Brasília (28/08/08)
- A operação Guardiões da Amazônia
já aplicou mais R$ 44 milhões em multas
por crimes ambientais em Altamira, no Pará. No
município há três meses, as equipes
do Ibama com apoio da Polícia Militar e da Polícia
Federal já lavraram 168 autos de infração,
embargando atividades em quase 20 mil hectares de áreas
onde a floresta amazônica foi desmatada ilegalmente.
Além da fiscalização
dos polígonos de desmatamentos detectados por sensoriamento
remoto, as equipes de fiscalização atuam
também em serrarias, áreas de extração
ilegal de madeira e em outras empresas potencialmente
poluidoras. A operação Guardiões
da Amazônia já apreendeu 11,6 mil m³
de madeira , sendo 7,3 mil m³ de madeira serrada,
pronta para o consumo.
Os servidores do Ibama
também têm apreendido os equipamentos utilizados
na prática dos crimes ambientais, tais como tratores,
motoserras e outros bens, além dos produtos florestais
e de embargar as áreas desmatadas, para permitir
a regeneração natural da floresta.
Até o momento foram
apreendidos pelas equipes que operam a partir de Altamira
dez motoserras, dois tratores, quatro caminhões,
dois reboques tipo julieta, um empurrador e duas balsas;
os fiscais também fizeram apreensão de uma
serraria tipo Induspan.
As equipes flagraram ainda
o transporte ilegal de 3012 peixes ornamentais, que foram
soltos em seus locais de origem, apreenderam 20 aves silvestres
e um felino em criadouros irregulares, e caça,
com apreensão de duas carcaças de veados,
três espingardas e diversas munições,
além de 686 cabeças de gado.
O coordenador da Operação,
Alessandro Queiroz, informa que a Operação
prosseguirá por tempo indeterminado e continuará
recebendo as diversas demandas que não estão
diretamente ligadas ao desmatamento. “Apesar de este ser
o nosso foco, o desmatamento em toda a sua cadeia, estaremos
recebendo as mais variadas demandas como tem sido até
agora. Pode ser gado pirata, frigoríficos irregulares,
animais silvestres comercializados de forma ilegal…couros
de animais para adorno, afinal, somos Guardiões
da Amazônia”, conclui.
Christian Dietrich e
Luciana Almeida
Foto: Alessandro Queiroz
Ascom/Ibama