11 de Março de
2009 - Cristiane Ribeiro - Repórter da Agência
Brasil - Rio de Janeiro - A Polícia Federal realiza
desde o início da manhã de hoje (11) uma
operação para desarticular uma quadrilha
internacional de traficantes de animais silvestres para
o exterior e para o comércio em feiras livres no
Rio de Janeiro. Várias pessoas já foram
detidas e estão sendo levadas para a Superintendência
da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
De acordo com nota divulgada
pela Polícia Federal, estão mobilizados
450 agentes para cumprir 102 mandados de prisão
e 140 de busca e apreensão no Pará, Maranhão,
em Sergipe, na Bahia, em Minas Gerais, no Espírito
Santo, em São Paulo, no Rio Grande do Sul e Rio
de Janeiro.
A operação
foi batizada de Oxóssi em homenagem à divindade
africana que representa o protetor dos animais e das matas.
Agentes federais também buscam integrantes da quadrilha
em Portugal, na Suíça e República
Tcheca.
De acordo com a nota da
Polícia Federal, as investigações
da Operação Oxóssi começaram
em janeiro do ano passado e apontam que os envolvidos
chegavam a comercializar 500 mil animais por ano. Entre
as espécies mais negociadas estão diversos
tipos de aves, cobras, onças-pintadas, veados-mateiros
e macacos-prego. No Rio de Janeiro, os animais eram vendidos
nas feiras de Honório Gurgel e Areia Branca e em
Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Segundo a Polícia
Federal, os envolvidos no esquema são acusados
de crime ambiental, receptação, contrabando
e formação de quadrilha.
Mais detalhes da Operação
Oxóssi serão divulgados em entrevista coletiva
marcada para as 11h na Superintendência da Polícia
Federal no Rio.
+ Mais
PF prende mais de 70 pessoas
por tráfico internacional de animais
11 de Março de
2009 - Isabela Vieira - Repórter da Agência
Brasil - Rio de Janeiro - A Polícia Federal prendeu
hoje (11), no Rio, 72 pessoas, incluindo um estrangeiro,
na Operação Oxóssi. Eles são
ouvidos na superintendência da PF, no centro. Nos
próximos dois dias, os agentes pretendem cumprir
mais 26 mandados de prisão no estado. O objetivo
da operação é desarticular uma rede
de tráfico internacional de animais.
A operação
mobiliza cerca de 450 agentes, que cumprem 102 mandados
de prisão e 140 de busca e apreensão em
oito estados, além do Rio.
De acordo com o Ministério
Público Federal, a operação partiu
de investigações sobre uma feira popular
em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, apontada com um
dos principais pontos de venda de animais silvestres no
país. Os bichos também eram traficados para
Portugal, Suécia e República Tcheca, onde
também há procurados.
O delegado Alexandre Saraiva,
responsável pelo caso, afirma que a operação
prendeu caçadores, receptadores e comerciantes,
que revendiam periquitos, papagaios, araras azuis, macacos
e pequenos répteis. Grande parte, proveniente do
Parque Nacional da Bocaina, em Paraty, Sul Fluminense,
e da Reserva do Tinguá, em Nova Iguaçu,
na baixada.
Segundo o MPF, grande
parte dos suspeitos já cometeu crimes ambientais,
sendo que alguns foram presos em flagrante. Eles devem
responder por caça ilegal, com o agravante de que
os animais, alguns em risco de extinção,
foram retirados de áreas de conservação.
Os envolvidos no esquema também podem ser acusados
por maus-tratos, receptação e formação
de quadrilha.