Santarém (16/04/2008)
- Em operação realizada nesta manhã,
fiscais do Ibama em Santarém, no oeste do Pará,
apreenderam aproximadamente 200 quilos de Pirarucu (Arapaima
gigas) fresco, no Mercadão 2000, próximo
ao prédio do instituto. A equipe percorreu os boxes
de comércio de pescados, encontrando mantas de
Pirarucu em vários deles. As mantas estavam acondicionadas
em isopores e sacos, escondidas debaixo de peixes de outras
espécies que não estão no período
do defeso.O administrador do Mercadão 2000 será
notificado pelos fiscais e deve comparecer ao Ibama para
prestar esclarecimentos e apresentar os nomes dos responsáveis
pelos estabelecimentos onde o pescado irregular foi encontrado,
para que os mesmos sejam autuados. Os pescados apreendidos
foram doados para o 4º Grupamento de Bombeiros Militares,
em Santarém.
Segundo o chefe substituto
da Fiscalização do Ibama em Santarém,
Vanderlei Santos, que coordenou a ação,
além do desrespeito ao defeso, “chega a ser uma
covardia os pescadores capturarem Pirarucus tão
pequenos, de até 50 centímetros, quando
os exemplares adultos da espécie chegam a mais
de dois metros de comprimento”. O defeso do Pirarucu começou
no dia 1º de dezembro e prossegue até o dia
31 de maio, até esta data, a pesca, o transporte
e o comércio da espécie estão proibidos.
O respeito ao defeso é
crucial para a conservação dos estoques
pesqueiros da bacia Amazônica. A pesca no período
da proibição contribui para a diminuição
da população da espécie protegida,
e consequentemente para o aumento do preço do pescado
devido à escassez. O consumidor tem um papel muito
importante, pois não consumindo as espécies
que estão no defeso, ajuda a diminuir a pressão
da atividade pesqueira, auxiliando a conservação
da biodiversidade, além de garantir que o seu peixe
favorito estará presente na sua mesa na época
permitida.
Christian Dietrich
Ascom/Ibama/Santarém
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Fiscalização
no Porto de Santarém é concluída
Belém (14/04/08)
- Resultou em mais de R$294 mil a multa aplicada às
cinco empresas que forneceram madeira nobre para exportação
no Porto de Santarém, no último 27.
A operação
“Made in Brazil”, iniciada pelo Ibama, no dia 26 do mês
passado impediu que um navio espanhol, rumo à Espanha,
Portugal e Holanda, embarcasse com cerca 1,5 mil m³
de madeira ilegal de espécies como maçaranduba,
jatobá, angelim e ipê.
De acordo com o chefe
da fiscalização do Ibama de Santarém,
Marcus Bistene, a irregularidade estava na falta de comprovação
da origem da madeira por parte dos proprietários.
“Fora isso, há divergências entre as informações
contidas na Guia Florestal e das espécies que apresentaram”,
afirma Marcus.
A ação faz
parte da campanha nacional Guardiões da Amazônia
de combate ao desmatamento, extração seletiva,
transporte, e comércio ilegais de madeira, no âmbito
do Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento
na Amazônia (PPCDAM). Santarém se localiza
a Oeste do Pará, cerca de 500 km da capital Belém.
Luciana Almeida