Santarém (20/09/2007)
- Fiscais do Ibama apreenderam ontem três balsas
carregadas de madeira em toras e uma máquina carregadeira,
além de madeira ilegal escondida à margem
do Rio Curuatinga, próximo do encontro deste com
o Rio Amazonas, em Santarém, no oeste paraense.
Desmatamentos, exploração e transporte ilegal
de madeiras na região de Rio Curuatinga são
alvos de diversas denúncias na Linha Verde do Ibama,
que registra ocorrências de forma anônima,
a partir do telefone 0800 61 8080 (ligação
gratuita).
A ação foi
coordenada pela Divisão de Controle e Fiscalização
(Dicof) da Gerência Executiva do Ibama em Santarém,
com participação da Polícia Militar,
os responsáveis serão autuados pelo transporte
ilegal de madeira. As embarcações foram
conduzidas para Santarém, a madeira apreendida
será descarregada para o pátio do Ibama.
Dados preliminares dão conta de cerca de 500 m3
de madeira em toras de espécies nobres como Ipê
e Jatobá.
As embarcações
estavam carregadas próximo de um pátio na
margem do Rio Curuatinga onde era realizado o embarque
clandestino, no qual trabalhava a máquina carregadeira
apreendida. Lá foram encontradas pilhas de madeira
em toras, sem nenhuma documentação de origem,
escondidas na floresta à beira do rio. Estas também
foram medidas e apreendidas pela fiscalização;
o responsável será autuado e serão
embargadas as atividades no local.
Além das balsas
de madeira a operação também objetivava
combater pesca irregular, demandada fortemente pela comunidade
local que não concorda com a pesca fora dos moldes
definidos no Acordo de Pesca que construíram para
a região do Ituqui. A equipe flagrou e apreendeu
um barco tipo geleira carregado com cerca de 700 quilos
de peixes. Os pescados apreendidos na operação
serão doados para instituições públicas
ou beneficentes.
Daniel Cohenca, gerente
do IBAMA em Santarém, afirmou que “a utilização
dos recursos naturais de forma ilegal é insustentável
e gera problemas gravíssimos ao futuro de nossa
região. Vemos que a sociedade, visando um futuro
saudável, clama cada vez mais por um controle efetivo
por parte dos órgãos ambientais”.
Christian Dietrich