Belém (19/11/2009)
– Cerca de 1,5 tonelada de camarão seco, ingrediente
típico da culinária paraense, foi doada
a entidades beneficentes pela Superintendência do
Ibama no Pará, nesta quarta-feira (18/11), em Belém,
capital do estado.
Fiscais do órgão
apreenderam o crustáceo na sexta (13/11), na filial
de uma grande rede de supermercados da região,
durante uma blitz contra a pesca ilegal na época
do defeso. A empresa recebeu multa de R$ 134,6 mil por
não ter apresentado a declaração
de estoque.
Quem explora recursos
pesqueiros que entram no defeso é obrigado a informar
ao Ibama a quantidade do estoque no fim do período
de pesca. No caso do camarão-rosa, a época
de proteção reprodutiva ocorre de 15 de
outubro a 15 de fevereiro, quando a captura é proibida.
“Quem desrespeita a proibição
interfere no ciclo reprodutivo das espécies, diminuindo
a quantidade de peixes para o ano seguinte”, explica Aline
Moraes, chefe da Divisão de Fauna e Pesca do Ibama
no Pará.
Creches, asilos e clínicas
de recuperação de dependentes químicos,
entre outras associações, receberam o camarão.
Todas as entidades fazem parte do Mesa Brasil, programa
integrante do Fome Zero, que apenas na cidade de Belém
atende 146 instituições com alimentos.
Nelson Feitosa
Ascom Ibama
+ Mais
Ibama multa empresa em
R$ 250 mil por declarar estoque falso em Santarém,
no Pará
Belém (19/11/2009)
– Fiscais do Ibama multaram uma empresa frigorífica
em R$ 250 mil nesta quarta-feira (18/11) por prestar informações
falsas ao sistema de controle do órgão,
em Santarém, no oeste do Pará. O frigorífico
tinha cerca de 60 toneladas de peixes estocadas, mas declarou
possuir 119 toneladas, quase o dobro.
“Ela não tinha
o que declarou, ou seja, superestimou para poder comprar
peixe ilegal e ter como esquentar”, explica Bruno Iespa,
chefe da Divisão de Fiscalização
da Gerência Executiva do órgão em
Santarém.
Localizada na área
urbana de Santarém, a empresa tentava com a fraude
burlar a proibição de pesca no período
de reprodução na bacia hidrográfica
do rio Amazonas, que vai de 15 de novembro até
15 março.
Quem trabalha com peixe
que entra no defeso tem que informar na Declaração
de Estoque Pesqueiro a quantidade existente no frigorífico
no fim do período de pesca. “Só vai poder
negociar durante a época de reprodução
o que já estocou e declarou ao Ibama”, diz Iespa,
que vem intensificando a fiscalização nos
locais de estocagem desde terça-feira (17/11).
Os fiscais encontraram
as irregularidades nas duas câmaras frias onde a
empresa armazenava os peixes, de espécies como
mapará, aracu, pirapitinga, curimatá, mandirá
e tambaqui.
De
acordo com o artigo 82 do Decreto 6514, de 2008, a multa
por apresentar informação falsa ou enganosa
nos sistemas oficiais de controle pode chegar a R$ 1 milhão.
Nelson Feitosa
Ascom Ibama