Durante Operação
Lagosta Legal, Ibama apreende 29 quilos de pargo e 12,2
de mero em São Luís
São Luis (28/09/07)
- A Operação Lagosta Legal, fiscalização
realizada nesta semana de maneira simultânea em
12 estados do litoral brasileiro (do Amapá ao Espírito
Santo), teve um saldo positivo no Maranhão no que
se refere as outras espécies ameaçadas pela
pesca ilegal. Na quarta-feira (26), os fiscais apreenderam
no Mercado do Peixe no Portinho, em São Luís,
29 quilos de pargo abaixo do tamanho permitido (41cm de
comprimento) e 12,2 quilos de mero, grande peixe ósseo
cuja captura é proibida em águas nacionais.
O dono do box que comercializava o mero na Praia Grande
foi multado em R$ 700 e os 41,2kg de pescado apreendido
foram doados para a Sociedade Eunice Weaver, educandário
que trabalha com crianças carentes no bairro do
Anil.
Na reunião técnica
promovida pela Diretoria de Fauna e Recursos Pesqueiros
do Ibama nos dias 14 e 15 de agosto, foi decidida a extensão
por mais cinco anos da aplicação da Portaria
Nº 121, de 20 de setembro de 2002, que proíbe
a captura do mero (Epinephelus itajara). A portaria foi
prorrogada devido à aproximação do
vencimento do prazo e por se tratar de um peixe com crescimento
lento e de alta longevidade, podendo viver mais de 40
anos. A medida também proíbe o transporte,
a comercialização, o beneficiamento e a
industrialização do mero proveniente da
pesca proibida. O mero é o maior peixe ósseo
do Oceano Atlântico Sul, pode alcançar três
metros de comprimento e mais de 400 quilos. É uma
espécie criticamente ameaçada de extinção
e pouco estudada. Por ser dócil e habitar áreas
de manguezais e corais, é uma presa fácil
para os infratores.
De segunda a quinta-feira,
as equipes formadas por agentes da Superintendência
Estadual do Ibama em São Luís, do Batalhão
de Policiamento Ambiental e da Capitania dos Portos vistoriaram
um total de 29 embarcações pesqueiras nos
portos do Braga (município de Raposa), Vieira e
Barbosa (São José de Ribamar), Portinho
(São Luís) e da Vovó (na Barragem
do Bacanga, também na capital maranhense), sendo
que 15 delas foram notificadas a apresentar em 10 dias
a licença emitida pela Secretaria Especial de Aqüicultura
e Pesca, caso contrário poderão ser autuadas.
Mas a operação não encontrou aportado
nenhum dos três barcos lagosteiros licenciados pela
SEAP no Maranhão, a informação é
de que estes se encontram em alto-mar e devem desembarcar
em Bragança, no Pará. Por isso a segunda
etapa de execução do Plano Emergencial de
Fiscalização da Pesca da Lagosta deve continuar
no mês de outubro, desta vez no mar com equipes
de fiscais embarcadas com apoio da Marinha, cumprindo
uma programação que deve ir até o
fim do ano.
Embora a lagosta esteja
fora do período de defeso (proteção
da lei à reprodução da espécie),
que vai anualmente de 1º de janeiro a 30 de abril
(neste ano houve uma prorrogação da proibição
até 15 de junho), a pesca só pode ser realizada
por embarcações autorizadas pelo Governo
Federal, desde que o façam além do limite
de quatro milhas marítimas da costa. Devem ser
respeitados os tamanhos mínimos (13cm de comprimento
de cauda e 7,5cm de cefalotórax para a espécie
vermelha, 11cm de cauda e 6,5 de cefalotórax para
a espécie cabo verde) e a proibição
de petrechos de pesca considerados predatórios
como as redes de caçoeira, as marambaias, aparelhos
de mergulho e o uso do compressor. A captura só
é permitida com o emprego de armadilhas do tipo
covo ou manzuá, cuja malha deve ser quadrada e
ter no mínimo 5cm de espaço entre nós
consecutivos.
A primeira fase nacional
da Operação Lagosta, entre os meses de abril
e julho, resultou em 17 autos de infração
totalizando R$ 73 mil reais em multas no estado do Maranhão,
além da apreensão de 73 quilos de lagosta
no comércio durante o defeso, período no
qual foram vistoriadas 319 unidades de produção
de pescado. No pós-defeso (de 16 de junho a 31
de julho) foram vistoriadas 120 UPPs, incluindo restaurantes,
supermercados, mercados do peixe, frigoríficos,
peixarias, carros transportando pescado, fábricas
de gelo e embarcações.
