Salvador (08/08/07) -
Acabou na manhã do dia 31 de julho, com um saldo
de aproximadamente 3,6 toneladas de lagosta apreendidas,
a operação deflagrada pela Superintendência
do Ibama na Bahia, realizada no sul e baixo sul do Estado.
A ação começou no início do
mês e contou com o apoio da Marinha e das polícias
Civil e Militar.
Comandada pela Coordenação
Geral de Fiscalização Ambiental (CGFIS),
da Diretoria de Proteção Ambiental, e com
a participação da Gerência Executiva
do Ibama em Eunápolis e de outras unidades, a operação
devolveu também cerca de três mil lagostas
ao mar, apreendeu duas toneladas de pescado e recolheu
15 tartarugas presas em redes.
A ação de
fiscalização, que tinha como objetivo coibir
a pesca ilegal da lagosta, aconteceu nas cidades como
Ilhéus, Alcobaça e Caravelas. Para isso,
os 26 fiscais do Ibama, envolvidos na operação,
contaram com o apoio de 60 policiais militares, três
policiais civis e um navio patrulha da Marinha. A força
tarefa vistoriou 150 embarcações, das quais
22 foram apreendidas. Também foram retidos 50 km
de rede de pesca proibida, conhecida como caçoeira.
A caçoeira é
uma rede que captura a lagosta em tamanho inadequado para
a sustentabilidade da espécie e modifica também
o fundo do mar. Ela começou a ser substituída
pelo covo ou manzuá - equipamento regulamentado
-, durante o período de prorrogação
do defeso da lagosta, que se estendeu do dia 1º de
maio até 15 de junho, deste ano.
Além das embarcações,
150 estabelecimentos comerciais também foram vistoriados.
No final da operação foram lavrados cerca
de 70 Autos de Infração contra comerciantes
e pescadores.
Fique por dentro - Para
garantir a sustentabilidade da lagosta, o Governo Federal
por meio da Secretaria Especial de Aqüicultura e
Pesca (Seap) e do Ibama, adotou medidas preventivas, através
da Instrução Normativa nº 01/2007-Seap,
como: a redução da frota pesqueira, o estabelecimento
de uma área de pesca de quatro milhas em toda a
costa brasileira e a proibição da pesca
em outras áreas, para proteger lagostas jovens.
Outra medida é coibir o uso de equipamentos de
pesca nocivos: a caçoeira e o compressor.
Caçoeira (proibida):
Uma rede de pesca que opera no fundo do mar. É
nociva pelo fato de não ter seletividade, apreender
não só a lagosta, mas tudo aquilo que fica
preso a ela. E altera o fundo do mar. A contenção
do uso da caçoeira trará benefícios
consideráveis ao ambiente marinho.
Covo ou Mazuá:
instrumento de pesca permitido. É uma espécie
de gaiola e funciona como uma ratoeira, atraindo as lagostas
para o seu interior. Para isso, usa-se isca composta por
cabeça de peixe (piramutaba e outros).
O tamanho da lagosta permitido
para pesca é: acima de 13 cm, para a lagosta vermelha
e; acima de 11 cm para a lagosta cabo verde. Em 2006 o
Brasil exportou 2.066.919 toneladas de lagosta. A Bahia
exportou 69.500 kg – 3% do volume nacional. Denuncie a
pesca ilegal de lagosta ligando para a Linha Verde do
Ibama: 0800-618080.
Carlos Eduardo Freitas