Belém (08/10/2010)
– O Ibama multou em R$ 1,2 milhão a Hamex Indústria
e Comércio de Produtos Alimentícios Ltda
e em R$ 48,7 mil a Indústria e Comércio
de Conservas Maiuatá Ltda - dois fabricantes de
palmito de açaí em conserva - por utilizar
para a fabricação de parte de seus produtos
as instalações de uma palmiteira ilegal,
no município de Anajás, na Ilha de Marajó,
no norte do Pará. O dono da fabriqueta irregular
foi autuado em R$ 5 mil.
Instalada num barracão,
sem qualquer controle sanitário, a palmiteira já
tinha cerca de quatro toneladas de palmitos em conserva
prontos e embalados. Todo o produto foi apreendido pelos
fiscais e será destruído, em razão
do risco de contaminação. Segundo a Divisão
Técnica do Ibama em Belém, cerca de 16 mil
palmeiras de açaí foram derrubadas de matas
nativas do Marajó para produzir essa quantidade
de conservas.
Na sexta-feira (29/9),
os fiscais do Ibama chegaram à palmiteira, localizada
numa vila ribeirinha, mas os trabalhadores já haviam
sido retirados do local. Além da mercadoria apreendida,
os agentes recolheram tampas com as marcas impressas da
*Hamex *e *Maiuatá, *além de diversos documentos
comprobatórios de que a produção
da palmiteira seria destinada às duas empresas,
que comercializam palmitos de açaí em grande
escala por meio de diversas marcas de fantasia, no Brasil
e no exterior.
Lucro rápido
A extração de palmito ilegal ocorre nas
reservas legais (área de floresta que deve ser
protegida numa propriedade) ocupadas por populações
ribeirinhas tradicionais. “Muitas vezes elas são
levadas a realizar a extração de palmito
de açaí na perspectiva de conseguir lucro
rápido”, explica o analista ambiental Francisco
Renó, do Escritório do Ibama em Breves,
que coordenou a fiscalização em Anajás.
“Mas o ribeirinho acaba se prejudicando, pois a derrubada
destes açaizais impede o consumo e a comercialização
do fruto, que é base da alimentação
local.”
Nelson Feitosa
Ascom Ibama/PA
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Operação
Ciranda do Ibama aplica R$ 525 mil em multas em Alagoas
Maceió (06/10/2010)
– A Operação Ciranda do Ibama, em sua segunda
fase, aplicou R$ 525 mil em multas no sertão alagoano.
Durante a operação foram detectadas várias
irregularidades, como desmatamentos, transporte e armazenamento
de produto florestal, sem anuência da autoridade
pública.
As ações
em áreas anteriormente embargadas resultaram em
novas autuações e apreensão de arma
de grosso calibre, pertencente à Secretaria Estadual
de Segurança Publica do Estado da Paraíba.
Os responsáveis foram conduzidos à Delegacia
de Polícia.
A
operação teve a parceria do Batalhão
de Polícia Ambiental durante a fase investigativa
e conclusiva, sendo realizadas 30 ações
policiais. Para o então comandante do BPA, Mj Marco
Aurélio Costa, “quando o Ibama e o BPA trabalham
em conjunto, fecha-se o círculo de investigação”.
Ibama/AL