Segundo informações
da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, 12
embarcações lagosteiras que tiveram seus
pedidos de permissão de pesca negados entraram
com recursos que no momento estão sendo analisados.
De acordo com dados do Estatpesca (2005), a produção
anual de lagostas desembarcada no Maranhão é
de 10,8 toneladas, sendo 10,2t no município de
São José de Ribamar e 600 quilos/ano em
Tutóia. Mas a produção total do crustáceo
na costa maranhense é estimada em 205,4 toneladas,
cerca de 95% do volume pescado aqui é levado para
outros estados, principalmente o Ceará, maior produtor
nacional (3.102,6 toneladas desembarcadas, segundo dados
de 2004).
O vizinho Piauí,
apesar de ter um litoral curto com apenas 66km de extensão,
tem o desembarque de 23,9 toneladas/ano, mais do dobro
do volume beneficiado no Maranhão com seus 640km
de costa. Inclusive sete das 12 embarcações
que estão pleiteando com recurso para obtenção
de licença na Seap/MA são do município
de Luís Corrêa (PI). Os fiscais que visitaram
os portos de Raposa e Ribamar nesta semana receberam informações
sobre a saída de diversos barcos para pescar lagosta
em alto-mar na região do Parcel de Manoel Luís
(importante banco de corais no litoral noroeste do Maranhão).
Outras importantes regiões pesqueiras do crustáceo
no estado são o entorno do Farol de Santana em
Humberto de Campos e as ilhas da Reserva Extrativista
Marinha de Cururupu.
Considerando o alto valor
agregado do produto que acaba não sendo revertido
em benefícios econômicos para o estado, o
combate à pesca predatória da lagosta no
litoral maranhense começou a ganhar na mídia
e entre os pescadores locais uma conotação
de proteção dos recursos naturais do estado
no estilo "a lagosta é nossa" (slogan
usado em duas rádios da capital), embora as embarcações
devidamente licenciadas pela Seap e cadastradas no Ibama
tenham autorização para atuar em todo o
litoral Norte-Nordeste. Durante a primeira fase da fiscalização
no Maranhão, entre os 17 autos de infrações
registrados, houve casos de barcos de pesca sem licença,
uso de petrechos proibidos (redes de caçoeira e
uso de compressor), comercialização sem
declaração de estoque durante o defeso e
desrespeito aos tamanhos mínimos.
A Operação
Lagosta Legal, realizada em conjunto com a Marinha do
Brasil, contou também com a participação
das Polícias Federal, Rodoviária, Civil
e Militar. A idéia é realizar uma ação
de caráter preventivo ao impedir a captura e o
desembarque ilegal de lagostas das espécies verde
e vermelha. Também são alvos da fiscalização
pelo Ibama outras fases da cadeia produtiva como a comercialização
e a exportação do crustáceo. Somando
os 12 estados envolvidos na operação, duzentos
agentes de fiscalização distribuídos
em 50 equipes fizeram uma varredura em embarcações
pesqueiras, portos, indústrias, frigoríficos,
peixarias, restaurantes, bares, hotéis, feiras
e mercados nos nove estados do Nordeste, e no Amapá,
Pará e Espírito Santo. No mar, a bordo de
embarcações da Marinha do Brasil, os fiscais
do Ibama verificam a permissão e os equipamentos
de pesca. Os agentes da Marinha checam a documentação
dos barcos e instrumentos de salvamento obrigatórios.
Só podem exercer a atividade de pesca os barcos
devidamente permissionados pela Secretaria Especial de
Pesca e Aqüicultura. O uso de manzuá ou covo,
um tipo de armadilha de pesca, é o único
petrecho permitido para captura das lagostas. Já
as redes caçoeira, considerada por especialistas
em meio ambiente como altamente predatória, e os
compressores são apreendidos pelos fiscais do Ibama.
A Operação
Lagosta Legal inaugurou a segunda etapa do Plano Emergencial
de Fiscalização da Pesca da Lagosta, uma
ação do Governo Federal coordenada pelo
Ibama, Ministério do Meio Ambiente e Seap e desenvolvida
a partir deste ano. Desde o começo de 2007, durante
e após o período de defeso da espécie,
foram vistoriadas no Brasil inteiro mais de 6 mil unidades
de produção e comercialização
de lagosta e aplicadas 426 multas que somadas ultrapassam
R$ 1,7 milhão.Ao todo, os fiscais do Ibama apreenderam
no país mais de 9 toneladas de lagosta, 88 barcos
e 167 mil metros de rede caçoeira.
