Porto Alegre (24/06/2008)
- Em ação de fiscalização
realizada ontem (23) e vinculada à Operação
Guardiões da Amazônia, a Superintendência
do Ibama/RS apreendeu 51,6 m3 de castanheira (espécie
imune ao corte) e 4m3 de pau marfim (estava sem cobertura
do Sistema DOF) em uma fábrica de móveis
na cidade de Gramado (na serra gaúcha).
A empresa caiu na malha
fina por apresentar diversas irregularidades no Cadastro
Técnico Federal, como relatórios anuais
entregues com a expressão “sem movimentação”,
e sem informação de Licença Ambiental.
Segundo o analista ambiental
Carlos Henrique Jung Dias que fez a apreensão,
também foram constatadas falhas nas informações
relativas ao sistema Documento de Origem Florestal, já
que a empresa operava somente no recebimento de cargas,
sem prestar as devidas informações de utilização
final da madeira na fabricação dos móveis,
“o que gera crédito residual no sistema possibilitando
a fraude”, explica.
Os documentos entregues
pela empresa ainda estão sendo analisados bem como
a existência de outras irregularidades. Além
da apreensão da madeira a empresa recebeu uma multa
no valor de R$ 11.120,00 (até o momento, mas podem
surgir outras autuações). Carlos Henrique
informa que também foram recolhidas amostras, especialmente
do pau marfim, para verificação da espécie
florestal, já que o este nome comum é utilizado
para classificar outras espécies, como forma de
burlar a lei.
Maria Helena Annes
Ascom/Ibama/RS
Foto: Carlos Henrique
+ Mais
Guardiões da Amazônia
e Arco de Fogo apreendem mais de 8,2 mil m³ de madeira
em Altamira
Belém (24/06/08)
- Mais de 8,2 mil m³ de madeira em tora e serrada
foram apreendidas no município de Altamira, sudoeste
paraense. A multa aplicada foi de R$ 5,2 mil como resultado
da vistoria em 37 madeireiras, estabelecimentos de extração
mineral, fazendas e outros estabelecimentos relacionados
aos crimes ambientais.
De acordo com o coordenador
da Operação Guardiões da Amazônia,
Paulo Maués, foram lavrados durante esses trinta
primeiros dias de operação, 24 autos de
infração, apreensão de duas balsas,
um empurrador, um rebocador, dois tratores, uma motosserra,
sete caminhões (sendo quatro com julietas). “Além
disso, foram mais de 3 mil hectares de polígonos
de desmatamento vistoriados”, afirma Paulo.
As espécies de
madeira apreendidas são diversas, dentre elas Angelim,
Angelim Vermelho, Cumarú, Maçaranduba, Ipê,
Quaruba, Andiroba, Jatobá, Amarelão, Castanheira,
Muiraracatiara e Sucupira.
As operações
Guardiões da Amazônia e Arco de Fogo, do
Ibama e Polícia Federal foram iniciadas em Altamira
no dia 26 do mês passado, com o apoio da Força
Nacional de Segurança e Polícia Militar
do Pará, e permanecerá na região
por tempo indeterminado.
Luciana Almeida
+ Mais
Mais de 7 mil m³
de madeira são apreendidos em Altamira, no Pará
Belém (20/06/08)
- Cerca de 7,7 mil m³ de madeira em toras e serrada
foram apreendidas durante as operações conjuntas
do Ibama e Polícia Federal em Altamira, sudoeste
do Pará. A maior parte das espécies encontradas
foi de Maçaranduba, Amarelão, Jatobá,
Sucupira, Muiracatiara e Angelim Pedra. Onze madeireiras
tiveram as atividades embargadas devido a irregularidades
na documentação das empresas ou na origem
da madeira.
Os fiscais do Ibama envolvidos
nas operações Guardiões da Amazônia
e Arco de Fogo em Altamira já lavraram 24 Autos
de Infração, totalizando R$3,1 milhões
em multas aplicadas. Nos pátios das serrarias vistoriadas
foram encontrados mais de 7,7 mil m3 de madeiras em situação
irregular, sendo 1205 m3 em toras e 6587 m3 serrados.
