João Pessoa (07/04/2011)
– Ação fiscalizatória do Ibama resultou
na apreensão de agulhões negros estocados
em frigorífico no bairro dos Novaes, em João
Pessoa/PB. Os peixes, cujo comércio é proibido,
estavam armazenados em câmaras frias do estabelecimento.
Ao chegarem ao frigorífico,
os agentes de fiscalização federais constataram
a presença de pilhas de peixes, onde havia 3.881
kg de agulhão negro que aguardavam o momento de
ser comercializados. O proprietário do frigorífico
foi multado em mais de R$ 170 mil e responderá
a processo por crime ambiental. Se condenado, ficará
sujeito a até três anos de detenção.
A Instrução
Normativa n.º 12, de 14 de julho de 2005, da Secretaria
Especial de Aquicultura e Pesca da Presidência da
República, hoje, Ministério da Aquicultura
e Pesca, proíbe a comercialização
no mercado brasileiro bem como a exportação
de agulhões capturados em águas jurisdicionais
brasileiras e em alto-mar por embarcações
pesqueiras nacionais e estrangeiras arrendadas por empresas
ou cooperativas de pesca brasileiras.
Ao serem questionados
sobre a origem dos agulhões, os proprietários
apresentaram nota fiscal. Entretanto, de acordo com essa
Instrução Normativa, os indivíduos
de agulhões desembarcados deverão ser obrigatoriamente
doados a instituições científicas,
hospitalares, penais e outras com fins beneficentes, não
devendo ser, portanto, comercializados.
Esta medida visa a estabelecer
normas e procedimentos para captura e comercialização
de agulhão branco (Tetrapturus albidus), agulhão
negro (Makaira nigricans), agulhão verde (Tetrapturus
pfluegeri) e agulhão vela (stiophorus albicans)
nas águas jurisdicionais brasileiras e em alto-mar
com o intuito de manter os estoques dessas espécies
em quantidades seguras, possibilitando a explotação
racional deste importante recurso pesqueiro.
As infrações
à Instrução Normativa n.º 12/2005
estão capituladas no art. 34, inciso III, do Decreto
nº 6.514/2008, que regulamentou a Lei n.º 9.605/1998,
com multa entre R$ 700 e R$ 100 mil, acrescido de R$ 20
por quilograma de pescado apreendido.
O superintendente do Ibama
na Paraíba, Ronilson José da Paz, recomenda
que as indústrias e os entrepostos de pesca comuniquem
os desembarques de atuneiros que contenham agulhões
para que possam ser doados, o que pode evitar a aplicação
das sanções administrativas.
Todo o pescado apreendido
foi doado ao banco de alimentos do Serviço Social
do Comércio (SESC) da Paraíba.
+ Mais
Ibama apreende 12 toneladas
de pescado em Vitória/ES
Vitória (04/04/2011)
– Apreendidas doze toneladas de pescado. Este é
o saldo de mais uma etapa da operação Argus
contra a pesca predatória, realizada em parceria
com a PM Ambiental em Vitória/ES. Segundo os agentes
ambientais, os peixes foram encontrados estocados em duas
traineiras provenientes do estado de Santa Catarina.
O coordenador da operação
explicou que, em ambos os casos, as traineiras estavam
pescando em desacordo com a licença disponível.
“As duas embarcações pescaram peixes em
desacordo com suas licenças. A primeira embarcação
estava pescando bonito e a segunda, polvo. As duas traineiras
só podiam pescar sardinha”, concluiu.
As embarcações
também foram apreendidas e os pescadores foram
conduzidos para a delegacia para prestar esclarecimentos.
Todo o pescado foi doado para instituições
de caridade e as multas somadas ultrapassaram R$ 200 mil.
Mais ações
contra a pesca predatória ocorrerão em todo
o litoral capixaba ao logo do mês de março.
A operação Argus é nacional, com
coordenação localizada em cada estado participante.
Até o momento, as duas apreensões foram
as maiores ocorridas no estado nos últimos cinco
anos.
Luciana Carvalho
Ascom Ibama/ES