Paulo Roberto Araújo Filho
+ Mais
Divulgados primeiros resultados
da Operação Lagosta Legal
Brasília (26/09/07)
– Começam a chegar os primeiros resultados da operação
Lagosta Legal, uma ação sincronizada de
fiscalização da pesca da lagosta deflagrada
esta semana pelo Ibama ao longo do litoral brasileiro,
do Amapá ao Espírito Santo. A operação
Lagosta Legal conta com a participação da
Marinha do Brasil, das Polícias Federal, Rodoviária,
Civil e Militar. A idéia é realizar uma
ação de caráter preventivo ao impedir
a captura e o desembarque ilegal de lagostas das espécies
verde e vermelha. Também são alvos da fiscalização
pelo Ibama outras fases da cadeia produtiva como a comercialização
e a exportação do crustáceo.
Na Bahia, fiscais da capital
do estado multaram ontem cinco embarcações
por estarem pescando de forma irregular. Eles apreenderam
3.500 metros de rede de pesca usada na prática
de arrastões nos canais, considerada uma modalidade
de pesca predatória, e 220 kg de pescados diversos.
No Amapá, a fiscalização do Ibama
vistoriou 145 unidades de produção e comercialização
de pescados em Macapá e Santana. As inspeções
foram realizadas em embarcações, feiras,
portos, supermercados, restaurantes e frigoríficos.
Foram aplicadas 06 notificações a proprietários
de embarcações que não apresentaram
o registro no Cadastro Técnico Federal.
Desde o início
da semana, no Ceará, o Ibama realizou diversas
inspeções. No Aeroporto Pinto Marques os
agentes intensificaram a fiscalização de
passageiros e apreenderam 23,8 quilos de lagosta. Parte
delas estava sendo transportada com nota fiscal de pata
de caranguejo com destino ao Paraná. A multa aplicada
foi de R$ 2,4 mil. Na estrada Iparema-Fortaleza, numa
ação conjunta com a Polícia Rodoviária
Federal, foram apreendidos mais 43 quilos do crustáceo,
o que resultou numa multa de R$ 3 mil. Na Praia do Boi
Choco em Fortaleza, o Ibama apreendeu 10 kg de lagosta
e 2 mil metros de rede caçoeira encontrados em
jangadas no Mucuripe.
Em Pernambuco, de nove
embarcações vistoriadas pelos fiscais três
foram autuadas por irregularidades. Foram apreendidos
400 metros de rede e 01 compressor. Em Pajuçara,
em Maceió/AL, os fiscais do Ibama apreenderam 47
quilos de lagosta (caudas) numa peixaria do bairro. Um
barco com compressor foi retido no Porto de Jaraguá.
Dão apoio à operação a Polícia
Federal, Batalhão Ambiental da Polícia Militar
e a Capitania dos Portos. Quatro equipes no Piauí
compostas por servidores do Ibama, Polícia Militar
e Capitania dos Portos vistoriaram a Bacia de manobra
do Porto do município de Luís Corrêa
e pontos de desembarque e de comércio da cidade.
Na Paraíba, o Ibama
apreendeu 16 quilos de lagosta de cauda com tamanho abaixo
do permitido por lei que estavam sendo comercializados
no Mercado Público de Cabedelo/PB. Ao todo, fiscais
do Ibama e policiais militares vistoriaram 20 quiosques
de venda de frutos do mar entre João Pessoa e Cabedelo.
No Rio Grande do Norte, foram vistoriados 50 veículos
em 02 barreiras rodoviárias realizadas com o apoio
da Polícia Rodoviária Federal em Ceará-mirim
e em São José do Mipibu. No rio Potengi,
08 embarcações foram vistoriadas com a ajuda
da Capitania dos Portos.
Ao todo, 200 agentes de
fiscalização distribuídos em 50 equipes
fazem uma varredura em embarcações pesqueiras,
portos, indústrias, frigoríficos, peixarias,
restaurantes, bares, hotéis, feiras e mercados
na costa dos nove estados do Nordeste, Amapá, Pará
e Espírito Santo. No mar, a bordo de embarcações
da Marinha do Brasil, os fiscais do Ibama averiguam a
permissão e os equipamentos de pesca. Os agentes
da Marinha verificam a documentação dos
barcos e instrumentos de salvamento obrigatórios.