As equipes também estão atuando em desmatamentos
na região, vistoriando, autuando e embargando as
atividades nos polígonos detectados através
do sensoriamento remoto.
As atividades da Arco
de Fogo e da Guardiões da Amazônia continuam
na região de Altamira por tempo indeterminado.
Segundo o coordenador da Guardiões da Amazônia,
Paulo Maués, “as operações fazem
parte do Plano de Prevenção e Combate ao
Desmatamento na Amazônia, que integra esforços
de 14 ministérios buscando impedir a devastação
da maior floresta tropical do mundo”.
Christian Dietrich
Luciana Almeida
+ Mais
Operação
Roncador aperto o cerco contra o desmatamento ilegal no
MT
Vila Rica (17/06/08) -
Em apenas quinze dias, a Operação Roncador
do Ibama atingiu cerca de R$ 8 milhões em multas,
a maioria delas emitidas em razão de desmatamento
a corte raso em área de Reserva Legal sem autorização.
Os fiscais vistoriaram, com a ajuda do helicóptero
e por terra, 70 áreas apontadas por um conjunto
de sistemas detectores de desmatamentos. As imagens utilizadas
são fornecidas pelo Projeto de Monitoramento da
Floresta Amazônica por Satélite (Prodes)
e o Sistema de Detecção em Tempo Real (Deter)
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e
também pelo satélite japonês Advanced
Land Observing Satellite (Alos).
Dez fazendas foram autuadas
e cinco embargadas. Foram apreendidos dois caminhões,
um trator e duas motosserras. A ação ocorre
em 13 municípios do Nordeste do Mato Grosso e Sudeste
do Pará, num raio de 700 quilômetros a partir
da base da operação na cidade de Vila Rica/MT.
Sete desses integram a lista dos 36 que mais desmatam
na Amazônia Legal.
No município de
Gaúcha do Norte, um fazendeiro foi multado em R$
4,2 milhões por desmatar 840 hectares de Reserva
Legal em floresta nativa sem autorização
ambiental. Imagens de satélite detectaram a derrubada.
A área foi embargada. Em Vila Rica, seis fazendas
receberam multa de R$ 35 mil por construir duas represas
no córrego Buriti sem licenciamento ambiental e
degradar uma área de 2,7 mil metros de Área
de Preservação Permanente. A obra foi paralisada
e as áreas embargadas. Os responsáveis terão
de reparar o dano causado ao curso hídrico e à
mata ciliar. Um trator fazia o aterro e foi apreendido.
Ainda nesse município, um desmatamento a corte
raso de 34,6 hectares em área de cerrado resultou
na aplicação de R$ 10 mil. Uma motosserra
foi apreendida.
Deter - A base da Operação
Roncador em Vila Ricadá dá suporte ao trabalho
de monitoramento de campo de 53 pontos indicados pelo
Deter realizada pelo Inpe na região do entorno
do Parque Nacional do Xingu. Segundo a pesquisadora do
Inpe, Isabel Escada, “a verificação por
meio de fotografias aéreas constata se o tipo de
alerta disparado pelo Deter foi por degradação
progressiva, por corte raso ou por outro fenômeno
captado pelas imagens de satélite”. O coordenador
da Operação Roncador Pedro Alberto Bignelli
considera esse trabalho de validação dos
dados importante para a fiscalização do
Ibama, pois, segundo ele, “o Deter tem sido utilizado
pela fiscalização do Ibama como indicativo
de novas frentes de desmatamento”.
A Operação
Roncador é conduzida pela pela Divisão de
Gestão de Proteção Ambiental (DGPA)
da Superintendência do Ibama em Goiás e pela
Gerência do Ibama em Barra do Garças/MT.
A ação integra o Plano de Ação
para a Prevenção e Controle do Desmatamento
na Amazônia Legal (PPCDAM) do Governo Federal e
a campanha Guardiões da Amazônia do Ibama.
Ascom Fiscalização Ibama