Belém (10/12/08)
– Fiscais do Ibama, durante a Operação Guardiões
da Amazônia, com base operativa em Maracajá,
descobriram a ação de 14 empresas madeireiras
que não existem fisicamente, no município
de Novo Repartimento, sudeste paraense. Essas empresas
fantasmas compravam e vendiam madeiras industrializadas
em empresas clandestinas na região.
De acordo com o coordenador
da Operação, Norberto Sousa, somente nos
municípios de Tucuruí e Novo Repartimento,
entre outubro e novembro deste ano, 12 empresas que funcionavam
irregularmente foram embargadas e suas máquinas
lacradas. “Elas não tinham licença ambiental
para funcionar e pelo que constatamos, as empresas fantasmas
utilizavam essas serrarias clandestinas para esquentar
madeira”, conta.
A superintendência
do Ibama no Pará vai sugerir à Receita Federal,
o cancelamento dos CNPJs dessas empresas. A Prefeitura
de Novo Repartimento será informada sobre os Alvarás
de Funcionamento emitidos e a Secretaria de Estado de
Meio Ambiente (Sema), que emite as licenças ambientais,
também será comunicada para tomar as devidas
providências relativas ao caso.
A Operação
Maracajá, iniciada dia 28 de outubro no município
de Novo Repartimento, finaliza suas ações
com os embargos de duas serrarias e de 3,6 mil hectares
de área desmatada; apreensão de mais de
11,9 mil metros cúbicos de madeira serrada e em
tora, de 9 veículos, 5 motosserras e 2 motocicletas.
A Operação também demoliu 80 fornos
de carvão ilegais e aplicou mais de R$17 milhões
em multas.
Luciana Almeida
Ascom/Ibama/PA
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Operação
Citrus impede poluição de serraria no centro
de Tomé Açu, no Pará
Belém (04/12/08)
– A Operação Citrus, coordenada pelo Ibama
no Pará, fechou na manhã de ontem, uma serraria
que gerava poluição no centro do Distrito
de Quatro Bocas, em Tomé Açu, nordeste paraense.
Fuligem (parte sólida da fumaça) e pó
de madeira serrada eram emitidos constantemente pela serraria,
que utilizava madeira da espécie Acapú,
extraída de forma ilegal.
Segundo o coordenador
da segunda fase desta operação, Alex Lacerda,
a serraria produzia tacos de bilhar que iam para a Bahia
e Pernambuco. “O proprietário trabalhava há
muito tempo no centro da cidade, mandando sua produção
para outros estados, acreditando na impunidade. Agora,
além do embargo da serraria, apreendemos 50 metros
cúbicos de Acapu que estavam estocados no pátio,
e o responsável foi autuado em R$20 mil”, diz.
Ainda segundo Lacerda,
a população tem apoiado a operação
do órgão no município, o que facilita
as ações na região. “A população
tem nos procurado para denunciar ações ilegais
e, também para elogiar o nosso trabalho, tanto
é que uma parte deles já mostra consciência
ambiental. Eles querem que o município trabalhe
na legalidade”, relata.
Dados consolidados da
primeira fase da Operação
A Operação
Citrus, iniciada no município dia 6 de novembro,
tem o objetivo de combater o comércio ilegal de
produtos florestais no estado e o desmatamento.
A primeira fase, coordenada
pelo fiscal Gunther Barbosa, teve enfoque na destruição
de fornos de carvão. “Contabilizamos até
a semana passada, cerca de 300 fornos de carvão
ilegais demolidos, mais de 15 empresas vistoriadas e uma
área de 49 hectares embargada por desmatamento.
Apreendemos mais de 668 metros cúbicos de madeira
e oito veículos”, descreve.
Somando os dados da primeira
e segunda fase da operação, a fiscalização
do Ibama registra um total de R$2,1 milhões em
multas, cerca de 420 fornos de carvão ilegais destruídos,
1.668 metros cúbicos de madeira serrada e em tora
apreendidas, além de sete motosserras e oito veículos.
Luciana Almeida
Ascom/Ibama/PA