumidor a buscar os produtos de
papel mais responsáveis disponíveis
no mercado.
O WWF-Brasil vem trabalhando
em parceria com as empresas do setor de papel
e celulose há muito tempo na Mata Atlântica
e, nos últimos anos, na plataforma
New Generation Plantation. Atualmente, a instituição
está apresentando sua estratégia
de florestas produtivas para essas e outras
empresas com o objetivo de firmar parcerias
futuras.