04/11/2013 Até
a tarde de hoje, já foram capturados
e salvos cerca de 5,0 toneladas de peixes;
em Santa Adélia e Pindorama, o índice
de oxigênio no Rio São Domingos
melhorou, saiu do zero e chega a 1,5 miligramas
por litro
Equipes da Polícia
Militar Ambiental e da CETESB mantém
uma força-tarefa ao longo do Rio Turvo,
na região de São José
do Rio Preto, com o objetivo de salvar o maior
número possível de peixes nas
águas atingidas pela pluma de melaço,
proveniente do depósito de açúcar
incendiado na cidade de Santa Adélia.
Contabilizando-se os peixes salvos no final
de semana, cerca de 5,0 toneladas de espécimes,
como piaus, mandis, cascudos, curimbatás
e até dourados, foram capturados vivos
e colocados em tanques de água com
oxigênio, para serem transportados por
caminhões e soltos em outros trechos
do rio, onde há nível satisfatório
de oxigênio. Outra informação
positiva é que o índice de oxigênio
dissolvido no Rio São Domingos melhorou,
em Santa Adélia e Pindorama, saindo
do zero e chegando a 1,5 miligrama por litro
(o ideal é 5,0 mg/l).
O homens da Polícia Militar Ambiental
e os técnicos da Agência Ambiental
de São José do Rio Preto da
CETESB contam com a ajuda de pescadores amadores
e profissionais da região, que auxiliam
voluntariamente nos trabalhos no Rio Turvo.
No domingo (3/11), técnicos da CETESB
desceram e monitoraram vários trechos
do corpo d´água, medindo o índice
de oxigênio dissolvido e observando
a população ictiológica,
e passando as informações para
os mais de 20 homens da Polícia Ambiental,
no sentido de instalar, onde necessário,
pontos de captura e transferência dos
peixes vivos, para os tanques refrigerados.
Segundo o gerente da Agência em São
José do Rio Preto, Antonio Falco Júnior,
e o técnico José Mário
Ferreira de Andrade, já foram percorridos
uma extensão de mais de 50 quilômetros
ao longo do Turvo – da ponte no km 27 da Rodovia
Assis Chateaubriand, na divisa entre Guapiaçu
e Olímpia, até próximo
à entrada do afluente Córrego
do Cachoeirinha - , e os índices de
oxigênio dissolvido encontrados estavam
praticamente zerados, variando entre 0,2 e
0,3 mg/l. As equipes da Polícia Ambiental
se dirigiram para os pontos onde se detectavam
que o nível de oxigênio começava
a zerar, e realizaram a operação
de captura de espécimes vivos e sua
colocação nos tanques de água
com oxigênio, nos caminhões.
Continuam sendo utilizados ao todo dois caminhões
e três caminhonetes, de psicultores
da região e custeados pela empresa
Agrovia, proprietária do depósito
de açúcar incendiado.
Os técnicos da CETESB também
estiveram em vistoria nos municípios
de Santa Adélia e Pindorama, onde constataram
que os índices de oxigênio dissolvido
no Rio São Domingos saíram do
zero e registraram níveis entre 0,5
e 1,5 mg/l, isto é, começaram
a melhorar. Também, em Santa Adélia,
conforme observaram os técnicos da
Agência Ambiental de Rio Preto, os trabalhos
emergenciais e de recuperação
e limpeza dos resíduos de melaço
contidos nos diques e nas galerias de águas
pluviais, pela Agrovia, permanecem intensos,
24 horas por dia, com a utilização
de diversos equipamentos, incluindo seis caminhões
que procedem à retirada do material
ininterruptamente, realizando aproximadamente
40 viagens por dia. Boa parte do melaço
vazado do incêndio está sendo
destinado para usinas de açúcar
da região, para reaproveitamento no
processo industrial.
Nos próximos dias, a CETESB irá
continuar efetivando o monitoramento no Rio
Turvo, até que todas as medidas emergenciais
cabíveis estejam finalizadas, visando
reduzir ao máximo os danos ambientais
em consequência do incêndio.
Texto: Mário Senaga
+ Mais
Especialistas ambientais
participam de atividade prática na
represa do Guarapiranga
31/10/2013 Curso, promovido
pela CETESB, tem como objetivo aprimorar as
atividades de coleta e análise de águas.
Trinta especialistas ambientais se dirigiram
hoje, 31.10, para represa do Guarapiranga,
com o objetivo de receber informações
atualizadas sobre o processo de coleta e preservação
de amostras, biota aquática e sedimentos
em represas. O treinamento integra o Curso
ministrado pela Companhia Ambiental do Estado
de São Paulo – CETESB em acordo com
uma cooperação técnica
firmada entre a Agência Ambiental e
a Agência Nacional de Águas -
ANA.
Com o tema “Coleta e Preservação
de Amostras de Água e Sedimento” o
curso teve início no ultimo dia 28.11,
e constitui uma das ferramentas para implantação
do Programa Nacional de Avaliação
das Águas – PNQA. “A transferência
de tecnologia qualificada é uma maneira
de uniformizar a avaliação das
águas em todo o País.” Salienta
o biólogo Carlos Jesus Brandão,
Gerente da Divisão de Amostragem e
um dos docentes.
Representantes de nove Estados
e do Distrito Federal passaram quatro dias
na CETESB, num total de 32 horas de aulas,
compostas de atividades teóricas e
práticas. Para o técnico em
química, Saderley Edmar Silva, de Minas
Gerais, “participar do curso é uma
oportunidade de atualização
dos seus conhecimentos.”
O PNQA é um programa
coordenado pela ANA, que visa ampliar o conhecimento
sobre a qualidade das águas no Brasil
e, também, subsidiar a elaboração
de políticas públicas para recuperação
da qualidade ambiental em corpos d’água
interiores. Para Valmir Martins de Assis,
do Mato Grosso do Sul, a coleta é uma
fase importante dentro da análise das
águas. ”Com esse curso tive a oportunidade
de aferir o meu conhecimento no que se refere
a coleta de amostras.”
Os participantes foram unânimes
em salientar que o maior ganho foi a chance
de dividir, durante os quatros dias, as experiências
e rotinas vivenciadas por cada um em seus
Estados de origem. Para o químico Celso
Mendes Vieira, do Rio Grande do Sul, “compartilhar
as nossas dúvidas e uma forma de avaliação,
pois temos a dimensão dos problemas
que são enfrentados durante a coleta
e análise das águas”.
Para Brandão o processo
de análise das águas é
um conjunto de ações que devem
ser administradas com precisão. “Para
obtenção do melhor resultado
é importante planejar desde o lugar
para coleta, o armazenamento adequado da amostra
e a análise dos resultados. Todas essas
etapas são abordadas em com profundidade
em nossas aulas.” - finaliza.
Texto: Cristina Couto