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ONDE OS RECIFES DE CORAIS ENCANTAM OS OLHOS

Panorama Ambiental
Abril de 2014

Sandra Tavares - Brasília (17/04/2014) – Corais que lembram um cérebro humano, o maior banco de corais e a maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul. Assim é Abrolhos, que nos convida literalmente a abrirmos nossos olhos a essas belezas. Com um crescimento de mais de 86% no número de visitantes, o Parque Nacional Marinho de Abrolhos é gerido pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio) e se localiza na Bahia. E a tendência é que cada vez mais turistas brasileiros e estrangeiros descubram essa beleza cênica como roteiro de férias.

"Temos boas perspectivas no médio prazo, como a reforma do aeroporto de Caravelas e Teixeira de Freitas e o asfaltamento da rodovia BR 418, no trecho que liga Caravelas ao Espírito Santo e Minas Gerais. Além disso placas de sinalização indicando o parque estão sendo instaladas ao longo das estradas da região", frisa Ricardo Jerozolimski, chefe do parque.

Quando se detalha os atrativos, pode-se perceber que opções não faltam para que tanto corpo quanto mente absorvam boas energias do lugar. A visita embarcada ao parque, por exemplo, inclui atividades de mergulho livre (apnéia), mergulho autônomo, observação de aves, caminhada monitorada em trilha na Ilha Siriba e até mesmo a observação de Baleias Jubarte (de julho a novembro).

Localizado em uma das regiões de maior biodiversidade marinha do oceano Atlântico Sul, não tem como o turista não se maravilhar com o contato com a natureza existente na unidade de conservação. O mergulho livre (que utiliza ar contido nos pulmões, máscara de mergulho, respirador e nadadeiras), por exemplo, permite a visualização de peixes multicoloridos, corais, algas, e tartarugas marinhas enormes.

Já o mergulho autônomo (que requer o uso de equipamento de mergulho) permite ao visitante mergulhar em naufrágios, cavernas e em chapeirões (grandes estruturas de coral em forma de cogumelo com até 25 m de altura e 50 m de diâmetro). O mergulho é realizado apenas em locais preestabelecidos e acompanhado de condutor subaquático treinado pelo Parque.

O deslumbre do visitante não para por aí. Para aqueles que estão em terra, as ilhas abrigam aves como atobás (brancos e marrons), grazinas, fragatas e beneditos em um espetáculo em terra ou no céu dignos de bons registros fotográficos.

Para os amantes de uma boa caminhada, existem opções como a trilha na Ilha Siriba, que possui 300 metros de comprimento por 100 de largura e é a única aberta à visitação de forma programada e monitorada. O visitante, ao desembarcar, percorre uma trilha de 1.600 metros que circunda a ilha. Monitores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) promovem palestras regulares sobre ela e sua relação com toda a biodiversidade existente no parque.

A cidade mais próxima de Abrolhos é Caravelas (Bahia), que fica a uma distância de 950 km da capital Salvador. Da cidade de Caravelas, a ida até Abrolhos (cerca de 80 Km) pode ser feita de Catamarã (cerca de 2 horas), lancha (2,5 horas), de traineira (4 horas) ou de escuna (6 horas).

Nos meses de julho a novembro o Parque recebe ilustres visitantes do oceano – as baleias jubarte, que chegam às águas quentes para procriar e se alimentarem. Em embarcações, o turista observa estes enormes mamíferos e de quebra acompanham como é a vida dos profissionais que trabalham apaixonadamente com a conservação da biodiversidade marinha.

Centro de Visitantes
O Centro de Visitantes e a sede administrativa do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos estão localizados na Praia do Kitongo, zona urbana da cidade de Caravelas, local onde é possível observar uma réplica em tamanho natural de uma baleia Jubarte. A cidade de Caravelas, na Bahia, foi fundada em 1581, consolidando-se ao longo do tempo como um ponto turístico de embarque para o arquipélago de Abrolhos.

O objetivo do Centro de Visitantes é propiciar a aproximação dos alunos, moradores e turistas com a natureza, permitindo a interiorização do significado das áreas protegidas, sua importância em termos de preservação, manejo e aproveitamento indireto dos recursos naturais e culturais.

A trilha do Marobá, uma área bastante frequentada pela comunidade local com cerca de 1 quilômetro de extensão, proporciona o contato com dois dos ecossistemas integrantes do Complexo dos Abrolhos: a restinga e o mangue. As restingas se distribuem geograficamente ao longo do litoral brasileiro e já o mangue é um ecossistema costeiro, de transição entre os ambientes terrestre e marinho, uma zona úmida característica de regiões tropicais e subtropicais, sendo ambos fundamentais para a preservação de espécies como o caranguejo-uçá e outras espécies da flora.

Pesca e geração de empregos
O Parque Nacional Marinho de Abrolhos, por ser uma área onde a pesca é proibida, assegura a procriação das espécies contribuindo para a manutenção da pesca nas regiões vizinhas – meio de subsistência de cerca de 20 mil pessoas da região. O fluxo de turistas ao parque é outro alavancador de geração de emprego e renda, garantindo centenas de empregos em hotéis, pousadas, restaurantes e demais atividades ligadas ao setor.

Reconhecimento
Em 2003, o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos foi reconhecido pela UNESCO como Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA) por realizar um trabalho de educação ambiental e desenvolvimento sustentável junto às comunidades dos municípios de entorno. E já teve seu título de Posto Avançado da RBMA renovado duas vezes.

O parque já capacitou cerca de 350 educadores com o programa Professores no Parque, e já levou cerca de 300 pessoas da comunidade local para conhecer a unidade de conservação com o programa Comunidade em Abrolhos.

Sobre o Parque
Primeiro parque nacional marinho do Brasil, Abrolhos foi criado em abril de 1983 e conta com 91.300 hectares de área que ajudam a proteger a região de maior biodiversidade marinha no Atlântico Sul. O parque é administrado pelo Instituto Chico Mendes-ICMBio.

Dois polígonos compõem sua área. Um que protege o arco de recifes costeiros e está localizado em frente ao município de Alcobaça, abrangendo o Recife de Timbebas, e outro a cerca de 70 quilômetros da costa, englobando o Parcel dos Abrolhos e o Arquipélago dos Abrolhos, composto pelas ilhas Redonda, Siriba, Sueste, Guarita e Santa Bárbara.

Descoberto em 1503 pelo italiano Américo Vespúcio, o arquipélago de Abrolhos foi assim batizado por conta de alertas dos navegantes portugueses no século 16: "Quando te aproximares de terra, abre os olhos". O que antes representava um perigo para as embarcações portuguesas, hoje se consolida como um dos melhores pontos para a prática de mergulho no mundo.

 

Instituto Chico Mendes
Ascom

 
 
 
 

 

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