São Paulo (13/02/08)
- O Ibama prossegue com a Operação Rastro
Verde, que fiscaliza em todo o país o caminho das
madeiras extraídas ilegalmente da Amazônia
até os principais centros consumidores das regiões
Sudeste e Sul. Fiscais do Ibama SP montaram durante o
dia e a noite de ontem (12/02), barreiras nas principais
estradas paulistas para averiguar a documentação
das madeiras que são transportadas pelos caminhoneiros.
O balanço final
da ação de ontem totalizou a apreensão
de mais de 30 m3 de madeiras (cedro-rosa e jatobá)
sem comprovação de origem legal e um caminhão
que transportava cerca de 6 m3 da carga apreendida. As
duas empresas transportadoras das madeiras retidas foram
multadas em mais de R$ 2 mil cada uma, conforme estabelece
o artigo 46 da lei nº 9605/98 (crimes ambientais).
A operação
foi organizada, simultaneamente, em quatro autovias do
estado: BR-153, na região de Icem; e nas rodovias
Castelo Branco (Avaré), Marechal Rondon (Botucatu)
e Raposo Tavares (Presidente Epitácio). Todas as
barreiras foram montadas nas bases da Polícia Rodoviária
Estadual, em suas respectivas rodovias.
A Operação Rastro Verde continua sendo comandada
pelo Ibama em todo o país. Para mais informações,
contactar a Assessoria de Comunicação do
Ibama-Sede em Brasília/DF: (61) 3316-1015.
Márcio Homsi
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Operação
Rastro Verde do Ibama apreende cerca de 300 m3 de madeiras
no oeste do Pará
Santarém (12/02/2008)
– Encerrou no dia 1º de fevereiro a primeira etapa
da Operação Rastro Verde no oeste do Pará,
realizada pelo Ibama com apoio da Polícia Militar
do estado do Pará, no município de Uruará,
gerando cinco Autos de Infração, num valor
de 65 mil reais em multas. O número de autuações
deve aumentar após o atendimento das 11 notificações
feitas pela equipe de fiscalização a empresas
madeireiras em Uruará, município cuja principal
atividade econômica é a indústria
da madeira.
Entre os dias 22/01 e
01/02 os fiscais do Ibama e policiais militares realizaram
levantamento dos pátios de duas madeireiras de
grande porte, apreenderam três caminhões
com madeira em toras e um trator no PDS Santa Clara, e
outros três caminhões e uma carreta tipo
julieta com madeira serrada próximo à cidade
de Uruará, e realizaram incursões em áreas
de extração ilegal de madeira.
Houve momentos de tensão,
no fim da tarde do dia 29/01 manifestantes invadiram o
hotel onde a equipe estava hospedada. Os fiscais e policiais
controlaram a situação, exigindo a formação
de uma comissão de manifestantes para realizar
uma reunião. Na reunião estiveram presentes
o prefeito de Uruará e empresários do setor
madeireiro, que pediram que a equipe suspendesse a fiscalização
por três meses, pois esta estaria paralisando as
atividades econômicas da cidade, a proposta foi
de pronto rebatida pelos fiscais, que explicaram à
comissão sobre os objetivos da Operação
Rastro Verde na região.
Após a reunião
surgiram espalhados pela cidade vários lotes de
madeira serrada, abandonados em vias públicas.
Foram apreendidos pela fiscalização cerca
de 300 metros cúbicos de madeira serrada, que foram
transportados para a paróquia da igreja Católica
local, onde o responsável ficou como fiel depositário
da madeira apreendida.
Segundo relato dos servidores
que participaram da operação, as equipes
eram seguidas por motoqueiros em tempo integral, a cada
saída dos veículos da fiscalização,
os motoqueiros comunicavam aos infratores, via telefone
celular, sobre a movimentação dos fiscais
e dos policiais militares responsáveis por sua
segurança em campo.
É importante frisar
sempre que todo o ciclo da exploração ilegal
de madeira gera um enorme prejuízo ambiental, com
grande perda de biodiversidade, uma vez que as madeiras
de alto valor comercial são dizimadas de forma
predatória, e as áreas de extração
ilegal invariavelmente acabam desmatadas, pois são
exploradas sem critérios para a conservação
da floresta. Além disso, o roubo de madeira ocorre
geralmente em terras públicas e em Unidades de
Conservação, estando associado a uma série
de ilícitos como a grilagem de terras, a exploração
de trabalho em condições degradantes ou
análogas à escravidão, pistolagem
e sonegação fiscal, entre outros.
Christian Dietrich
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Operação
Rastro Verde já apreendeu mais de 69 mil metros
cúbicos de madeira ilegal
Brasília – A Operação
Rastro Verde do Ibama interditou, neste início
de mês, no município de Lábrea, estado
do Amazonas, três desmatamentos com 25, 130 e 120
ha. As derrubadas estavam no início. A ação
contou com a participação da Polícia
Federal. Foram apreendidos uma pistola, um rifle, 300
litros de gasolina, 200 litros de óleo queimado
e 9 rolos de arame farpado que seriam usados para grilar
terra da União, além de mantimentos.
Segundo o Superintendente
do Ibama no Acre, Anselmo Forneck, que coordena as ações
da Rastro Verde no Sul do estado do Amazonas, a madeira
extraída do desmatamento é queimada e a
floresta dá lugar ao pasto. "Não teríamos
como fiscalizar se não fosse o apoio do Núcleo
de Operações Aéreas do Ibama, pois
o acesso à área é restrito. Os devastadores
chegam montados em burros", observa. Há dois
anos os índices de desmatamento no Sul do amazonas
estão em queda desde que o Ibama do Acre e do Amazonas
intensificaram as ações na área.
Resultados Parciais -
A Operação Rastro Verde até agora
já vistoriou 322 caminhões nos estados de
RO, MT, PR, SP, AC, SC e PA e lavrou R$ 73.952,60 em multas.
No total foram apreendidos 69.776,64 metros cúbicos
de madeira, 6 contêineres, 25 veículos, um
trator, 426 quilos de caça e 224 quilos de pescado.
Os fiscais embargaram 4 madeireiras. Noventa e cinco animais
vivos foram encaminhados para Centros de Triagem de Animais
silvestres do Ibama.
Kézia Macedo