Belo Horizonte (30/03/2011)
– Os governos federal e estadual iniciaram, na última
terça (29), a operação de fiscalização
“Guardiões das Montanhas II” para investigar possíveis
usos irregulares de madeira proveniente de vegetação
nativa pelas empresas produtoras de móveis da região
de Ubá, na Zona da Mata de Minas Gerais.
Nas próximas semanas,
fiscais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável (Semad) e do Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) percorrerão empresas em nove municípios
da região, que é um dos maiores polos moveleiros
do país.
Na operação,
os fiscais buscarão possíveis diferenças
entre os estoques de madeira existentes nas empresas e
o declarado ao Ibama e ao Instituto Estadual de Florestas
(IEF). “O enfoque da operação é a
madeira proveniente da Amazônia, que é a
principal matéria-prima das empresas que fabricam
móveis”, afirma o coordenador da operação
pelo Ibama, Aristides Salgado Neto. Dados do Ibama indicam
que o polo moveleiro de Ubá recebe cerca de 20
mil metros cúbicos de madeira proveniente da Amazônia
por ano, o que corresponde a 500 carretas carregadas.
Os técnicos da
subsecretaria de Controle e Fiscalização
Ambiental Integrada, da Semad, observarão a regularidade
da madeira proveniente de vegetação de origem
nativa de Minas Gerais bem como as de espécies
plantadas, como o eucalipto. “Além das devidas
autorizações emitidas pelo estado para operação,
as empresas têm de apresentar a documentação
referente à compra e à venda da madeira”,
explica o coordenador da operação pela Semad,
Bruno Zuffo Janducci.
Para a elaboração
da estratégia da operação Guardiões
das Montanhas II, foi feito um cruzamento das informações
provenientes dos sistemas eletrônicos de controle
federal e estadual que asseguram a legalidade da compra
e da venda da madeira e de seus produtos. No caso de consumo
de madeira proveniente da Amazônia, as empresas
têm de comprovar as informações prestadas
ao Ibama e que constam no mecanismo que gera o Documento
de Origem Florestal (DOF). Já em Minas Gerais,
o documento equivalente é a Guia de Controle Ambiental
(GCA), cujos registro é feito no Sistema Integrado
de Informação Ambiental (Siam).
Início
No primeiro dia da operação,
os técnicos visitaram seis empresas. “A principal
questão observada é a diferença entre
a madeira encontrada nos pátios das empresas e
o comunicado ao Ibama e ao IEF”, observa Aristides Neto.
“Todas têm obrigação de declarar a
destinação da madeira que foi adquirida
transformada ou não em móveis”, completa.
Os proprietários foram notificados e terão
48 horas para apresentar um relatório atualizado
do saldo de seus estoques de madeira proveniente dos sistemas
de informação estadual e federal.
A operação
Guardiões das Montanhas II tem a participação
de 35 fiscais do Ibama e dez da Semad. Divididos em equipes,
eles percorrerão empresas produtoras de móveis
nos municípios de Ubá, Tocantins, Piraúba,
Rio Pomba, Visconde do Rio Branco, São Geraldo,
Rodeiro e Guidoval. A primeira operação
aconteceu em 2009 em Guanhães, na região
do vale do rio Doce.
Ascom/Ibama/MG e Semad
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Fiscais do Ibama realizam
Operação Nemo na Região Metropolitana
de Recife
Recife (22/03/2011) -
Entre os dias 15 e 18 deste mês aconteceu a Operação
Nemo, com o objetivo de fiscalizar empresas criadoras
e exportadoras de peixes ornamentais nas cidades de Igarassu,
Jaboatão e Paulista, em Pernambuco. Esses criadores
devem apresentar documentação de origem
dos peixes e a relação do plantel existente.
Seis empresas foram vistoriadas e notificadas, devendo
apresentar-se ao Ibama.
No dia 17, a partir de
uma denúncia à Linha Verde, foram apreendidos
em Ponta de Pedras (distrito de Goiana, Zona da Mata Norte)
53,5 kg de lagostas jovens descaracterizadas e 2 kg de
lagostas inteiras, além de um freezer e uma balança.
O auto de infração foi lavrado no valor
de R$ 1.810 e, as lagostas, doadas. Foram encontradas
18 canoas paradas no local com redes de pesca (cada uma
com 500 metros e com a malha de 10 a 12 milímetros).
Para o fiscal Davson Oliveira,
deve haver uma pareceria entre Ibama, Prefeitura Municipal
e o Ministério da Pesca para que as redes sejam
trocadas por outra de malha maior. “Há anos pessoas
pescam nesse local e não podem ser retirados de
uma hora para outra, pois isso irá gerar um problema
social’, contou.
Bárbara Dourado
Ascom Ibama/PE
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Operação
Broca é realizada na Zona da Mata em Recife
Recife (24/03/2011) –
Fiscais do Ibama estiveram na região de João
Alfredo e Limoeiro entre 15 e 18 deste mês com o
objetivo de fiscalizar a exploração mineral
(argila) para atendimento ao polo cerâmico, ação
chamada de Operação Broca.
Em paralelo, ocorreu uma
fiscalização em fábricas de móveis
da região para verificar a existência de
licença ambiental, a origem dos produtos florestais
utilizados e o cadastro técnico federal. Foram
visitadas 21 empresas, sendo feitas seis notificações
e quatro apreensões e lavrados quatro autos de
infração no valor de R$ 12 mil.
Bárbara Dourado
Ascom/Ibama/PE