Operação
Diamante Rosa encerra com bons resultados
São Paulo (30/11)
- O Ibama concluiu hoje a Operação Diamante
Rosa, realizada na represa de Marimbondo, no rio Grande,
noroeste paulista, divisa com Minas Gerais, mas manterá
fiscalização permanente na região
para combater o garimpo ilegal de diamantes. Vinte e seis
balsas foram apreendidas e mais de 100 garimpeiros foram
identificados e qualificados pela Polícia Federal.
Treze balsas foram completamente retiradas da água
e tiveram seus motores apreendidos pelo Ibama.
Com os garimpeiros foram
encontrados sete diamantes, de aproximadamente 3 milímetros
cada, e cerca de 230 pequenas pedras, aparentemente de
pouco ou nenhum valor comercial. Todos os minerais foram
apreendidos pelos representantes do Departamento Nacional
da Produção Mineral (DNPM), uma das instituições
responsáveis pela realização da Operação
Diamante Rosa.
Segundo o chefe do DNPM
em São Paulo, Enzo Luís Nico Jr, a situação
encontrada na represa foi de flagrante lavra clandestina.
“De todas as balsas encontradas apenas uma estava dentro
de área com permissão de lavra”, explicou.
O órgão também vai autuar a cooperativa
e deve suspender a permissão de lavra. Na tarde
de ontem, o presidente do Ibama, Bazileu Alves Margarido
Neto, suspendeu a licença ambiental concedida à
Coopergrande para minerar na região.
A Cooperativa Mista dos
Garimpeiros do Baixo Vale do Rio Grande (Coopergrande),
responsável pelas balsas, foi autuada em R$ 9 milhões.
Seus responsáveis deverão responder por
crime ambiental, por usurpação de bem da
União (mineração irregular) e por
não terem protegido adequadamente as balsas apreendidas,
das quais eram os depositários fiéis. Na
madrugada de quinta-feira (29), três balsas desapareceram
e oito tiveram seus motores furtados. A pena para essas
infrações pode chegar a 3 anos de prisão.
Irregularidades freqüentes
Desde 2001, o Ibama vem
encontrando irregularidades na atividade garimpeira no
Rio Grande. Mais de cem autuações foram
feitas na região, atingindo a cifra de R$ 15 milhões,
já excluída a autuação da
Operação Diamante Rosa.
A extração
de diamantes é feita no leito do rio por meio de
balsas equipadas com potentes motores para sucção
do cascalho. Um garimpeiro mergulha até cerca de
20 metros de profundidade conduzindo uma grossa mangueira
(cerca de 6 polegadas de diâmetro) e de lá
vasculha o fundo do rio. O mergulho é feito com
equipamentos de respiração rudimentares
e os garimpeiros não têm noção
das tabelas de descompressão, fundamentais para
quem exerce esse tipo de atividade.
Todo o material sugado
é conduzido até um separador de cascalho
– uma espécie de escada de metal – onde é
possível identificar e coletar os diamantes. Feita
a separação, todo o material é devolvido
ao rio sem nenhum critério, provocando turbidez
da água e até assoreamento de alguns pontos.
As balsas também acabam poluindo a água
com dejetos humanos e vazamentos de combustíveis
e óleos lubrificantes. A sucção ainda
desorganiza toda a comunidade de seres vivos do fundo
do rio bem como daqueles que vivem na coluna d´água.
Há prejuízo para todo o ecossistema aquático,
especialmente nesta época do ano quando o nível
do rio está baixo e os peixes estão em seu
período reprodutivo (piracema).
Além do problema
ambiental e dos graves riscos à saúde do
trabalhador, o garimpo ilegal deixa também seqüelas
sociais. Nenhum garimpeiro tem carteira assinada. Para
poder garimpar, tem que pagar taxas aos responsáveis
pela cooperativa e aos donos das balsas. Sua remuneração
depende majoritariamente da sorte: se não encontrarem
nenhuma pedra não ganham nada. Isso faz com que
trabalhem em turnos excessivos e vivam em situação
precária. Muitos habitam as próprias balsas,
onde trabalham, dormem comem e fazem suas necessidades
fisiológicas.
“O garimpo ilegal no Rio
Grande traz toda uma série de prejuízos”,
diz a superintendente do Ibama SP, Analice de Novais Pereira.
“Perde o meio ambiente com a degradação,
a União que não recebe nada pelos diamantes
retirados e principalmente os trabalhadores, que ficam
alienados de seus direitos e sujeitos à exploração”,
diz.
O Ibama agradece a inestimável
cooperação prestada pela Polícia
Rodoviária Federal, pelo DNPM, Marinha do Brasil
e Prefeitura de Guaraci (SP) durante a operação
Diamante Rosa. Também participaram o Ministério
Público do Trabalho e a Polícia Federal.
