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MP-SP VAI APURAR RISCOS DA TRANSPOSIÇÃO
DE ÁGUAS DO RIO PARAÍBA DO SUL

Panorama Ambiental
Março de 2014

27/03/2014 12h13 São Paulo - Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger - O Ministério Público Estadual de São Paulo (MP-SP) pretende investigar eventuais danos ao meio ambiente que poderão ocorrer por causa das obras que o governo paulista quer executar para captar água da bacia do Rio Paraíba do Sul. O MP está levantando dados com o Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), para decidir sobre a abertura de um inquérito civil.

No último dia 19, o governador Geraldo Alckmin anunciou a construção de um canal entre as represas Atibainha, que faz parte do sistema que abastece a Grande São Paulo (Sistema Cantareira) e o reservatório do Rio Jaguari, um dos afluentes do Paraíba do Sul, que abastece o Rio de Janeiro. O governador observou ainda que a medida já estava nos planos estratégicos para o futuro e que seria implantada em 2020, mas foi antecipada em função das circunstâncias climáticas.

A falta de chuvas e o calor excessivo no último verão, principalmente nos meses de janeiro e fevereiro, provocaram um recuo gradual no armazenamento do Sistema Cantareira, que atingiu os piores índices de sua história. Mesmo com chuvas mais regulares em março, o volume continua em queda e, de ontem (26) para hoje (27), caiu de 14,1% para 14%, ante 61,8% da capacidade registrada em março de 2013.

Em nota, o MP-SP argumentou ter informações preliminares de que as obras envolvem a construção de canais, túneis e estações elevatórias por extensão de 15 quilômetros que, no entender dos promotores de Justiça Jaime Meira do Nascimento Junior e Laerte Fernando Levai, merece análise técnica mais rigorosa para identificar se cabem ou não providências legais.

“O impacto ambiental decorrente da anunciada obra de transposição de águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira, ainda nem sequer foi estimado”, destaca o comunicado com base no texto da Portaria de Instauração do Procedimento Preparatório de Inquérito Civil.

Os promotores justificaram que o procedimento tem por objetivo evitar danos irreparáveis aos ciclos hídricos naturais e, consequentemente, ao ecossistema do Vale do Paraíba, afetando a fauna e a flora.

O MP-SP informou ainda que foram encaminhados pedidos de informações sobre o projeto à Companhia Tecnológica de Saneamento Ambiental (Cetesb), ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), à Agência Nacional de Águas, ao Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, ao Comitê para Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul e ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul.

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Uso do Rio Paraíba do Sul para abastecer São Paulo precisa de análise, diz Pezão

20/03/2014 17h08 Rio de Janeiro - Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil Edição: Carolina Pimentel - O vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse hoje (20) que a utilização da água do Rio Paraíba do Sul para abastecer a Grande São Paulo, interligando a Bacia do Paraíba do Sul ao Sistema da Cantareira, deve ser submetida a uma análise detalhada da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Ministério do Meio Ambiente, além de ser precedida de um estudo de impacto ambiental. A ideia foi anunciada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Segundo Pezão, a Bacia do Paraíba do Sul é responsável pelo abastecimento de cerca de 15 milhões de pessoas, sendo aproximadamente 8,5 milhões na região metropolitana do Rio de Janeiro.

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Rio diz que segurança hídrica do estado depende do Paraíba do Sul
“Essa não é uma decisão que se toma com rapidez. Ninguém quer prejudicar ninguém. O Paraíba do Sul faz parte de uma bacia federal, mas todos sabem a importância do Rio Paraíba do Sul e da Represa de Ribeirão das Lajes para o abastecimento da cidade e da região metropolitana do Rio de Janeiro”.

“Então, temos que cuidar do meio ambiente como o estado vem fazendo. O momento é ruim e é preciso encontrar uma solução. Temos que sentar e conversar, pois em uma mesa de reunião tudo se resolve”, acrescentou, ao participar da solenidade de formatura de policiais militares.

Ele ressaltou, porém, que a Bacia do Rio Paraíba do Sul, em caso de crise no abastecimento de água, deve ser priorizada a população do Rio, pois tem a outorga do uso da água e a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgoto) detém a prioridade do atendimento.

Em nota, a Secretaria Estadual do Ambiente disse que a segurança hídrica do estado do Rio de janeiro depende fortemente da Bacia do Rio Paraíba do Sul, responsável pelo abastecimento de mais de 11 milhões de habitantes e de parcela expressiva da atividade econômica do estado. Para a secretaria, mesmo que São Paulo construa reservatórios para aumentar a disponibilidade hídrica nas cabeceiras do Rio Paraíba do Sul, a proposta de captação de água pode causar prejuízos. Na avaliação do órgão, é fundamental um aprofundamento técnico sobre o real impacto no território fluminense.

 


Fonte: Agência Brasil

 
 
 
 

 

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