Notícia - 20 - mar
– 2014 - Novo relatório mostra que
se Europa aumentasse investimento em energias
renováveis poderia economizar cerca
de €2 bilhões por ano
A Europa precisa estabelecer
metas de energias renováveis ambiciosas
para 2030 ou os custos do sistema de eletricidade
irão aumentar em cerca de 2 € bilhões
por ano. Essa é uma das principais
conclusões do novo relatório
(clique para ler em inglês) publicado
hoje pelo Greenpeace, que visa alertar os
líderes europeus que se reúnem
em Bruxelas para discutir o novo rumo da energia
no continente.
Muitos países da
União Europeia querem decidir o rumo
de seus setores elétricos nacionais
sem considerar os planos de seus vizinhos.
No entanto, o powE[R] 2030, novo relatório
da Energynautics comprova que mesmo que poucos
países adotem caminhos diferentes,
isso já bastaria para gerar graves
confrontos técnicos e econômicos
entre o carvão, as usinas de energia
nuclear e as energias renováveis, resultando
em maiores custos ao sistema de energia de
toda a União Europeia.
Estes custos elevados ocorrem
quando a energia renovável é
reduzida ou desligada para dar espaço
a usinas nucleares ou movidas a carvão,
que não podem ser desligadas por motivos
técnicos. Além de aumentar as
emissões de carbono e a produção
de resíduos nucleares, operar desta
forma ainda acrescenta custos desnecessários
para o sistema uma vez que as energias renováveis,
como a solar e a eólica, dependem apenas
de vento e de Sol enquanto as outras usinas
gastam comprando insumos como urânio
e carvão.
Segundo Sven Teske, da campanha
de Clima e Energia do Greenpeace Alemanha
e co-autor do relatório, “as redes
de energia da Europa podem ser modificadas
e abastecidas por até 77% de energias
renováveis em 2030, evitando uma série
de custos desnecessários.
O Greenpeace propõe
que o os governos europeus mudem suas ambições
relacionadas a clima e energia para 2030,
reduzindo as emissões de carbono em
pelo menos 55%, aumentando a quota de energias
renováveis para 45% e melhorando a
eficiência em 40%.
"O estudo se junta
a outras publicações recentes
e atesta que a matriz eletrica europeia é
capaz de assimilar uma grande penetração
de energias renováveis flexíveis
como eólica e solar, sem prejudicar
a seguranca do suprimento do sistema. Isso
indica que podemos almejar uma maior inserção
de energias eólica e solar na matriz
brasileira, reduzindo os gastos exorbitantes
com térmicas e o risco de racionamento
de energia no futuro", disse Ricardo
Baitelo, coordenador da Campanha de Clima
e Energia do Greenpeace Brasil.