Duzentos agentes de fiscalização
distribuídos em 50 equipes fazem uma varredura
em embarcações pesqueiras, portos, indústrias,
frigoríficos, peixarias, restaurantes, bares, hotéis,
feiras e mercados nos nove estados do Nordeste, e no Amapá,
Pará e Espírito Santo. No mar, a bordo de
embarcações da Marinha do Brasil, os fiscais
do Ibama averiguam a permissão e os equipamentos
de pesca. Os agentes da Marinha verificam a documentação
dos barcos e instrumentos de salvamento obrigatórios.
Só podem exercer
a atividade de pesca os barcos devidamente permissionados
pela Secretaria Especial de Pesca e Aqüicultura (Seap/PR).
O uso de manzuá ou covo, um tipo de armadilha de
pesca, é o único petrecho permitido para
captura das lagostas. Já as redes caçoeira,
considerada por especialistas em meio ambiente como altamente
predatória, e os compressores são apreendidos
pelos fiscais do Ibama. Os agentes verificam também
se o tamanho mínimo estabelecido para as espécies
está sendo respeitado pelos pescadores e comerciantes.
A operação
Lagosta Legal inaugura a segunda etapa do Plano Emergencial
de Fiscalização da Pesca da Lagosta, uma
ação do Governo Federal coordenada pelo
Ibama, MMA e Seap/PR e desenvolvida a partir deste ano.
Desde o começo de 2007, durante e após o
período de defeso da espécie, foram vistoriadas
mais de 6 mil unidades de produção e comercialização
de lagosta e aplicadas 426 multas que somadas ultrapassam
R$ 1,7 milhão. Durante esse período, os
fiscais do Ibama apreenderam mais de 9 toneladas de lagosta,
88 barcos e 167 mil metros de rede caçoeira. Segundo
o coordenador-geral de fiscalização no Ibama,
Arty Fleck, “a apreensão dessa quantidade de redes
caçoeiras evitará a captura ilegal de mais
de 500 toneladas de lagosta até o final do ano”.
De acordo com o Diretor
de Proteção Ambiental no Ibama, senhor Flávio
Montiel, “o Governo Federal está empenhado em recuperar
a sustentabilidade da pesca da lagosta, que se encontra
numa situação crítica. O cumprimento
das medidas adotadas pelo Comitê de Gestão
da Pesca Sustentável da Lagosta se dará
pelas ações firmes e continuadas de fiscalização
e também pelo processo de conscientização
de todos os envolvidos na sua cadeia produtiva. Nós
estamos fazendo a nossa parte.”
Kézia Macedo
+ Mais
Operação
Lagosta Legal vistoria portos pesqueiros no Maranhão
São Luis (26/09/07)
- Três equipes de fiscais da Superintendência
do Ibama no Maranhão, em parceria com policiais
do Batalhão Ambiental e a Capitania dos Portos,
realizaram entre segunda (24) e hoje (26) vistorias de
embarcações nos portos do Braga (município
de Raposa), Vieira e Barbosa (São José de
Ribamar) e Portinho (São Luís) cumprindo
a programação da operação
Lagosta Legal, uma ação sincronizada de
fiscalização da pesca da lagosta ao longo
do litoral brasileiro, entre os estados do Amapá
e do Espírito Santo.
Nos dois primeiros dias
e meio da operação na Ilha de São
Luís, não foram encontrados barcos lagosteiros
em atividade e conseqüentemente não houve
autuações, o que pode ser um reflexo da
primeira etapa de execução do Plano Emergencial
de Fiscalização da Pesca da Lagosta, que
entre os meses de abril e julho resultou em 17 autos de
infração totalizando R$ 73 mil reais em
multas no Maranhão.
Segundo informações
da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, apenas
três embarcações do estado estão
devidamente licenciadas para a pesca da lagosta e 12 que
tiveram seus pedidos de permissão negados entraram
com recurso para análise da SEAP. De acordo com
os dados do Estatpesca (2005), a produção
anual de lagostas desembarcada no Maranhão é
de 10,8 toneladas, sendo 10,2t no município de
São José de Ribamar e 600 quilos/ano em
Tutóia. Mas a produção total do crustáceo
na costa maranhense é estimada em 205,4 toneladas,
cerca de 95% do volume pescado aqui é levado para
outros estados, principalmente o Ceará, maior produtor
nacional (3.102,6 toneladas desembarcadas, segundo dados
de 2004).