Dados da operação:
Local: Represa de Marimbondo,
no rio Grande, entre os municípios de Guaraci (SP)
e Frutal (MG).
Participantes: cerca de
100 agentes do Ibama, Polícia Rodoviária
Federal, DNPM, Marinha do Brasil, Ministério Público
do Trabalho e Polícia Federal.
Veículos: 02 helicópteros,
04 lanchas, 16 viaturas
Balsas identificadas:
27 – apenas uma em situação regular
Balsas retiradas da água
e com motores removidos pelo Ibama: 13
Balsas ainda na represa
(a serem retiradas): 10
Balsas desaparecidas:
03 embarcações por meio de balsas equipadas
com motores para sucção do cascalho do leito
do rio, onde há ocorrência de diamantes.
Airton De Grande
+ Mais
Operação
Diamante Rosa retira mais três balsas do Rio Grande
São Paulo (30/11/07)
- A principal tarefa de hoje dos participantes da Operação
Diamante Rosa, de combate a garimpo ilegal no Rio Grande,
na divisa entre São Paulo e Minas Gerais, será
a retirada de três balsas irregulares. Já
foram tiradas da água e desmontadas 13 balsas e
seus motores encaminhados ao Ibama. O Departamento Nacional
de Produção Mineral (DNPM) fará análise
das 230 pedras encontradas nas balsas, entre sete diamantes.
A superintendente do Ibama
em São Paulo, Analice Novaes, atribuiu o sucesso
da operação ao trabalho conjunto, especialmente
com o DNPM e as outras instituições parceiras:
a Polícia Federal, Polícia Rodoviária
Federal, Ministério Público, Marinha do
Brasil e Ministério do Trabalho. “Sem a colaboração
articulada não teria sucesso neste crime ambiental
e, diria, crime social”, afirmou Analice.
Ao todo, a Operação
Diamante Rosa identificou 26 balsas garimpando fora da
área permitida pelo DNPM e licenciada pelo Ibama.
Seis dessas embarcações estão em
área de difícil acesso e será necessário
um trabalho árduo para arrastá-las para
fora do rio.
Outras quatro balsas que
haviam sido apreendidas e deixadas sob guarda da Cooperativa
Mista dos Garimpeiros do Baixo Vale do Rio Grande (CooperGrande)
desapareceram na madrugada seguinte ao início da
operação. “Isso só demonstra a maneira
ilegal com que vinham trabalhando”, observa Analice Novaes.
Segundo ela, a operação vai durar até
a retirada total das balsas, mas a fiscalização
será permanente para evitar o retorno do garimpo
ilegal.
Airton de Grande
+ Mais
CooperGrande é
multada em R$ 9 milhões durante Operação
“Diamante Rosa”
São Paulo (29/11/2007)
– No segundo dia da Operação Diamante Rosa
para fechar garimpos irregulares no Rio Grande, na divisa
entre São Paulo e Minas Gerais, o Ibama aplicou
R$ 9 milhões de multa contra a Cooperativa Mista
dos Garimpeiros do Baixo Vale do Rio Grande (CooperGrande).
Até o momento,
11 balsas já foram retiradas da represa e desmontadas.
Ao todo, 26 foram flagradas operando ilegalmente, apenas
uma respeitava o polígono de mineração.
E na vistoria das embarcações foram encontrados
sete diamantes de cerca de dois milímetros cada
e outras 230 pedras minerais de vários tipos, ainda
sem valor estimado. Também havia mercúrio
com os garimpeiros, substância altamente tóxica.
A CooperGrande foi autuada
por fazer mineração fora da área
autorizada pelo Departamento Nacional de Produção
Mineral (DNPM) e licenciada pelo Ibama. Hoje, o presidente
do Ibama, Bazileu Margarido, cancelou a licença
por “reincidência no descumprimento de condicionantes”,
comprovada por vistorias da fiscalização
do instituto em Barretos e pelos quase 100 agentes do
Ibama, do DNPM, da Polícia Federal, da Polícia
Rodoviária Federal e da Marinha envolvidos na Operação
Diamante Rosa.
A situação
da cooperativa piorou depois que foi constatado o desaparecimento
de algumas balsas apreendidas durante a madrugada de hoje.
A CooperGrande estava como fiel depositária das
embarcações, ou seja, era a responsável
pela conservação das balsas no rio até
a retirada pelos fiscais da operação. A
cooperativa deve responder na justiça por essa
grave irregularidade.
Da primeira vez que teve
a licença suspensa, a CooperGrande havia cometido
as mesmas infrações de agora: atuava fora
da área liberada e com embarcações
a mais do que as autorizadas. Na época, recebeu
multa de R$ 1,5 milhão. Em abril deste ano, teve
a licença revalidada pois se comprometia a cumprir
as condicionantes e apresentava os estudos exigidos.
