Porto Alegre (14/11/07)
– No início do mês, durante uma operação
para coibir a pesca no período de Piracema, a equipe
de fiscais do Escritório Regional do Ibama em Bagé,
com o apoio de policiais do 2º Batalhão Ambiental
da Brigada Militar, desmontaram um acampamento permanente
de caça ilegal às margens do Rio Negro,
em Aceguá (distante 428 quilômetros da Capital
Gaúcha).
No local, foram encontrados
uma capivara recém abatida, 80 kg de carne bovina
carneada ilegalmente, dois cascos e um rabo de tatu, uma
pele de veado, ovos de ema, além de vasto equipamento
de caça: duas espingardas, munição,
seis facas e facões, seis laçadas para prender
capivaras, uma bodoque e um moedor de carne, utilizado
para a fabricação de lingüiças
com a carne proveniente da caça.
Os cinco indivíduos
presentes no local foram presos em flagrante por posse
ilegal de arma, abigeato e crime ambiental. Conforme relato
dos próprios presos, o acampamento existia há
mais de 10 anos e era utilizado periodicamente por vários
caçadores que usufruíam da infra-estrutura
(barracas, lenha, utensílios de cozinha etc.) do
local.
Segundo Régis Fontana,
Chefe do Escritório do Ibama em Bagé, "as
denúncias de que havia caça na área
sempre chegaram ao Ibama, mas nunca conseguimos encontrar
o local exato. Desta vez, em fiscalização
ao longo da calha, utilizando uma embarcação
para descer o rio, achamos o acampamento e monitoraremos
para que não se estruture novamente."
Após a condução
dos presos a Delegacia de Polícia Civil, toda a
carne foi incinerada.
O Rio Negro é um
rio internacional que tem suas nascentes dentro do Brasil
(em Bagé e arredores) e corre em direção
à fronteira, cruzando para o Uruguai no município
de Aceguá. A ocorrência aconteceu há
menos de 20 km da fronteira.
Maria Helena Firmbach