Natal (02/03/2011) – Uma
equipe de fiscalização do Ibama apreendeu,
na noite de segunda-feira (28/02), mais 102 kg de lagostas
na praia de Pitangui, município de Extremoz, região
metropolitana de Natal. Desde 01/12 do ano passado, quando
começou o defeso, já foram apreendidas 1,2
toneladas de lagosta irregular no RN.
Os crustáceos estavam
armazenados numa casa vazia que servia como depósito
clandestino. Os infratores fugiram ao ver a viatura do
Ibama e ninguém foi detido ou autuado. A captura,
transporte ou armazenamento de lagostas durante o período
de defeso – que prossegue até 31/05 – é
crime, com penas de multa e detenção por
até três anos.
Grande parte das lagostas
apreendidas estava abaixo do tamanho mínimo permitido,
e as fêmeas, ovadas. “É desalentador”, desabafa
o superintendente do Ibama no RN, Alvamar Costa de Queiroz.
“Infelizmente os pescadores estão destruindo o
seu próprio sustento, porque essas lagostas não
poderão deixar descendentes, prejudicando a pesca
num futuro bem próximo”.
A preocupação
do superintendente vai além da questão social
ou da ambiental. Os reflexos de uma provável diminuição
dos estoques já podem ser sentidos na economia
do RN. Em 2008, o estado exportou 390 toneladas do pescado.
Em 2009, foram 136 toneladas. Mas, em 2010, o número
baixou para apenas 130 toneladas. “Nesse ritmo, não
podemos descartar a necessidade de um ‘paradeiro’ na pesca
da lagosta, até que a natureza possa recuperar
essas perdas”, explica Queiroz.
Paradeiro, nesse caso,
seria uma espécie de “moratória regional”,
ou seja, a suspensão total da pesca e da comercialização
da lagosta no estado do RN. Tal medida, bastante rigorosa,
traria consequências para o setor pesqueiro e também
para o turismo, que tem na culinária um grande
atrativo. Mas ela pode tornar-se realidade nos próximos
anos se os próprios pescadores não obedecerem
às regras de respeito à natureza e à
atividade de pesca.
Airton De Grande - Ascom/Ibama/RN
fotos: Alexandre Rochinski - Ibama/RN
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Ibama autua em R$ 240
mil loja que comercializava animais nativos sem licença
no RS
Porto Alegre (02/03/2011)
– Uma equipe da Divisão de Fiscalização
do Ibama/RS, em conjunto com o Núcleo de Fauna/RS,
realizou, na manhã desta quarta-feira (02/03),
uma operação de fiscalização
na loja Bicharada (antiga Guiness Pet), localizada na
avenida Júlio de Castilhos, n.º 53, em Porto
Alegre, aplicando seis autos de infração,
num total de R$ 240 mil reais e recolhendo sessenta e
seis animais, que serão levados para centros de
triagem de animais licenciados pelo Ibama.
Entre as diversas irregularidades
verificadas pela equipe, estão a comercialização
de animais nativos sem licença do órgão
ambiental, a exposição de animais em desconformidade
com a legislação e a documentação
com informações incorretas.
Com isso, a Bicharada
poderá comercializar apenas animais domésticos.
Segundo o chefe da Divisão de Fiscalização,
Régis Fontana Pinto, a operação foi
realizada depois de minuciosa análise do processo
autorizatório da empresa feita pelo Núcleo
de Fauna e após denúncias sobre exposição
de animais nativos na rua e sua comercialização
na loja.
Maria Helena Firmbach Annes
Ascom/Ibama/RS