Sinop/MT (11/04/08) -
Equipes das forças federais que atuam na operação
Arco de Fogo tiveram ontem um dia movimentado. Fiscais
e policiais flagraram uma área de exploração
ilegal de madeira. No local havia um plano de manejo que
foi suspenso. Dois caminhões que saíam da
mata carregados com toras foram apreendidos. Numa área
próxima à exploração ilegal,
as equipes localizaram uma madeireira de grande porte.
Dentro dos alojamentos dos trabalhadores foram encontradas
armas, munição e animais silvestres abatidos.
Cinco pessoas foram detidas e encaminhadas para a base
da Polícia Federal para prestar depoimento. Uma
delas tinha passagem pela polícia por roubo. Elas
foram liberadas após prestar depoimento e pagar
fiança.
O dono da área
onde foi flagrada a exploração ilegal será
autuado após verificação da quantidade
de toras abatidas. Os motoristas e donos dos caminhões
apreendidos foram multados. A grande quantidade de madeira
estocada do pátio da madeireira chamou a atenção
dos fiscais do Ibama. Os responsáveis não
apresentaram nenhum documento que comprovasse a origem
legal dos estoques. Eles fizeram levantamento do saldo
da empresa junto à Secretaria de Meio Ambiente
do estado para comparar as espécies e quantidades
declaradas com o que foi encontrado na empresa. Há
suspeita de que haja muita madeira sem origem legal. Se
comprovada a ilegalidade, a madeireira será multada
por ter em depósito madeira irregular. Outros autos
de infração serão lavrados por porte
de motosserra sem licença e abate de animais silvestres
- um veado e duas pacas.
Mais prisões -
Em Alta Floresta, município localizado no extremo
norte do estado, também houve prisões. Três
pessoas foram encaminhadas à Delegacia de Polícia,
na quarta, por prática de garimpo clandestino.
Uma delas permanece detida. O Ibama aplicou três
Autos de Infração por falta de licença,
causar degradação ambiental e uso de motosserra
sem licença.
As equipes da Arco de
Fogo que vasculham a região de Alta Floresta concentram
os esforços nas vistorias de madeireiras. Já
são 16 empresas vistoriadas. Seis delas foram autuadas.
Duas delas, que estavam lacradas pelo Ibama, foram desembargadas
por decisão judicial. Em outras duas madeireiras,
os fiscais mediram de novo o estoque de madeira em tora
apreendida de acordo com orientação conjunta
Ibama e Secretaria do Meio Ambiente do Mato Grosso de
descontar a casca e o oco das toras. Segundo os técnicos
do Ibama, a diferença foi mínima e não
vai alterar significativamente o valor das autuações.
Ascom/Ibama