Luana
Lourenço - Agência Brasil 15.04.2014
- 16h29 | Atualizado em 15.04.2014 - 16h53
- O governo brasileiro convocou empresas a
doar créditos de carbono para compensar
as emissões de gases de efeito estufa
durante a Copa do Mundo. A estratégia
foi oficializada hoje (15) por meio de chamada
pública lançada pelo Ministério
do Meio Ambiente, publicada no Diário
Oficial da União.
A ideia é atrair
empresas que tenham créditos de carbono,
tecnicamente chamados de Reduções
Certificadas de Emissões (RCEs), para
colaborar com o governo na estratégia
de compensação de emissões
geradas pela realização da Copa.
Em troca, as empresas receberão publicidade
gratuita, com seus nomes veiculados na lista
de doadores oficiais de créditos de
carbono para o Mundial.
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As RCEs são originadas
em projetos de Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo (MDL), certificados pela Organização
das Nações Unidas (ONU) , que
geram uma redução adicional
de emissões e permitem que o saldo
positivo seja comercializado na forma de créditos
de carbono.
O mercado de carbono foi
criado a partir do Protocolo de Quioto, e
os países desenvolvidos, que têm
metas de redução de poluentes,
podem adquirir os créditos de países
em desenvolvimento como o Brasil, para atingir
metas estabelecidas pela ONU. Empresas e outras
instituições também movimentam
esse mercado, com compra de créditos
de carbono para compensar emissões
ou fazer marketing ambiental.
De acordo com o Ministério
do Meio Ambiente, as empresas que aderirem
à chamada receberão o selo de
sustentabilidade Baixo Carbono, mas a participação
não envolve nenhum tipo de transação
financeira. Só poderão ser doadoras
de créditos de carbono para a Copa
do Mundo empresas que já têm
RCEs de projetos de MDL brasileiros, reconhecidos
pelo governo e pela ONU.
O governo já havia
usado a estratégia de doações
voluntárias de créditos de carbono
durante a Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
(Rio+20), em junho de 2012.