Manaus (31/03/2011) –
Após operação conjunta entre Ibama,
Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio), Instituto Mamirauá e Batalhão
Ambiental da Polícia Militar do Estado do Amazonas,
foram autuados em R$ 452 mil e presos em flagrante um
colombiano e três brasileiros que praticavam a pesca
ilegal de alevinos de aruanã (Osteoglossum bicirrhosum)
na reserva de desenvolvimento sustentável Mamirauá
e no entorno da reserva extrativista Auati-Paraná,
sendo apreendidos todos os instrumentos e petrechos utilizados
pelos infratores e 6.500 alevinos, os quais foram devolvidos
a seu habitat natural.
Os infratores foram surpreendidos
pela fiscalização em um acampamento na localidade
Aratizal, onde mantinham os alevinos em sacos plásticos
com aplicações diárias de oxigênio
para que fossem, em seguida, transportados para Letícia,
na Colombia, e Islandia, no Peru.
A pesca de alevinos de
aruanã é proibida pela Instrução
Normativa do Ibama n° 01/2001, que estabelece o tamanho
mínimo de 44 cm para captura da espécie.
Entretanto é uma atividade recorrente na região
do Médio Solimões, envolve o aliciamento
de pescadores ribeirinhos e configura-se como tráfico
internacional já que esses alevinos são
capturados em território brasileiro, comercializados
clandestinamente em Letícia e Islandia a um preço
de R$ 2,00 e, depois, exportados como se fossem legalizados
a um preço que varia de US$ 7,00 a 14,00 para os
mercados norte-americano, europeu e asiático.
A operação
Lebreia também fez flagrantes e autuações
referentes à pesca e ao transporte ilegal de pirarucu
(Arapaima gigas) e tambaqui (Colossoma macropomum) e à
matança de jacarés para o uso da carne como
isca para a pesca de piracatinga (Calophysus macropterus),
atividade que também envolve a matança de
botos, coibindo, desta forma, esses crimes contra a fauna
aquática.
Lebreia, sulamba e macaco
d’água são outras designações
dadas ao aruanã no estado do Amazonas.
Geandro Guerreiro Pantoja
Ibama/AM
Fotos: Ibama/AM
+ Mais
Ibama desbarata braço
da máfia do carvão em Rondônia
Porto Velho (21/03/2010)
– O Ibama em Rondônia, por intermédio de
ação de inteligência ligada à
Operação Portal, detectou indícios
de transações ilegais no comércio
de carvão para empresa situada no estado da Bahia.
A indústria fiscalizada
movimentou virtualmente, entre os dias 12 e 17 deste mês,
cerca de 6.500 metros de carvão, o suficiente para
carregar mais de 100 caminhões.
Com essas informações,
uma equipe de fiscalização diligenciou até
a empresa comerciante, localizada no município
de Buritis (RO), e constatou que a mesma não possui
fornos para produção de carvão e
tampouco tem licenciamento para tal, ratificando a suspeita
da comercialização de créditos virtuais.
A Superintendência
do Ibama na Bahia foi acionada para realizar ação
na empresa receptora, constatando-se que ela não
existe no endereço cadastrado, podendo se tratar
de empresa fantasma. As multas lavradas totalizaram mais
de 3,5 milhões de reais e a empresa foi embargada.
Os autuados foram conduzidos para a Delegacia de Polícia
Civil de Buritis para adoção dos procedimentos
criminais.
Máfia
do carvão
O carvão produzido ilegalmente com matéria-prima
oriunda de desmatamentos criminosos em áreas da
Amazônia, Cerrado e Caatinga é “esquentado”
com créditos virtuais provenientes de empresas,
principalmente, dos estados do Pará, do Mato Grosso
e, agora, de Rondônia. Esse carvão, já
legalizado, é comercializado com siderúrgicas
de Minas Gerais e Pará, dando destino lícito
para subprodutos florestais ilegais.
Lucia Almeida
Ascom/Ibama/RO