O vizinho Piauí,
apesar de ter um litoral curto com apenas 66km de extensão,
tem o desembarque de 23,9 toneladas/ano, mais do dobro
do volume beneficiado no Maranhão com seus 640km
de costa. Inclusive sete das 12 embarcações
que estão pleiteando com recurso para obtenção
de licença na Seap/MA são do município
de Luís Corrêa (PI). Os fiscais que visitaram
os portos de Raposa e Ribamar nesta semana receberam informações
sobre a saída de seis barcos para pescar lagosta
em alto-mar na região do Parcel de Manoel Luís
(importante banco de corais no litoral noroeste do Maranhão)
com previsão de desembarcar em Bragança,
no Pará. Outras importantes regiões pesqueiras
do crustáceo no estado são o entorno do
Farol de Santana em Humberto de Campos e as ilhas da Reserva
Extrativista Marinha de Cururupu.
Considerando o alto valor
agregado do produto que acaba não sendo revertido
em benefícios econômicos para o estado, o
combate à pesca predatória da lagosta no
litoral maranhense começa a ganhar na mídia
e entre os pescadores locais uma conotação
de proteção dos recursos naturais do estado
no estilo "a lagosta é nossa" (slogan
usado em duas rádios da capital), embora as embarcações
devidamente licenciadas pela Seap e cadastradas no Ibama
tenham autorização para atuar em todo o
litoral Norte-Nordeste.
A operação
Lagosta Legal, realizada em conjunto com a Marinha do
Brasil, conta também com a participação
das Polícias Federal, Rodoviária, Civil
e Militar. A idéia é realizar uma ação
de caráter preventivo ao impedir a captura e o
desembarque ilegal de lagostas das espécies verde
e vermelha. Também são alvos da fiscalização
pelo Ibama outras fases da cadeia produtiva como a comercialização
e a exportação do crustáceo.
Durante a primeira fase
da fiscalização no Maranhão, no período
de 16 de abril a 15 de junho (defeso da reprodução
das espécies vermelha e cabo verde) foram vistoriadas
319 unidades de produção de pescado e no
pós-defeso de 16 de junho a 31 de julho foram vistoriadas
120 UPPs, que incluem restaurantes, supermercados, mercados
do peixe, frigoríficos, peixarias, carros transportando
pescado, fábricas de gelo e embarcações.
Entre os 17 autos de infrações registrados
houve casos de barcos de pesca sem autorização,
uso de petrechos proibidos (redes de caçoeira e
uso de compressor), comercialização sem
declaração de estoque durante o defeso e
desrespeito aos tamanhos mínimos. Foram apreendidos
no comércio 73 kg de lagosta.
Nacionalmente, na atual
fase do trabalho, duzentos agentes de fiscalização
distribuídos em 50 equipes estão fazendo
uma varredura em embarcações pesqueiras,
portos, indústrias, frigoríficos, peixarias,
restaurantes, bares, hotéis, feiras e mercados
nos nove estados do Nordeste, e no Amapá, Pará
e Espírito Santo. No mar, a bordo de embarcações
da Marinha do Brasil, os fiscais do Ibama verificam a
permissão e os equipamentos de pesca. Os agentes
da Marinha checam a documentação dos barcos
e instrumentos de salvamento obrigatórios. No Maranhão
a fase marítima da fiscalização começa
em outubro.Só podem exercer a atividade de pesca
os barcos devidamente permissionados pela Secretaria Especial
de Pesca e Aqüicultura (Seap/PR). O uso de manzuá
ou covo, um tipo de armadilha de pesca, é o único
petrecho permitido para captura das lagostas. Já
as redes caçoeira, considerada por especialistas
em meio ambiente como altamente predatória, e os
compressores são apreendidos pelos fiscais do Ibama.
Os agentes verificam também se o tamanho mínimo
estabelecido para as espécies está sendo
respeitado pelos pescadores e comerciantes.
