Brasília (15/10/2007)
- O Ibama deu início, ontem, 14, à Operação
Canadá II, que acontece em Santa Catarina, mais
especificamente nas regiões do Alto Vale do Itajaí,
Planalto Serrano e Central e também no Alto Vale
do Rio do Peixe. A operação tem com meta
combater o desmatamento de madeira nativa e a substituição
criminosa da espécies da mata atlântica por
Pinus, árvore originária da América
do Norte. O escritório do Ibama em Rio do Sul recebeu
denúncias de que produtores se utilizam de lenha
nativa nas estufas de secagem de fumo, desrespeitando
o Termo de Ajuste de Conduta (TAC), firmado com o Ministério
Público Estadual.
A ação envolve
20 fiscais que, com o apoio do helicóptero do Ibama
e com base num comparativo entre imagens de satélite
do período de 2002 e 2006, farão visitas
às áreas desmatadas, mesmo onde já
existe reflorestamento. A estimativa da operação,
em relação à Canadá I, que
ocorreu nos meses de março e abril deste ano e
aplicou 40 autuações, num valor total de
R$ 180 mil, é que a quantidade triplique. “Os que
apostaram na impunidade, terão de prestar contas”,
avisa Bruno Barbosa, coordenador da operação.
Antes da Canadá
II, a Divisão de Controle e Fiscalização
da Superintendência do Ibama em Santa Catarina realizou,
em todas as regiões de Santa Catarina, a Operação
Olho Vivo. A ação, finalizada na quinta-feira,
dia 11, foi uma espécie de preparação
para a Canadá II. Por meio dela, os fiscais conferiram
o estoque de madeira e de carvão declarados no
sistema Documento de Origem Florestal (DOF) e a quantidade
existente nos pátios das empresas. O valor das
multas chegou a R$ 340 mil.
Felipe Bello