Florianópolis (03/09/2010)
- O Ibama em Santa Catarina deflagrou a Operação
Alçapão, que ocorre na região do
Vale do Itajaí, e visa ao recolhimento de aves
mantidas de forma irregular. Desde o último dia
10 de agosto, quando a operação começou,
o Ibama já multou R$ 1.203.000,00.
A partir de análises
do – Sistema de Cadastro de Criadores de Passeriformes
– Sispass, os agentes do Ibama monitoram os criadores
com maior possibilidade de irregularidades, com isso,
segundo o chefe da Divisão de Controle e Fiscalização
do Ibama/SC, Carlos Ribeiro, a fiscalização
se torna mais precisa e eficiente.
Na sua segunda etapa,
que começou dia 30 de agosto e vai até o
final de setembro, a operação apreendeu
19 pássaros silvestres mantidos irregularmente
por um criador amadorista, que foi multado em R$ 9.500,00.
Embargou um criador comercial de animais silvestres que
estava desenvolvendo a atividade em desacordo com a licença,
o valor da autuação foi de R$ 55.500,00.
Outro embargo se deu a
um criador conservacionista, com multa de R$ 550 mil.
Dentre as irregularidades constatadas, havia animais sem
marcação de origem, fabricação
irregular de anilhas e, um “zoológico irregular”,
constatado pelo livre acesso ao criadouro de hóspedes
do hotel que funciona no mesmo local.
Houve também a
autuação de uma pessoa que expunha animais
à venda na internet, sem a licença do Ibama,
com multa de R$ 35 mil. Os fiscais autuaram ainda o proprietário
de uma agropecuária que mantinha 84 aves silvestres
exóticas sem origem legal e sem licença
para criação. Dentre as espécies
apreendidas estavam ring-necks e roselas. O homem recebeu
multa de R$ 254 mil e o Ibama vai encaminhar a denúncia
ao Ministério Público, para que ele responda
pelos crimes de possuir espécies sem procedência
e trazer para o país animais sem autorização.
Todos os animais apreendidos
na operação estão sendo encaminhados
ao Centro de Triagem de Animais Silvestres – Cetas, do
Rio Vermelhe, em Florianópolis.
O valor das multas varia
conforme a ave: as não ameaçadas de extinção
é de R$ 500 e, para as ameaçadas, R$ 5 mil.
“Tão importante
quanto nossos sistemas e serviços de controle,
é a fiscalização da população,
que através de denúncias nos leva a locais
onde crimes ambientais estão sendo praticados.
As pessoas podem denunciar toda e qualquer irregularidade
percebida sem haver a necessidade de se identificar. Com
isto se diminui a incidência de práticas
irregulares em relação à fauna e
flora”, diz Ribeiro.
As
denúncias ao Ibama podem ser feitas por meio da
Linha Verde, cujo número é 0800-618080.
Badaró Ferrari