Belém (27/03/09)
– Uma equipe do Ibama apreendeu na manhã de hoje,
400 portas e 350 caixilhos feitos de castanheira que iriam
para o estado da Bahia, quando foram encontradas em três
serrarias, no município de Jacundá, sudeste
do Pará. Além dos produtos ilegais em depósito,
duas das empresas não possuíam Licença
de Operação expedida pelo órgão
ambiental competente.
De acordo com o coordenador
da operação, o analista ambiental do Ibama
Norberto Souza, as duas empresas sem licença foram
lacradas, tiveram suas atividades paralisadas e terão
que pagar R$ 10 mil pela falta da licença. “Já
a terceira empresa que tinha licença para operar,
perdeu somente os produtos, porém, por também
ter cometido ilícito ambiental, terá que
pagar R$300 por cada metro cúbico de madeira apreendida
e isso vale também para as duas outras que tinham
as portas e castilhos nas serrarias”, afirma Norberto.
Os responsáveis
pelas empresas responderão a processo criminal.
As madeiras foram levadas para um depósito da Prefeitura
Municipal de Jacundá, onde ficarã sob a
guarda do órgão municipal até que
o Ibama decida a destinação dos produtos.
Esses resultados são
conseqüências das ações do Ibama
em descobrir a atuação de empresas fantasmas
em todo o estado. Só em Jacundá, num primeiro
momento, foram detectadas três empresas fantasmas
que acobertavam a saída de madeira ilegal de empresas
clandestinas.
Proibição
do corte, venda e transporte de castanheira
O corte, a venda e o transporte
da castanheira é proibido em todo o país
desde 1994, quando o decreto federal de nº 1282 foi
instituído, e agora revogado pelo decreto 5.975/06,
artigo 29. É importante que as pessoas saibam que
comprar esse tipo de produto de origem ilegal também
é crime, previsto na lei de crimes ambientais de
nº 9.605/98.
Luciana Almeida
Ascom/Ibama/PA