11 de Maio de 2009 - Luana
Lourenço - Repórter da Agência Brasil
- Brasília - A Operação Cupim, desencadeada
hoje (11) pela Polícia Rodoviária Federal
(PRF), Ministério Público de Mato Grosso
do Sul e pelo Grupo de Atuação Especial
de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu
15 pessoas acusadas de envolvimento em esquema de sonegação
fiscal no transporte de madeira da Amazônia.
Os policiais também
apreenderam documentos, computadores, notas fiscais adulteradas,
carimbos falsos, cofres, armas e munições.
Entre os presos estão
empresários e servidores públicos de Mato
Grosso do Sul, que facilitavam o transporte e comercialização
ilegal de madeiras ameaçadas de extinção,
como peroba e castanheira. A madeira nobre era misturada
nos caminhões a espécies de menor valor,
como o pinus.
Além de facilitar
a passagem dos carregamentos, os servidores públicos
envolvidos são acusados de falsificar carimbos
da Receita Estadual e duplicar notas fiscais.
De acordo com a PRF, uma
mesma nota fiscal era emitida para até cinco carregamentos.
Os caminhões utilizavam as rodovias de Mato Grosso
do Sul para chegar aos mercados de São Paulo e
do Paraná. Se um dos veículos fosse parado
pela fiscalização, os demais eram orientados
a interromper a viagem até a substituição
da nota fiscal para evitar que a PRF descobrisse a duplicidade.
A
fraude era executada pelo menos desde abril de 2008. A
estimativa da PRF é que em um ano o esquema tenha
movimentado mais de R$ 10 milhões. Cerca de 30
mil metros cúbicos de madeira foram desviados de
forma ilegal.