Brasília (17/07/2008)
- Fiscais do Ibama do Ceará atuando na operação
Impacto Profundo, que coíbe a pesca irregular de
lagosta na costa brasileira, apreenderam hoje uma embarcação
flagrada enquanto realizava a pesca do crustáceo
a 25 quilômetros do continente, utilizando petrecho
proibido, a marambaia. As lagostas foram jogadas no mar
pelos pescadores como tentativa de evitar o flagrante.
A embarcação
apreendida, do município de Fortim, a cerca de
cem quilômetros de Fortaleza, tinha permissão
apenas para a pesca de peixes ornamentais, mas estava
utilizando compressor e marambaias para a pesca de lagostas.
Além da apreensão da embarcação,
o proprietário foi detido por desacato aos fiscais
e por dificultar a fiscalização.
A utilização
da marambaia é proibida pelo Ibama através
da instrução normativa 170/2008, o simples
armazenamento e transporte sem autorização
da armadilha ou partes delas, como tonéis de plástico,
já é proibido pela IN. As marambaias “são
armadilhas feitas com tambores usados e depositadas no
fundo do mar para atrair as lagostas, como recifes artificiais”,
explica Rolfran Ribeiro, chefe da fiscalização
do Ibama no Ceará.
Também ficaram
apreendidos o compressor, 200 metros de mangueira, válvulas,
nadadeiras, as marambaias e peixes capturados irregularmente.
Os pescados apreendidos serão doados a instituições
beneficentes cadastradas no Ibama.
Christian Dietrich
Ascom/Ibama
Foto: Fiscalização Ibama/CE
+ Mais
Operação
Prodecer do Ibama aplica mais de R$ 5 milhões em
multas no Tocantins
Brasília (14/07/2008)
- Servidores do Ibama aplicaram R$ 5,431 milhões
em multas na primeira etapa da operação
Prodecer, encerrada na última sexta-feira (11),
que atuou nos municípios de Pedro Afonso, Tocantínia,
Rio Sono, Santa Maria, Bom Jesus e Tupirama, no sul do
Tocantins. As equipes aplicaram 20 Autos de Infração
e embargaram atividades em 2249 hectares de vegetação
nativa destruída ilegalmente.
A ação durou
17 dias e fiscalizou parte dos 41 empreendimentos agrícolas
irrigados, incentivados pelo Programa de Desenvolvimento
do Cerrado - Prodecer, implantado na década de
90. A equipe vistoriou a situação dos empreendimentos
frente à legislação ambiental, verificando
áreas de reserva legal averbadas. Uma das irregularidades
encontradas durante o trabalho foi a não apresentação
de licenciamento ambiental para as atividades agrícolas
por algumas propriedades.
A metodologia utilizada
no trabalho incluiu o levantamento cartorial das áreas
de reserva legal averbadas dos 41 lotes do Prodecer III,
para levantar alterações na vegetação
dessas áreas através de análise de
dados de sensoriamento remoto, e ida a campo para confirmação
dos dados. A equipe também verificou indicativos
de desmatamentos detectados por sensoriamento remoto fora
dos lotes do Prodecer, confirmando desmatamentos ilegais
em duas propriedades, sendo lavrados autos de infração
por desmatar área de reserva legal e por desmatamento
sem autorização.
Também foram vistoriadas
propriedades com processos solicitando autorização
para uso alternativo do solo, visando atestar a regularidade
e a integridade da vegetação nas áreas,
e incursões em áreas onde a análise
de imagens de satélites resultou em indicativos
de desmatamentos ilegais. Em nove dessas propriedades
foi detectado o desmatamento sem a devida autorização,
durante o trâmite do processo, gerando autuações
e embargo de atividades.
Christian Dietrich
Ascom/Ibama