Recife (22/05/09) – O
Ibama concluiu na tarde de ontem (21/05) a primeira fase
da “Operação Blue Jeans”, no município
de Riacho das Almas, a 140 km de Recife. Treze lavanderias
foram fechadas e uma pessoa foi presa por desrespeito
à legislação ambiental. As multas
chegaram a R$ 530 mil reais. Os autuados deverão
responder a processo criminal e estão sujeitos
a penas de até cinco anos de detenção.
A operação,
realizada em conjunto com o Ministério Público
Estadual, órgãos ambientais e a Polícia
Militar de Pernambuco, teve por objetivo fiscalizar as
empresas que fazem tingimento e lavagem de tecidos do
tipo “jeans”. Além de não terem licenciamento
ambiental, essas lavanderias utilizam diversos produtos
químicos, entre eles alguns produtos controlados
como amônia. Ao final das lavagens, esses resíduos
eram descartados, sem nenhum tipo de tratamento, em córregos
e rios da região. Em alguns casos, a água
contaminada era despejada diretamente na rua.
Segundo o chefe da fiscalização
do Ibama/PE, Leslie Tavares, as lavanderias são
reincidentes nesse tipo de crime ambiental. Em 2007, assinaram
um Termo de Ajuste de Conduta – TAC com o Ministério
Público Estadual para regularizar a situação,
mas o compromisso nunca foi cumprido. Tavares explicou
que as lavanderias também utilizavam lenha proveniente
da caatinga e de Mata Atlântica em suas caldeiras,
sem qualquer tipo de autorização ou licença.
Nos pátios das empresas, foram apreendidos 64 m3
de lenha, madeira suficiente para lotar três caminhões.
A “Operação
Blue Jeans” vai continuar pelos próximos dias em
Riacho das Almas, onde se acredita que existam pelo menos
mais 12 empresas agindo irregularmente, e também
em outras cidades da região, conhecidas como “Polo
de Confecções do Agreste”.
Airton De Grande
Ascom Ibama/PE
+ Mais
Apreendidos caminhões
além de tambores para marambaias no Ceará
Fortaleza (22/05/2009)
A equipe de fiscalização do Ibama, juntamente
com a Polícia Rodoviária Federal, apreendeu
quatro caminhões de madeira que vinham do Pará
em direção a Tianguá e dois em Fortaleza,
municípios do ceará. O transporte estava
sendo realizado com o Documento de Origem Florestal -
DOF (guia de autorização) em desacordo com
a quantidade que estava sendo realmente transportada.
Os caminhões estão sendo mantidos na Secretaria
da Fazenda do Estado e nos Quartéis do Exército.
Ainda nesta semana, um
caminhão com 58 tambores de 200 litros cada, que
seriam utilizados para fazer marambaias, método
proibido de pesca de lagosta, também foi interceptado.
Os tambores continham a inscrição “não
reutilizar a embalagem”. A multa só será
lavrada após emissão de laudo técnico
para averiguação do risco potencial poluidor
e tóxico da carga apreendida.
Mariângela Bampi
Ibama Ascom/CE