Santarém (13/12/07)
– Nesta manhã, fiscais do Ibama em Santarém
apreenderam cinco caminhões carregados de madeira
serrada das espécies muiracatiara e maçaranduba,
sem documentação de origem ou com documentação
irregular, no porto Marques Pinto, no bairro Prainha.
A equipe realizava vistorias em estoques de pescados declarados
no período defeso da piracema, mas ao avistar seis
caminhões no porto, os servidores averiguaram a
documentação da madeira, constatando a ilegalidade
no transporte em cinco deles.
Os cinco caminhões
foram conduzidos à Gerência do Ibama em Santarém,
onde estão depositados. Os responsáveis
pela carga serão autuados e terão a madeira
e os caminhões apreendidos. A estimativa inicial
é de que o volume das cargas apreendidas nos cinco
caminhões somadas supere os 50 metros cúbicos.
O transporte e a exploração
ilegal de madeira são alvos de diversas denúncias
em Santarém e em toda a região oeste do
Pará. É importante frisar que a exploração
e o transporte ilegal de madeira não trazem quase
nenhum benefício à região, uma vez
que não oferecem empregos formais, não geram
benefícios sociais, não recolhem impostos
e nem garantem a sustentabilidade da atividade de exploração
florestal, que deve ser realizada seguindo Plano de Manejo
Florestal Sustentável (PMFS).
A partir dos PMFS aprovados,
são gerados créditos para as empresas nos
sistemas de controle, no caso do Pará, no Sisflora,
e a partir disso, as madeireiras devem emitir as Guias
Florestais, que devem acompanhar o produto florestal durante
o seu transporte.
A exploração
de madeira ilegal, sem PMFS, visando o lucro fácil,
implica na não adoção de técnicas
que visem minimizar o impacto da exploração
sobre a floresta, reduzindo a biodiversidade e provocando
estragos na floresta em extensão tal que, invariavelmente,
as áreas onde ocorre a exploração
ilegal acabam desmatadas em pouco tempo.
Christian Dietrich