Airton De Grande
+ Mais
Operação
Diamante Rosa identifica 29 balsas irregulares e apreende
diamantes
Até agora, foram
presas 04 pessoas, retiradas 10 balsas da represa por
falta de licença ambiental e encontrados 07 diamantes
São Paulo (29/11/07) - O Ibama iniciou ontem uma
megaoperação para fechamento de garimpos
irregulares de diamantes na represa de Marimbondo, no
Rio Grande, divisa entre São Paulo e Minas Gerais.
Das 30 balsas fiscalizadas, 29 garimpavam fora da área
licenciada. Quatro pessoas foram presas por tentativa
de fuga e outras 40 detidas temporariamente para identificação.
Nas balsas foram encontrados 07 diamantes, inclusive o
diamante rosa que é de elevado valor comercial.
Os diamantes foram entregues ao Departamento Nacional
de Produção Mineral (DNPM).
A operação
comandada pelo Ibama reúne cerca de 100 homens,
dois helicópteros e quatro lanchas. O Departamento
Nacional de Produção Mineral-DNPM, a Polícia
Federal, a Marinha do Brasil e a Polícia Rodoviária
Federal participam da ação que começou
às 5 horas da madrugada.
Dez balsas já foram
retiradas da água. Essas e as outras 19 balsas
irregulares serão desmontadas e terão seus
motores recolhidos pela fiscalização. Os
responsáveis pelas balsas serão autuados
e vão responder por crime ambiental e por usurpação
de bem da União (mineração irregular).
A Polícia Rodoviária Federal checará
a certificação de origem dos motores.
A superintendente do Ibama
em São Paulo, Analice Novaes, afirma que o crime
ambiental está vinculado a outras questões
sociais. Segundo ela, as balsas são verdadeiras
“favelas” ambulantes que não oferecem segurança
e conforto aos garimpeiros. Eles mergulham a uma profundidade
de 200 metros durante duas horas seguidas.
A sucção
de sedimentos feita pelas balsas acaba repercutindo em
todo o ecossistema e impactando os peixes, que estão
em época de piracema. “Certamente, a Operação
Diamante Rosa melhorará a qualidade da água
do Rio Grande”, aposta a superintendente, satisfeita com
os bons resultados do primeiro dia da operação.
Os 100 fiscais e policiais retomam as atividades amanhã
de manhã para a retirada das outras balsas.
O comando operacional
continua instalado no Porto de Areia do Takeo, em Guaraci,
SP. Para mais informações, entre em contato
com a Assessoria de Comunicação do Ibama-SP:
Airton de Grande (11) 9218-8007 e Márcio Homsi
(11) 3066-2656. E também com a assessoria da Sede
do Ibama: Sandra Sato (61) 9989-9119 e Kézia Macedo.
+ Mais
Operação
Diamante Rosa identifica 29 balsas irregulares
São Paulo (28/11)
- O Ibama iniciou hoje uma megaoperação
para fechamento de garimpos irregulares de diamantes na
represa de Marimbondo, no Rio Grande, divisa entre São
Paulo e Minas Gerais. Das 30 balsas fiscalizadas, 29 garimpavam
fora da área licenciada. Quatro pessoas foram presas
por tentativa de fuga e outras 40 detidas temporariamente
para identificação. Nos pertences dos garimpeiros,
havia um diamante de pequeno porte.
A operação
comandada pelo Ibama reúne cerca de 100 homens,
dois helicópteros e quatro lanchas. O Departamento
Nacional de Produção Mineral-DNPM, a Polícia
Federal, a Marinha do Brasil e a Polícia Rodoviária
Federal participam da ação que começou
às 5 horas da madrugada de hoje.
Dez balsas já foram
retiradas da água. Essas e as outras 19 balsas
irregulares serão desmontadas e terão seus
motores recolhidos pela fiscalização. Os
responsáveis pelas balsas serão autuados
e vão responder por crime ambiental e por usurpação
de bem da União (mineração irregular).
A Polícia Rodoviária Federal checará
a certificação de origem dos motores.
A superintendente do Ibama
em São Paulo, Analice Novaes, afirma que o crime
ambiental está vinculado a outras questões
sociais. Segundo ela, as balsas são verdadeiras
“favelas” ambulantes que não oferecem segurança
e conforto aos garimpeiros. Eles mergulham a uma profundidade
de 200 metros durante duas horas seguidas.
A sucção
de sedimentos feita pelas balsas acaba repercutindo em
todo o ecossistema e impactando os peixes, que estão
em época de piracema. “Certamente, a Operação
Diamante Rosa melhorará a qualidade da água
do Rio Grande”, aposta a superintendente, satisfeita com
os bons resultados do primeiro dia da operação.
Os 100 fiscais e policiais retomam as atividades amanhã
de manhã para a retirada das outras balsas.
O comando operacional
continua instalado no Porto de Areia do Takeo, em Guaraci,
SP.