A operação
Lagosta Legal inaugura a segunda etapa do Plano Emergencial
de Fiscalização da Pesca da Lagosta, uma
ação do Governo Federal coordenada pelo
Ibama, Ministério do Meio Ambiente e Seap e desenvolvida
a partir deste ano. Desde o começo de 2007, durante
e após o período de defeso da espécie,
foram vistoriadas no Brasil inteiro mais de 6 mil unidades
de produção e comercialização
de lagosta e aplicadas 426 multas que somadas ultrapassam
R$ 1,7 milhão.Ao todo, os fiscais do Ibama apreenderam
no país mais de 9 toneladas de lagosta, 88 barcos
e 167 mil metros de rede caçoeira. Segundo o coordenador-geral
de fiscalização no Ibama, Arty Fleck, "a
apreensão dessa quantidade de redes caçoeiras
evitará a captura ilegal de mais de 500 toneladas
de lagosta até o final do ano".De acordo com
o Diretor de Proteção Ambiental no Ibama,
Flávio Montiel, "o Governo Federal está
empenhado em recuperar a sustentabilidade da pesca da
lagosta, que se encontra numa situação crítica.
O cumprimento das medidas adotadas pelo Comitê de
Gestão da Pesca Sustentável da Lagosta se
dará pelas ações firmes e continuadas
de fiscalização e também pelo processo
de conscientização de todos os envolvidos
na sua cadeia produtiva. Nós estamos fazendo a
nossa parte."
+ Mais
Operação
Lagosta legal faz varredura no litoral brasileiro
Brasília (24/09/07)
– O Ibama deflagrou hoje a operação Lagosta
Legal, uma ação sincronizada de fiscalização
da pesca da lagosta ao longo do litoral brasileiro, do
Amapá ao Espírito Santo. A operação,
realizada em conjunto com a Marinha do Brasil, conta também
com a participação das Polícias Federal,
Rodoviária, Civil e Militar. A idéia é
realizar uma ação de caráter preventivo
ao impedir a captura e o desembarque ilegal de lagostas
das espécies verde e vermelha. Também são
alvos da fiscalização pelo Ibama outras
fases da cadeia produtiva como a comercialização
e a exportação do crustáceo.
Duzentos agentes de fiscalização
distribuídos em 50 equipes fazem uma varredura
em embarcações pesqueiras, portos, indústrias,
frigoríficos, peixarias, restaurantes, bares, hotéis,
feiras e mercados nos nove estados do Nordeste, e no Amapá,
Pará e Espírito Santo. No mar, a bordo de
embarcações da Marinha do Brasil, os fiscais
do Ibama averiguam a permissão e os equipamentos
de pesca. Os agentes da Marinha verificam a documentação
dos barcos e instrumentos de salvamento obrigatórios.
Só podem exercer
a atividade de pesca os barcos devidamente permissionados
pela Secretaria Especial de Pesca e Aqüicultura (Seap/PR).
O uso de manzuá ou covo, um tipo de armadilha de
pesca, é o único petrecho permitido para
captura das lagostas. Já as redes caçoeira,
considerada por especialistas em meio ambiente como altamente
predatória, e os compressores são apreendidos
pelos fiscais do Ibama. Os agentes verificam também
se o tamanho mínimo estabelecido para as espécies
está sendo respeitado pelos pescadores e comerciantes.
A operação
Lagosta Legal inaugura a segunda etapa do Plano Emergencial
de Fiscalização da Pesca da Lagosta, uma
ação do Governo Federal coordenada pelo
Ibama, MMA e Seap/PR e desenvolvida a partir deste ano.
Desde o começo de 2007, durante e após o
período de defeso da espécie, foram vistoriadas
mais de 6 mil unidades de produção e comercialização
de lagosta e aplicadas 426 multas que somadas ultrapassam
R$ 1,7 milhão.
Ao todo, os fiscais do
Ibama apreenderam mais de 9 toneladas de lagosta, 88 barcos
e 167 mil metros de rede caçoeira. Segundo o coordenador-geral
de fiscalização no Ibama, Arty Fleck, “a
apreensão dessa quantidade de redes caçoeiras
evitará a captura ilegal de mais de 500 toneladas
de lagosta até o final do ano”.
De acordo com o Diretor
de Proteção Ambiental no Ibama, senhor Flávio
Montiel, “o Governo Federal está empenhado em recuperar
a sustentabilidade da pesca da lagosta, que se encontra
numa situação crítica. O cumprimento
das medidas adotadas pelo Comitê de Gestão
da Pesca Sustentável da Lagosta se dará
pelas ações firmes e continuadas de fiscalização
e também pelo processo de conscientização
de todos os envolvidos na sua cadeia produtiva. Nos estamos
fazendo a nossa parte.”
Kézia Macedo