23 Abril 2014 | O nosso
planeta precisa de florestas. Elas abrigam
animais e plantas, espécies que absorvem
carbono e liberam oxigênio, fazem a
chuva cair e fornecem água
limpa. As árvores garantem abastecimento
de combustíveis e materiais brutos
renováveis – papel, embalagens e plásticos
para móveis e utensílios domésticos.
Mas não podemos nos acomodar com a
realidade. Nos próximos anos, as florestas
sofrerão uma enorme pressão
ambiental como nunca antes na história.
Diante desse cenário,
o WWF tem o objetivo de por um fim ao desmatamento.
Isso significa não perder mais quantidade
nem qualidade das florestas mundiais. De acordo
com o Relatório Florestas Vivas, a
proposta é alcançar a meta de
desmatamento e degradação florestal
líquida ZERO até 2020 e, a partir
daí, mantê-la principalmente
nas regiões prioritárias para
a Rede WWF. A data estipulada reflete a urgência
com que precisamos enfrentar as ameaças
à biodiversidade florestal no mundo
todo.
Relatório Florestas
Vivas
O Relatório tem por
objetivo catalisar o debate sobre o papel
e o valor das florestas no futuro, em um mundo
onde a humanidade terá que adequar
o seu modo de vida aos limites ecológicos
do Planeta, compartilhando os seus recursos
de forma equilibrada.
O quarto capítulo
Florestas e Produtos Madeireiros teve sua
versão em português lançada
nesta semana. A publicação indica
caminhos para atender a demanda por produtos
de madeira – que deve triplicar nos próximos
30 anos – levando em conta que os recursos
do planeta são esgotáveis.
São apresentadas
soluções gerais para a humanidade
aperfeiçoar o uso e os benefícios
da madeira, sem diminuir o capital natural
mundial de florestas. Nesse capítulo,
especificamente, são abordados os diversos
valores e usos da madeira, com relação
às alternativas de materiais; às
demandas atual e futura de produtos madeireiros;
a relação entre a produção
madeireira e a conservação de
outros valores florestais e várias
opções de produção
madeireira.
O valor econômico,
cultural e ecológico faz com que a
madeira seja importante para o manejo florestal
sustentável e para a conservação
da diversidade biológica e cultural.
Entretanto, o capítulo observa que
as florestas também fornecem produtos
não madeireiros.
Os primeiros três
capítulos do Relatório Florestas
Vivas foram publicados em 2011. Os dois primeiros
foram focados em Florestas e Energia – a adoção
de um novo modelo sustentável de atividade
florestal, expansão do uso da bioenergia
na segurança energética, desenvolvimento
rural e outros temas específicos –
e o capítulo 3 abordou Florestas e
Clima, que destacou a Redução
das Emissões Oriundas do Desmatamento
e da Degradação Florestal (REDD+)
como uma forma para prevenir o descontrole
das mudanças climáticas.