Campo Grande (09/03/2011)
– O Ibama e a Polícia Militar Ambiental, em operação
conjunta nos rios do pantanal de Mato Grosso do Sul, apreenderam
1040 metros de rede e 90 kg de pescado abaixo das medidas
exigidas pela legislação, 13 tarrafas, dois
motores de popa e quatro armas, incluindo uma com silenciador
apreendida no rio Piquiri no pantanal norte, na divisa
dos municípios de Coxim e Sonora. Outra arma foi
apreendida no Rio Taquari na região de Pedro Gomes,
no norte do Estado. Foram lavrados 11 autos de infração
com multas que somaram R$35.500 mil reais.
Dois pescadores foram
presos e vão responder por pesca ilegal e porte
irregular de armas. Outros nove pescadores foram flagrados
por prática de pesca predatória. A maior
parte dos pescadores veio do interior de São Paulo,
incluindo os que portavam armas ilegais.
De acordo com o chefe
da Divisão de Proteção Ambiental
do Ibama a Operação Piracema cumpriu o papel
de marcar a presença da fiscalização
em áreas pouco exploradas e mais remotas do pantanal
de Mato Grosso do Sul. A operação começou
no dia 25 do mês passado com duas equipes em ação.
Uma no rio Apa na região do Nabileque, no pantanal
sul e outra no Rio Paraguai próximo a Corumbá.
Nessa região de fronteira do Brasil com o Paraguai
e a Bolívia a maior pressão da pesca predatória
vêm também da presença de populações
ribeirinhas dos dois países fronteiriços.
Depois as equipes foram deslocadas para a região
norte do pantanal, onde foram feitas a maioria das apreensões.
Mariza Pontes de Oliveira
Ascom Ibama/MS
Fotos: Dipam Ibama/MS
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Ibama apreende urso e
chipanzé em Minas Gerais
Belo Horizonte (04/03/2011)
– Agentes de fiscalização do escritório
do Ibama em Juiz de Fora/MG apreenderam um urso e um chipanzé
em um circo no município de Dores de Campo. O dono
do circo foi autuado e multado em R$ 8.500,00 por falta
de guia de importação e mutilação
de animais. O urso norte-americano estava sem as garras
das patas dianteiras e o chipanzé africano sem
os dentes.
Segundo o coordenador
da operação, José de Souza, os animais
serão transferidos ainda hoje para o Projeto de
Proteção aos Grandes Primatas (GAP), com
sede em Sorocaba/SP.
Valdo Veloso
Ascom/Ibama/MG
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Jaguatirica não
será levada ao desfile de carnaval de São
Paulo
São Paulo (04/03/2011)
– A escola de samba Tom Maior respondeu à notificação
de n.º 623353, do Ibama/SP, afirmando que não
pretende levar nenhum animal silvestre ao sambódromo
do Anhembi no desfile de carnaval deste ano. “Vimos informar
que a nossa agremiação não tem nenhum
interesse nem tampouco possui os animais silvestres para
expor em nosso desfile, até porque temos pleno
conhecimento da legislação”, diz o documento.
Na semana passada, o Ibama/SP
notificou a escola a prestar esclarecimentos sobre declarações
acerca da intenção de levar para a avenida
uma jaguatirica, uma suçuarana e um lagarto no
desfile de carnaval sem pedir autorização
ao Ibama.
A lei 9.605/08, em seu
artigo 32, diz que “praticar atos de abuso, maus-tratos,
ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos
ou domesticados, nativos ou exóticos” resulta em
detenção de três meses a um ano e
multa. E, ainda, no artigo 33 do Decreto 6.514/08, está
escrito que a multa por “explorar ou fazer uso comercial
de imagem de animal silvestre mantido irregularmente em
cativeiro ou em situação de abuso ou maus-tratos”
é de R$ 5 mil a R$ 500 mil.
Existem, ainda, legislações,
tanto no âmbito estadual quanto no municipal (Lei
14.014/05 e Decreto 46.987/06), que proíbem o transporte
e a exposição de animais em circos e congêneres.
Dessa forma, qualquer
intenção de expor publicamente animais silvestres
de modo a contrariar a legislação, se consumada,
caracteriza-se como infração ambiental.
Nesse caso, o Ibama não
concederia, em hipótese alguma, a licença
para transporte e exposição desses animais,
que estariam claramente submetidos a uma situação
de maus-tratos.
Ascom/Ibama/SP